Esqueçam de Bolsonaro e Mourão, o risco iminente se chama Paulo Guedes

paulo guedes

Uma estratégia bastante eficaz por parte da mídia corporativa e dos elaboradores da campanha da chapa Bolsonaro/Mourão tem sido ocultar de seus potenciais eleitores, o programa econômico que deverá ser executado pelo dublê de economista, banqueiro, dirigente do Instituto Millenium e articulista  de vários veículos de mídia de propriedade da Rede Globo, Paulo Guedes.

Manter Paulo Guedes como eminência parda é essencial para ocultar a face ainda mais medonha do que poderia ser um governo comandado pela dupla de ex-militares.  Como fundador do “think thank” ultraneoliberal Instituto Millenium, Guedes tem sido um dos responsáveis pela formulação das agendas que embalam a agenda privatizante que tem mirado fortemente nos direitos sociais e trabalhistas, de forma a facilitar a expropriação das riquezas nacionais.

Assim, quanto mais rapidamente se desvelar o papel de formulador e disseminador da ideologia ultraneoliberal que é disseminada de forma críptica pela chapa Bolsonaro/Mourão, melhor será para neutralizar o risco que ela representa.

Abaixo uma pequena biografia de Paula Guedes que deixa explícito qual tem sido o seu papel no avanço de políticas que retiram direitos sociais e trabalhistas, enquanto contribuem para o aprofundamento da condição dependente da economia brasileira.

Quem é Paulo Guedes?

Realizou a sua graduação na Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais e realizou o seu mestrado na Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 1977, obteve um mestrado na Universidade de Chicago e em 1979 um Ph.D pela mesma instituição, que é considerada uma referência do pensamento econômico liberal . Também atuou como docente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) no Rio de Janeiro. Foi diretor-técnico e sócio do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) na década de 1980, onde atuou por 16 anos, nessa instituição também foi professor na disciplina de macroeconomia.

Foi um dos fundadores do think tank brasileiro Instituto Millenium, também foi sócio-fundador do grupo financeiro BR Investimentos que se tornou parte da Bozano Investimento. Foi um dos quatro fundadores do Banco Pactual, criado em 1983, onde atuou como chefe executivo e chefe estrategista.[3]

Foi sócio-fundador e diretor executivo da JGP Gestão de Recursos, onde era um dos responsáveis pela supervisão da gestão do Fundo JGP Hedge e pela estratégia das operações. Desde 2009, é membro do conselho diretor da HSM Educação e, desde 2013, da GAEC Educação S.A. Também tornou-se membro do conselho diretor da Contax Participacoes S.A., da PDG Realty S.A Empreendimentos e Participações, da Abril Educação S.A. e da Localiza Rent a Car S.A.[5]

Foi colunista dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo e das revistas Época e Exame, abordando temas ligados ao mercado de capitais e gestão de recursos. Atualmente, publica regularmente artigos no site do Instituto Millenium.

Em novembro de 2017, o nome de Paulo Guedes foi anunciado pelo pré-candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro como a sua escolha como Ministro da Fazenda, na hipótese deste ser eleito para o cargo. O nome do economista foi bem recebido por parcela da mídia bem como por investidores e banqueiros por conta de seus posicionamentos liberais, com o índice da Bolsa de Valores tendo subido na ocasião do anúncio, embora o anúncio tenha sido visto também por parte da mídia e dos críticos do político como um subterfúgio do pré-candidato para contornar a imagem que tem de anti-liberal por conta de seu histórico de posicionamentos. O economista jamais foi filiado a partido político e a sua única atuação na política foi quando participou da elaboração do plano de governo do ex-ministro Guilherme Afif Domingos durante a campanha presidencial de 1989.

O economista, de posições liberais no campo econômico, tem sido defensor da privatização das estatais brasileiras, da reforma tributária e da reforma da previdência. Além disso, em sua coluna no jornal O Globo, Guedes tem sido crítico da política brasileira atual e tem destacado a Operação Lava Jato como referência no combate a corrupção

3 comentários sobre “Esqueçam de Bolsonaro e Mourão, o risco iminente se chama Paulo Guedes

  1. Eu acrescentaria que a foi na Universidade de Chicago onde foi gestada a politica economica para implantar as ditaduras na America Lantina nos anos 60, com a desculpa da ameaça do comunismo. É só ler a Doutrina do Choque de Naomi Klein, para entender.

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  2. A fotografia de Jair Bolsonaro na qual, na condição de convalescente, ele aparece simulando ter nas mãos uma metralhadora não surpreende quem tenha penetrado na sua personalidade simplória. Já disse aqui que o projeto de Bolsonaro não é ganhar as eleições; é se colocar numa posição de ganhar as condições de um ditador diante de um país estraçalhado. Bolsonaro reduz o mundo aos defensores do bem contra o mal. Ele, naturalmente, é o lado do bem. O mal é representado pelos que defendem direitos sociais complexos.

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