Edward Luz, “antropólogo dos ruralistas”, é preso após invadir terra indígena no Pará

edward luzEdward Luz no momento de sua prisão por estar ilegalmente no interior da Terra Indígena Ituna Itatá

O antropólogo Edward Luz ganhou notoriedade por ter uma empresa de consultoria que produzia laudos pagos por fazendeiros contra a demarcação de terras indígenas e quilombolas no Brasil. Luz chegou inclusive a ser cotado para ocupar o segundo cargo mais importante na Fundação Nacional do Índio (Funai) no início do governo Bolsonaro, o que felizmente não se concretizou.

Entretanto, Edward Luz aparentemente continua tendo acesso aos corredores dos palácios em Brasília, o que acabou sendo revelado por ele mesmo em um vídeo que mostrava a sua presença ilegal na Terra Indígena Ituna Itatá, localizada na região de Altamira no estado do Pará, durante uma operação de desintrusão realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) (ver vídeo abaixo).

Erro
Este vídeo não existe

O que as cenas gravadas pelo próprio Edward Luz sugerem, nas palavras do próprio, é que ele estaria tendo acesso direto ao ministro (ou seria anti-ministro?) do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e realizando tratativas para garantir a permanência de invasores de terras públicas, como é o caso da TI Ituna Itatá.

Felizmente, o comandante da operação, o servidor público  Roberto Cabral não se deixou intimidado pela “carteirada” desferida pelo “antropólogo dos ruralistas” e fez cumprir a lei.  Mas esse pequeno episódio desvela de forma cabal as relações políticas existentes entre os invasores de terra indígenas na Amazônia com conhecidos militantes bolsonaristas como é o caso de Edward Luz.

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