Em um artigo publicado nesta segunda-feira (05/04), o jornal “The Washington Post” classificou o Brasil como um “super spreader event‘ (ou em um bom português, um super evento de disseminação) da COVID-19 para toda a América do Sul. Assim, o papel de pária global que o Brasil passou o ocupar por outras ações desastradas do governo Bolsonaro ganha agora o reforço do papel cumprido pelo nosso país no agravamento da pandemia da COVID-19 em toda a América do Sul.
A matéria assinada pelos jornalistas , e
As pessoas passaram pela Praça Internacional no mês passado na divisa entre Santana do Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai. (Diego Vara / Reuters)
A situação no Peru, que também possui uma fronteira considerável com o Brasil, também é dramática com o sistema hospitalar peruano chegando ao ponto de colapso por causa da virulência da variante P1. César Salomé, um médico peruano que atua na linha de frente do combate à COVID-19 em um hospital localizado em Lima, o caos que está sendo disseminado a partir do Brasil deixou de ser um problema só dos brasileiros, para se tornar um problema global.
A reportagem aponta ainda que a variante P1 está se espalhando rapidamente por todos os países da América do Sul, apesar dos crescentes esforços para fechar as fronteiras com o Brasil. O aumento dramático dos casos de contaminação pela P1 certamente é apenas um dos muitos elementos decorrentes da política negacionista adotada pelo governo Bolsonaro desde o início da pandemia. O problema agora é saber como nossos vizinhos reagirão ao fato de que seus sistemas de saúde irão colapsar por causa do descaso do governo brasileiro com o controle da pandemia.
Enquanto isso, aqui no Brasil ainda temos que assistir à disputas incríveis por parte daqueles que querem templos e escolas de frequentadores. Do jeito que a coisa vai, os brasileiros vão ficar isolados dentro do território nacional por muito tempo.
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