Uma matéria do site G1 de autoria do jornalista Gabriel Barreira nos dá conta que em meio à propalada crise financeira que impede o pagamento em dia de salários e aposentadorias, o (des) governador Pezão resolveu criar uma nova secretaria de estado para entregá-la a uma aliada do ex-deputado Eduardo Cunha, Solange Almeida, que é ré no caso da Lava Jato (Aqui!).
Com essa tacada de mestre, o (des) governador Pezão nos mostra de forma irrefutável que a maior crise que assola o maltratado estado do Rio de Janeiro não é a financeira, mas uma que combina amoralidade e falta de ética no trato da coisa pública.
É que criação de secretaria implica em aumento de custos para operar a máquina pública. E, além disso, ao entregar essa nova secretaria a uma política que é ré num rumoroso caso de corrupção como a Lava Jato, Pezão diz à toda sociedade fluminense que ele está literalmente despreocupado com o que a população pode pensar a seu respeito ou da condição em que se encontra o seu (des) governo.
Como o (des) governador Pezão ainda não foi visto rasgando dinheiro em público, o caso está mais ou para uma inusitada despreocupação com sua imagem ou para, o que é o mais improvável, a certeza de que seria inatingível pelos males que afetam o seu mentor político, o ex (des) governador Sérgio Cabral e até o padrinho da nov secretária, o ex-deputado Eduardo Cunha.
Mas sim, do que é mesmo acusada a agora secretária Solange Almeida? De ter, na condição de deputada federal, feito requerimentos na Câmara Federal pedindo investigações sobre o lobista Júio Camargo e a multinacional sul-coreana Samsung, objetivando exercer pressão pelo pagamento de novas propinas!
Com certeza, Solange Almeida é mais do que talhada para dirigir de forma ilibada uma secretaria voltada para apoiar as mulheres e os idosos no Rio de Janeiro, não é?