Todos os impostos não pagos do presidente (Donald Trump)

trump

O jornal “The New York Times” publicou hoje uma longa reportagem assinada pelos  jornalistas   ,  e que  destrincha a situação financeira e tributária do presidente estadunidense Donald Trump, revelando o que muitos já desconfiavam, qual seja, que o império trumpista vive mais para a bancarrota do que para a bonança. E, mais danosa ainda é a revelação de que Donald Trump possui propriedades em dificuldades, vastas baixas contábeis, uma batalha de auditoria e centenas de milhões em dívidas a vencer. Em outras palavras, Donald Trump é um embuste não apenas como presidente, mas também como empresário.

A reportagem mostra que, ao contrário de milhões de trabalhadores estadunidenses que precisam pagar impostos caros  que são arbitrados a partir dos seus salários, Donald Trump pagou míseros US$ 750 em imposto de renda federal no ano em que conquistou a presidência, a mesma quantia no primeiro do seu mandato. Além disso, os dados das suas declarações de imposto de renda que Trump tanto tentou esconder, revelam que ele não pagou nenhum imposto de renda em 10 dos 15 anos anteriores à sua chegada à presidência, pois ele relatou ter perdido muito mais dinheiro do que ganhava.

trump impostos

Segundo a reportagem, as declarações de impostos que Donald Trump tanto  para manter em sigilo contam uma história fundamentalmente diferente daquela que ele vendeu ao público americano.  As declarações de Trump para o Internal Revenue Service (IRS) (que é o equivalente da Receita Federal) retratam um empresário que “ganha centenas de milhões de dólares por ano, mas acumula perdas crônicas que ele emprega agressivamente para evitar o pagamento de impostos. Agora, com seus desafios financeiros cada vez maiores, os registros mostram que ele depende cada vez mais de ganhar dinheiro com negócios que o colocam em potencial e, muitas vezes, conflito de interesses direto com seu cargo de presidente“.

A coisa que mais chama a atenção nessa reportagem são as inúmeras táticas que Donald Trump utilizou ao longo da vida para passar uma imagem de vencedor, enquanto driblava a situação desastrosa da maioria dos seus empreendimentos.  Esta situação, entrentato, nunca impediu, segundo mostra a reportagem, que Trump e sua família vivessem vidas nababescas, muitas vezes com o uso das empresas para a concessão de benefícios que, apesar de não serem desnecessariamente ilegais, colocam em xeque a ideia da meritocracia que o presidente estadunidense procura difundir para si mesmo.

O curioso aqui é que o presidente Jair Bolsonaro, reconhecidamente um fã de Donald Trump, também já revelou publicamente sua disposição para sonegar  impostos por ele devidos ao fisco brasileiro (ver vídeo abaixo). Pelo que se vê, a afinidade entre os dois não se restringe à difusão de uma agenda conservadora e baseadas em valores cujas trajetórias pessoais não necessariamente confirmam.

Quem desejar ler a reportagem em português, basta clicar [Aqui!]

Operação Zelotes: um grande escândalo, uma pequena repercussão

Suposta fraude em impostos tem cifras bilionárias, que deveriam ir para saúde e educação

Jornal do Brasil
zelotes

A Operação Zelotes, que investiga suposto esquema de fraude para sonegação de impostos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), estima que o total  envolvido pode chegar a R$ 19 bilhões. Se confirmado, o valor desviado soma recursos suficientes para criar aproximadamente 18 mil leitos de hospitais ou beneficiar aproximadamente 34 milhões de habitantes com obras de saneamento.  Só para se ter uma ideia, recente projeto de construção de hospitais públicos no Rio Grande do Sul, somando mil leitos, totalizaria um investimento de R$ 110 milhões, valor que representa aproximadamente um décimo do dinheiro destinado a obras de saneamento para a mesma região que beneficiaria 16 cidades e uma população aproximada de 1,8 milhão de habitantes.

A comparação fica ainda mais grave quando se analisa a peculiaridade das supostas irregularidades: propinas seriam pagas para reduzir ou eliminar o pagamento de impostos. Impostos que servem justamente para oferecer para a população saúde, educação, transporte, saneamento… 

As possíveis irregularidades que vieram à tona com a deflagração da Operação Zelotes podem lesar o cidadão brasileiro de uma maneira muito mais direta do que qualquer outro escândalo do leque de corrupções que o país tem colecionado. E o prejuízo abrange valores muito maiores do que outros escândalos como o mensalão e a Operação Lava Jato, embora não mereça por parte da grande mídia o mesmo destaque, e nem por parte da sociedade a mesma indignação.

Um bom exemplo é o visibilidade dada ao fato de a empresa de consultoria do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu ter recebido R$ 39 milhões em sete anos (entre 2006 e 2013). Pois na Operação Zelote, numa única operação o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, teria pago R$ 50 milhões para aliviar uma condenação fiscal de R$ 4 bilhões. Quais dos casos se lê mais na mídia? 

Como se não bastasse, há ainda outras características que chamam a atenção: as multinacionais supostamente envolvidas no escândalo do Carf. Ford, Santander, BankBoston, entre outras, fazem parte da investigação por terem supostamente pago propina para evitar pagar impostos. Paralelamente, acionistas americanos estão entrando na Justiça contra a Petrobras, por prejuízos na bolsa devido ao escândalo na estatal. Agora, qual o prejuízo mais grave do ponto de vista da ética para empresas estrangeiras: um caso de corrupção que impacta nas ações de uma empresa na bolsa – uma operação sabidamente de risco – ou sonegar imposto deliberadamente, dinheiro que deveria ser usado diretamente para benefício da população?

Vale destacar que duas destas empresas são dos Estados Unidos, país que aplica tradicionalmente fortes punições aos sonegadores, como multas milionárias e até prisões. Um notório exemplo é de Al Capone, gângster que apesar de cometer vários crimes, só foi preso pela polícia dos EUA quando foi flagrado sonegando impostos, em 1931. Será que deve-se evitar sonegar impostos apenas no país deles?

Os investimentos em ações de empresas, sejam elas privadas ou estatais, são considerados de alto risco e sem garantia de retorno aos investidores, além de sujeitas a diversos fatores, tanto internos quanto externos, sejam eles relacionados à má administração, baixa produção ou especulação pura. Já os impostos pagos funcionam como pagamento, sejam pelo direito de prestar atividades em território nacional ou até mesmo pela ocupação de um terreno. A concessão dada a uma empresa para prestar atividades no país em troca do pagamento de impostos não é, dessa forma, um investimento de risco ou de retorno duvidoso. É uma receita garantida, que é incluída no orçamento do governo.  

Escândalos que vêm do setor público, como a Operação Lava Jato, não perdem o protagonismo na grande mídia. Mas quando as suspeitas recaem sobre empresas privadas, o caso vira coadjuvante e merece menos destaque, mesmo quando o dano é maior e recai sobre o cidadão brasileiro.

FONTE: http://www.jb.com.br/opiniao/noticias/2015/04/07/operacao-zelotes-um-grande-escandalo-uma-pequena-repercussao/

Auditória Cidadã da Dívida e as perguntas que a mídia corporativa não quer fazer

Em 2013, R$ 718 bilhões de reais foram destinados aos serviços da dívida ou mais de 40% do Orçamento Geral da União. Mas parece que esse escândalo não chamou a atenção da grande imprensa. Por que será? Seria porque os grandes conglomerados de comunicação – controlados por pouquíssimas famílias – se beneficiam do alto rendimento da Dívida Pública, assim como os acionistas que investem em suas empresas?

O mesmo vale para a sonegação, que prejudica a arrecadação pública, enquanto os mais pobres não tem escolha de não pagar impostos, uma vez que todo o seu salário é gasto no decorrer do mês no consumo, que é altamente taxado.

E sem esquecer a dívida ativa (aquela que tem a União como credora) que chegou este ano ao patamar de R$ 1,2 trilhões.
Quando é que os microfones dos jornalistas e as lentes dos fotógrafos vão se virar ao problema do endividamento público?

FONTE:https://www.facebook.com/auditoriacidada.pagina/photos/a.568059073252337.1073741829.179192175472364/814795391912036/?type=1&theater

GloboLeaks: investigação-bomba pode reaparecer

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Dossiê aponta sonegação, lavagem de dinheiro e crimes financeiros. Receita não explica por que não deu sequência a processos. Ex-auditor ameaçado teria cópia dos papeis roubados

Por Amaury Ribeiro Jr. e Rodrigo Lopes,  no Hoje em Dia

Jurado de morte, um auditor aposentado promete entregar, nos próximos dias, ao Congresso Nacional, os mais de 10 mil volumes originais dos processos (criminal e civil) contra a Rede Globo por sonegação, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro. Os processos sumiram dos prédios da Receita Federal às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2006.

Atentado

O desaparecimento do processo também foi confirmado por um auditor fiscal, que participou das investigações contra a Globo. Após tentar obter vantagem financeira com os processos, um auditor encarregado de fazer a operação limpeza, teria sofrido, meses depois, um atentado e passado a viver escondido. Agora aguarda de seu esconderijo o momento certo de finalizar a vingança contra TV Globo.

Manobra

Para abafar o sumiço do processo a cúpula da Receita, de acordo com a mesma fonte, teria montado às pressas outros dois processos clonados, com numeração diferente dos processos iniciais que receberam da receita a numeração 18.470011261/2006-14. Uma alta fonte da Receita garante que as cópias sumiram após o auditor fiscal Alberto Zile ter solicitado, além do civil, a abertura de um processo criminal contra os irmãos Marinho. A manobra tinha como principal objetivo a prescrição dos crimes, o que ocorre em cinco anos. Além do mais, o processo civil teria sido construído com inúmeras falhas, visando a nulidade processual.

Pânico

Ninguém na Receita sabe informar o destino desses processos que até hoje não foram encaminhados à Justiça. A mesma fonte dessa alta cúpula do Leão disse que os processos clonados não diminuem o pânico na Receita. Isso porque basta uma consulta ao site do Ministério da Fazenda – aberto para a consulta de qualquer cidadão – para se chegar à conclusão de que os processos originais deixaram suas digitais e mais: estão parados desde 2006 na Delegacia Fazendária do Rio. A Globo sequer chegou a recorrer ao Conselho Nacional de Contribuintes. Se tivesse recorrido, constaria nas consultas de processos (Comprot).

Paraísos Fiscais

A família Marinho tem mais um motivo para se preocupar. O processo também acaba revelando o submundo da emissora nos Paraísos Fiscais. Nesse processo, por exemplo, é acusada de utilizar empresas nas Ilhas Virgens Britânicas para pagar à Fifa pelos direitos de transmissão da Copa de 2002.

Doleiro

Em outras palavras, em vez de mandar legalmente a bolada por meio do Banco Central, a emissora recorreu a uma rede de doleiros comandada por Dario Messer, aquele mesmo que lavava o dinheiro de Rodrigo Silveirinha e líder da máfia dos fiscais do Rio de Janeiro que foi preso em 2003, depois de enviar milhões para o exterior.

FONTE:http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/globoleaks/