
Mapa do desmatamento acumulado na TI Alto Turiaçu em 2014 | Fonte: ISA
O vídeo abaixo, da lavra do jornalista Pietro Locatelli, mostra o sistema montado pelos índígenas da etnia Ka’apor para defender seu território (localizado no interior do estado do Maranhão) da ação predatória de madeireiros e outros invasores interessados em saquear os ecossistemas de onde eles tiram seu sustento e garantem sua reprodução social.
Mas esta disposição de auto-organização do Ka’apor deverá colocá-los sob riscos ainda maiores agora que as estruturas mínimas criadas pelo Estado brasileiro para preservar a integridade territorial das áreas indígenas estão sendo rapidamente desmontadas pelo governo Bolsonaro.
Assim, é fundamental estabelecer canais de solidariedade aos Ka’apor e todos os povos indígenas que estão tendo seus territórios ancestrais invadidos. Do contrário, as investidas cometidas pelos saqueadores irão resultar em mais degradação ambiental e o genocídio dos indígenas que se dispuseram a resistir ao avanço da franja de destruição.
Uma prova dessa urgência é a nota publicada pela jornalista Miriam Leitão dando conta da invasão da Terra Indígena dos Awá Guajá, também no Maranhão [1]. O pior é que no caso do Awá Gujá é de contato recente, o que os torna ainda mais sensíveis às invasões de suas terras.










