
Ampla
Ampla escolhe Villa Maria para começar a colocar a Uenf nas trevas
Poucos sabem, mas a Ampla Energia é propriedade do grupo italiano Enel SpA, e não deixa de ser irônico que a colocação da Uenf num período de trevas comece justamente por um centro cultural. É que isso revela não apenas descaso e indiferença, mas uma certa crueldade já que sob a administração da Profa. Simonne Teixeira, a Villa Maria estava retomando suas melhores tradições de ser um centro cultural à serviço da população de Campos dos Goytacazes.
Com o corte da energia na Villa Maria, a Ampla parece estar anunciando que o próximo alvo será o campus Leonel Brizola. E se isto se consumar efetivamente, o que teremos é a definitiva implantação das trevas na universidade que atende de forma eficiente e capaz toda a região Norte e Noroeste Fluminense, e cuja influência positiva se estende não apenas à região dos Lagos, mas também o sul do Espírito Santo.
Enquanto as trevas se instalam na Uenf, a Ampla Energia certamente poderá continuar mandando seus lucros para a Itália. Simples, mas ainda assim muito trágico.
Ampla comanda, leve e faceira, o massacre da floresta urbana em Campos dos Goytacazes
Não bastasse o verão escaldante e sem chuvas para tornar a vida do campista num verdadeiro caldeirão, a concessionária Ampla continua massacrando a já depauperada floresta urbana que existe na cidade de Campos dos Goytacazes. Basta ter uma câmera na mão que fica fácil documentar a realização de podas drásticas como a mostrada na fotografia tirada esta manhã na Avenida 28 de Março!
Apesar de acompanhar o problema das podas drásticas em logradouros públicos na cidade de Campos desde meados de 1998, ainda fico impressionado com o fato desta prática lesiva aos nossos interesses coletivas continuar de forma descontrolada e, porque não, impune.
Cadê a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o Ministério Público Estadual para exigir que a Ampla adote práticas ambientalmente responsáveis na hora de fazer podas que só são necessárias porque a empresa continua distribuindo energia elétrica de forma ultrapassada e sem respeitar o meio ambiente local?
Podas de árvores em áreas públicas: quem vigia as motosserras da AMPLA em Campos dos Goytacazes?
Há mais de uma década participei de um esforço para coibir a realização de podas drásticas e/ou desnecessárias nas ruas de Campos dos Goytacazes. É que além de cortar além do necessário, os responsáveis pela retirada das tão necessárias árvores que nos protege dos limites climáticos também se esqueciam de usar a calda bordalesa para impedir a proliferação de doenças e infiltrações.
Pois bem, nos últimos tempos tenho notado que as podas sendo realizadas principalmente pela empresa concessionária AMPLA estão repetindo velhas práticas, inclusive deixando de usar as caldas protetoras. Um exemplo disto pode ser visto na imagem abaixo onde as áreas marcadas com círculo vermelho não foram cobertas após a conclusão da poda por trabalhadores uniformizados da AMPLA.
E ai é que eu fico me perguntando sobre o que anda fazendo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente para coibir eventuais danos à nosso patrimonial ambiental. Com a palavra, o eminente secretário municipal de meio ambiente, o longevo (ao menos em termos de exercício deste importante cargo) Sr. Zacarias Albuquerque.
É que , se eu bem me recordo, ele estava à frente da secretaria quando o então prefeito de Campos, Arnaldo França Vianna, assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) se comprometendo junto ao Ministério Público Estadual de envidar esforços justamente para evitar esse tipo de agressão ao patrimônio ambiental municipal.
Eletricidade, o calcanhar de Aquiles do Porto do Açu
O alerta sobre as limitações graves que estão sendo enfrentadas pelas empresas já instaladas no Porto do Açu no que se refere ao fornecimento de eletricidade já foi dado pelo jornalista Esdras Pereira em seu blog no jornal Folha da Manhã com o sugestivo título de “Uma Ampla no meio do caminho” (Aqui!). Mas a imagem abaixo, vinda do Facebook, mostra o calcanhar de Aquiles que a falta de uma linha de transmissão representa para todo o empreendimento.
Alguém devia ter avisado a Eike Batista e à Ampla que a eletricidade não chega só com a colocação das torres de sustentação. Há que haver fiação e, mais importante, eletricidade para ser transmitida. Agora, essas torres ficam lá no Açu como símbolos maiores da falta de planejamento básico para um empreendimento de tamanha envergadura. Com tanta incompetência, não é preciso nem que existisse críticos.
Entretanto, não custa nada lembrar que um número imenso de famílias, como por exemplo a do falecido José Irineu Toledo, tiveram suas terras expropriadas justamente para a passagem dessa linha de transmissão. Parece inexplicável e é.
Enquanto isso, haja gerador!
Ampla? Só ser for a ampla falta de respeito aos usuários

Os áulicos das privatizações feitas pelo PSDB e mantidas pelo NeoPT não se cansam de tecer loas ao processo de venda das empresas estatais à grandes corporações estrangeiras. Até mesmo amplos segmentos da população desenvolveram a crença, fruto de muita propaganda dessas mesmas corporações, de que vivemos melhor por causa da gerência privada de áreas estratégicas como o fornecimento de água e eletricidade e da telefonia
Mas essa sensação falsa de melhora não é apenas apagada pelas contas salgadas que nos chegam todos os meses. Nós somos lembrados todos os dias de que passamos de cidadãos de uma nação para prisioneiros dessas empresas que não se cansam de, além de prestar péssimos serviços, nos oferecer as mais amplas formas de desrespeito. Para completar toda essa situação dantesca, as agências que foram criadas para garantir que um serviço minimamente de qualidade seria fornecido por essas corporações só servem mesmo para a divisão partidária de um Estado cada vez mais privatizado. Nem mesmo os serviços de proteção ao consumidor servem para amenizar o problema, pois apesar das concessionárias de serviços públicos serem as campeãs de reclamações é raro o caso onde elas perdem, mesmo quando se sabe que os cidadãos transmutados em consumidores estão com a razão do seu lado.
Esse preâmbulo decorre da minha experiência de poucos minutos atrás onde fiquei tentando acessar o 0800 da empresa AMPLA, cujo controle acionário pertence à corporação espanholsa ENDESA, por causa da falta de eletricidade que repentinamente se abateu na vizinhança onde eu moro em Campos dos Goytacazes. No total perdi exatos 35 minutos tentando falar com algum atendente e, claro, sem nenhum sucesso. Tive nesse tempo que aturar uma sequência de gravações que demonstram que todo aquele que ousar ligar para a AMPLA terá que ter nervos de aço para resistir à agonia que a empresa impõe aos que precisam de algum tipo de assistência. O mínimo que eu posso dizer é que a sequência de anúncios que são repetidos à exaustão são uma prova inequívoca de que não somos vistos como cidadãos com direitos, mas como crianças desprovidas de direitos essenciais.
Durante essa espera eu fiquei pensando em muitos vizinhos idosos que certamente estavam em casa sem nenhuma possibilidade de sequer tentar acessar a AMPLA. E se tivessem tentando é provável que estariam neste momento à beira de uma síncope nervosa ou um ataque cardíaco. Afinal, para resistir a tanto desrespeito, o coração e a mente têm que estar muito fortes. Só assim para resistir!


