Projeto da UFSCar publica e-book que reúne reflexão e arte a partir de festivais culturais durante a pandemia

Publicação é gratuita e tem acesso livre a todo o público na internet

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“Arte porque é pandemia: cultivando cuidados criativos por meio de festivais remotos”: esse é o título de obra lançada recentemente que reúne as reflexões e as obras de arte produzidas por diversas pessoas e apresentadas nos Festivais Culturais remotos CutlivAR-TE e Uni-Diversa, realizados durante a pandemia por um grupo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com apoio do InformaSUS-UFSCar. 

Os festivais foram realizados em 2021 e tiveram como objetivo mostrar a importância da arte em um momento de mudanças na vida cotidiana, assim como vem ocorrendo na pandemia da Covid-19. Os eventos também abriram espaço para a reflexão sobre o papel da arte em momentos de crise para repensar quem somos, que presente estamos oferecendo e como podemos construir futuros possíveis.

Diversas formas de expressão da arte foram expostas durante os festivais e, junto de importantes reflexões, estão reunidas na obra atual, que pode acessada no site da Comissão Permanente de Publicações Oficiais e Institucionais (CPOI) da UFSCar [Aqui!]

As autoras da publicação são Carla Silva, docente do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da UFSCar; Alice Bispo Fernandes de Andrade, graduanda em Terapia Ocupacional da Universidade; Helena Zoneti Rodrigues, graduanda em Filosofia da UFSCar; e Larissa Campagna Martini, docente do Departamento de Medicina (DMed) da Instituição. O acesso ao material é gratuito e o download pode ser feito [Aqui!].  

Arte e cultura dos povos originários: IPAM lança o terceiro ciclo do Amazoniar

‘Cultura e arte dos povos indígenas da Amazônia como forma de resistência’ é o tema do novo ciclo deste projeto. Inscreva-se!
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Em setembro, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) inicia o terceiro ciclo do Amazoniar, projeto que tem como objetivo promover um diálogo global sobre a floresta amazônica e sua influência nas relações entre o Brasil e o mundo. Serão quatro encontros entre setembro e outubro deste ano, com o tema ‘Cultura e arte dos povos indígenas da Amazônia como forma de resistência’.

“Os povos indígenas da Amazônia são detentores de profundos saberes sobre a região e usufruem da arte e da cultura para transmitir poderosas mensagens de inclusão e de resistência, com expressões criativas e que refletem suas identidades. São múltiplas linguagens com o poder de comunicar e transformar, que desempenham um papel fundamental na tomada de consciência sobre inúmeras emergências da Amazônia e da sua população”, diz Lucas Ramos, coordenador do Amazoniar.

Segundo o pesquisador sênior do IPAM e moderador dos próximos encontros do Amazoniar, Paulo Moutinho, diversos estudos científicos mostram que os territórios indígenas já demarcados ou aguardando demarcação na Amazônia foram os que mais preservaram as características originais de florestas e de vegetação nativa. “Tal preservação resulta, em grande medida, do modo de vida e cultura dos povos indígenas. Por isso é tão importante resguardar esta riqueza cultural e o direito destes brasileiros às suas terras”, explica. Para Moutinho, o mundo tem muito a aprender com a cultura dos indígenas. “São séculos de conhecimento tradicional acumulado que poderão ser fundamentais para a nossa sobrevivência futura. É essa conexão da Amazônia com o mundo que queremos fomentar com o Amazoniar.”

Todos os encontros acontecerão pelo Zoom, ao vivo, e terão interpretação para inglês.

Inscreva-se:

23/09 às 10h (Brasília) – Ouça essa história: a riqueza da literatura e das lendas indígenas

07/10 às 10h (Brasília) – Vozes indígenas: cantos tradicionais e atuais e como se misturam

21/10 às 10h (Brasília) – Perspectiva indígena: os povos tradicionais através da fotografia e do audiovisual

O que abordaremos nos encontros do terceiro ciclo do Amazoniar?

Quebrando estereótipos sobre os povos indígenas

Neste encontro que abre o novo ciclo do Amazoniar, o IPAM convida o público para uma conversa com Alana Manchineri, coordenadora dos jovens comunicadores da COIAB, e Denilson Baniwa, artista e educador. Eles vão compartilhar suas vivências pessoais, para iniciar a discussão sobre como as comunidades indígenas utilizam expressões artísticas para combater mitos e estereótipos.

Data: Quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Horário: 14h (Lima) / 15h (Nova York) / 16h (Brasília) / 21h (Europa Central)

Inscrições

Ouça essa história: a riqueza da literatura e das lendas indígenas

O segundo encontro propõe uma reflexão sobre os valores dos povos indígenas da Amazônia e sua visão de mundo através de lendas e da literatura produzida na região. O evento terá a participação de Daniel Munduruku (a confirmar), escritor e educador, que tem mais de 50 livros publicados no Brasil e no exterior e é um dos nomes mais importantes da literatura indígena no país.

Data: Quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Horário: 8h (Lima) / 9h (Nova York) / 10h (Brasília) / 15h (Europa Central)

Vozes indígenas: cantos tradicionais e atuais e como se misturam

No terceiro encontro, o Amazoniar abordará os cantos tradicionais dos indígenas da Amazônia e sua junção com ritmos urbanos populares, como rock e rap, como forma de conscientização da luta indigena. Participarão Cíntia Guajajara, professora, mestra em linguística e vice-coordenadora da Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (AMIMA), além do músico Matsipaya Txucarramãe .

Data: Quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Horário: 8h (Lima) / 9h (Nova York) / 10h (Brasília) / 15h (Europa Central)

Perspectiva indígena: os povos tradicionais através da fotografia e do audiovisual

No último encontro do ciclo, o Amazoniar promove uma discussão sobre a produção fotográfica e audiovisual de artistas das comunidades indígenas. Erisvan Guajajara, comunicador e fundador da Mídia Índia, compartilhará suas perspectivas das produções culturais na região.

Data: Quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Horário: 8h (Lima) / 9h (Nova York) / 10h (Brasília) / 15h (Europa Central)

Sobre o Amazoniar

O Amazoniar é uma iniciativa do IPAM para promover um diálogo global sobre a floresta amazônica e sua influência nas relações entre o Brasil e o mundo.

O primeiro ciclo da série focou nas relações comerciais entre Brasil e Europa. O segundo teve como foco os povos indígenas e o seu papel como principais aliados no combate ao desmatamento e na conservação da floresta, sua contribuição para a ciência e para a cultura, bem como seu impacto no desenvolvimento sustentável da região.

Para fazer parte dessa comunidade global em defesa da Amazônia, cadastre-se na nossa newsletter .

‘Mostra Museu: Arte na Quarentena’ traz eixo de música centrado em artistas brasileiros

O eixo de música curado pelo jornalista, diretor e roteirista Pedro Henrique França lança luz na produção musical brasileira e apresenta obras realizadas desde o início da pandemia. A coletânea sonora da Mostra Museu está disponível na plataforma (www.mostramuseu.com) e via QR Code, junto às obras expostas em espaço público.
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Música e artes visuais se fundem na Mostra Museu: Arte na Quarentena, projeto encabeçado pela Amarello Projetos Integrados que propõe reflexões sobre as produções artísticas realizadas ao longo da pandemia. O eixo de música, que tem curadoria do jornalista, diretor e roteirista Pedro Henrique França, reúne criações de cerca de 20 nomes da música brasileira, são canções e videoclipes que estão disponíveis na plataforma da Mostra Museu (www.mostramuseu.com).

As músicas e videoclipes dos artistas curados por Pedro estarão disponíveis na plataforma www.mostramuseu.com por meio de playlists temáticas e também serão disponibilizadas via QR Code nos mobiliários urbanos que receberem as obras de arte selecionadas pelo núcleo de Artes Visuais da Mostra. Além disso, a Mostra está promovendo o Arte, Papo e Palinha, um ciclo de conversas com artistas pelo Instagram (@ mostramuseu ), que ficarão disponíveis para o público no IGTV. A próxima participante, Jup do Bairro, conversa com o curador Pedro Henrique França no dia 8 de abril, quinta-feira, 18h .

As playlists disponíveis no site estão divididas pelas categorias Lado A: Agora Presente, e Lado B: Olhar no Futuro. A primeira está focada em artistas consagrados que se reinventaram durante a pandemia, como Majur, Letrux, Criolo, Emicida, Gal Costa e Gaby Amarantos, que lançou recentemente a canção Vênus em Escorpião, com Urias e Ney Matogrosso, entre outros. Já a segunda está centrada em novos talentos, como, Zé Manoel, Dulcineia, Marina Sena e Kaike, cantor mineiro de 14 anos, que foi revelado à internet pela cantora Duda Beat. “A cultura, mais uma vez, nos ajudou a sobreviver, enquanto os artistas provedores de nossas alegrias se reinventavam em seus silêncios, sem nunca parar”, se lembra Pedro.

Dentre os destaques da seleção musical figuram também Numa Ciro, artista que lançou o primeiro álbum aos 70 anos; Yan Cloud, que discute em suas letras as vivências do jovem negro periférico; e Kunumi MC, rapper indígena que canta a força da natureza e dos povos originários. “O recorte curatorial revela o exercício de criatividade feito pelos artistas neste período de tantas dificuldades”, afirma Pedro França.

O curador se lembra ainda de exemplos como o de Letrux (Letícia Novaes), que havia lançado o álbum Aos Prantos uma semana antes do início da pandemia. Após suspender toda a agenda presencial de lançamentos, a artista fez lives compartilhando as novas músicas com o público e também lançou o EP Prantos Pandêmicos, composto por algumas das faixas do disco rearranjadas pelos integrantes da banda. Além das músicas, foram ainda gravados videoclipes para todas as faixas dirigidos pela própria Letrux.

O rapper Baco Exu do Blues adiou o lançamento de um disco finalizado e lançou o EP Não tem Bacanal na Quarentena, gravado em apenas três dias e com composições completamente afinadas com o momento presente. Jup do Bairro, que participa do próximo Arte, Papo e Palinha, lançou o aguardado álbum-manifesto Corpo Sem Juízo, em que discute temas como sexualidade, gênero e a vida real da periferia. Já Emicida lançou o documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem, cujo subtítulo também nomeou um single lançado na sequência com participação de Gilberto Gil.

Segundo Chiara Paim Battistoni, idealizadora do projeto, a Mostra Museu incorpora a tecnologia como dispositivo a serviço da troca entre público, obra e artista, aspecto que reforça o pioneirismo do projeto e seu amplo alcance, potencializado pelo recorte internacional. “Se por um lado toda a situação que estamos vivendo escancarou também nossas fragilidades, por outro, evidenciou saídas coletivas e fortaleceu uma rede de solidariedade e empatia, essenciais para alcançá-las”, ela afirma.

A Mostra Museu:Arte na Quarentena (http://www.mostramuseu.com) é uma iniciativa da Amarello Projetos Integrados que une arte, música e tecnologia em diferentes formatos e apresenta obras de artistas de nacionalidades diversas. O núcleo de artes visuais será responsável por uma seleção de obras artísticas com curadoria de Ana Carolina Ralston e The Covid Art Museum (CAM) – museu digital criado no início da pandemia, na Espanha, por Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrer.

Serviço

Mostra Museu : Arte na Quarentena Mostra Museu : Arte na Quarentena
Plataforma: http://www.mostramuseu.com.br I @mostramuseu
Curadoria: Ana Carolina Ralston e co-curadoria The Covid Art Museum (eixo Arte), e Pedro França (eixo Música) Ana Carolina RalstonThe Covid Art MuseumPedro França
Idealização: Amarello Projetos Integrados