(Des) governador Pezão visita UENF, mas se esconde da comunidade universitária

A aguardada visita do (des) governador Luiz Fernando Pezão acabou ocorrendo, mas daria na mesma se não tivesse. É que ao invés de se reunir publicamente com as centenas de pessoas que estavam no campus Leonel Brizola para ouvir dele as propostas que serão apresentadas para resolver os graves problemas salariais que afligem professores e servidores técnicos, Pezão usou parte do seu tempo para desqualificar as negociações que deverão ocorrer na Assembléia Legislativa quando finalmente forem enviadas as mensagens para as categorias de servidores que receberam algum tipo de benefício.

Essas posições foram apresentadas à portas fechadas com representantes das diferentes categorias que foram a comunidade da UENF, enquanto do lado de fora professores, servidores e estudantes aguardavam as boas notícias que, ao final, acabaram não saindo.

O interessante é que quando se apresenta para inaugurações e outros tipos de ações de autopromoção, Pezão não escolhe ficar trancado a quatro chaves. Mas o mais lamentável é que tendo a oportunidade de ter uma conversa franca e aberta, utilizando o centro de convenções da UENF, Pezão acabou recebendo as lideranças sindicais num prédio que, ironicamente, possui apenas uma porta de entrada e saída.

Mas uma coisa é certa: Pezão perdeu uma excelente oportunidade para melhorar um pouco a péssima imagem que seu (des) governo tem dentro da UENF neste momento. 

Abaixo algumas cenas das manifestações que ocorreram hoje no campus da UENF.

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Clima quente na véspera da possível visita do (des) governador Pezão à UENF

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Eu não sei o que foi informado ao cerimonial do Palácio Guanabara acerca do clima dentro da UENF neste momento, mas eu diria que alguém precisa informar ao (des) governador Luiz Fernando Pezão que o céu dentro do campus Leonel Brizola não é exatamente de brigadeiro. 

É que a sinalização vinda da Secretaria de Ciência e Tecnologia que não será dado um tratamento isonômico na questão das perdas salariais deixou muita gente insatisfeita. Um exemplo disso foi a manifestação que técnicos de nível superior realizaram no final desta tarde em frente do Apitão para demonstrar sua insatisfação com o que eles consideram ser uma injustiça na proposta que lhes concede uma fração do que outros níveis da carreira técnica vão receber (e que já é uma mixaria para começo de conversa).

Assim, como neste tipo de visita o que se espera são ganhos políticos e não desgaste, é bom que a assessoria do Sr. Pezão esteja bem preparada para dialogar e buscar soluções. Nunca é preciso lembrar que nas últimas visitas realizadas por chefes do executivo fluminense ocorreram manifestações que, em alguns casos, levaram a que os visitantes tivessem que sair sob escolta policial, como ocorreu em 2003 com Rosinha Garotinho.

 

 

Grevistas da UENF e da FENORTE aprofundam unidade e fecham a BR-101

Toda greve tem seus momentos de altos e baixos, mas cada um desses movimentos inevitavelmente traz consequências que vão para além do momento de sua realização. No caso atual da greve que paralisa toda a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e a Fundação Estadual do Norte Fluminense (FENORTE), as repercussões internas e externas deverão ser múltiplas. tal tem sido a coesão demonstrada entre todos os setores envolvidos no movimento.

O fechamento por algumas horas na manhã desta 4a. feira (16/04) de um trecho da BR-101 é certamente um demonstrativo efetivo de que há um novo momento sendo criado pelo movimento de greve de professores, estudantes e servidores. É que depois de muitos anos,  a ação política de diferentes categorias se dirige diretamente a questionar o modelo de financiamento do ensino superior público do estado do Rio de Janeiro. Assim, é que as bandeiras vão além das demandas salariais, e englobam questões fundamentais para a manutenção dos estudantes dentro da UENF.

Um aspecto que deveria ser considerado pelo (des) governador Luiz Fernando Pezão que, aparentemente, decidiu cozinhar o movimento de greve da UENF e da FENORTE em fogo baixo (talvez na esperança de extingui-lo pelo cansaço) é que quanto mais tempo o seu (des) governo demorar a resolver o problema, maior será o desgaste. Já para a reitoria da UENF e para a direção da FENORTE as notícias são igualmente desanimadoras. É que todo o descaso imposto pelo (des) governo estadual com a cumplicidade das direções institucionais parece ter levado muita gente a perder a paciência não só a ineficiência e incompetência que elas demonstram, mas principalmente com a falta de disposição de defender questões essenciais para a sobreviência da UENF e da FENORTE.  Aliás, o caso da FENORTE é pior porque muitos servidores já chegaram à conclusão de que o melhor mesmo é a sua extinção.

Abaixo algumas imagens do fechamento da BR-101 onde fica claro um arco-íris de cores e demandas que embalam este vigoroso momento de contestação do modelo de sucateamento que foi imposto por Sérgio Cabral e Pezão tanto na UENF como na FENORTE.

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Nota pela reitoria da UENF tem um só propósito: desinformar e criar confusão

 

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Silvério Freitas, reitor da UENF, e o (des) governador Luiz Fernando Pezão. Esta proximidade é que explica as ações da reitoria da UENF para desinformar e criar confusão sobre o real andamento das negociações para encerrar a greve geral que ocorre na instituição.

A reitoria da UENF lançou no final da tarde de 6a. feira uma nota intitulada “Reajuste de docentes e técnicos será enviado em maio à Alerj” (Aqui!) cujo conteúdo é tão dispare da nota lançada pela associação de docentes em seu blog  (Aqui!) que mais parece que aconteceram duas reuniões com os mesmos personagens, só que com enredos e finais completamente opostos.  

Essa aparente dissincronia se explica menos por problemas auditivos, mas mais pelo claro empenho da reitoria da UENF em cumprir o triste papel de interventora do (des) governo do Rio de Janeiro dentro da UENF.  Até agora a principal derrotada pela greve,  a reitoria da UENF continua no seu firme propósito de impedir ganhos substanciais por parte do movimento unificado que reúne os três segmentos da comunidade universitária. É que qualquer vitória substancial servirá para aumentar ainda mais o descrédito em que a gestão do reitor Silvério Freitas está imersa.

Assim ao em vez de se unir com a comunidade que o elegeu, Silvério e sua equipe se comportam como interventores dentro da UENF. Enquanto isso, questões básicas como a reposição das perdas salariais de servidores e professores, abertura do bandejão e elevação dos valores das bolsas acadêmicas continuam sem qualquer solução. 

Deste modo, o lançamento de uma nota que desinforma e serve apenas para criar confusão é apenas a repetição de um padrão que está estabelecido dentro da reitoria da UENF desde que lá adentrou o grupo que controlou as últimas três gestões.   Por isso é tão importante que se tenha conseguido avançar no processo de superação das divisões que foram propositalmente criadas para desunir professores, servidores e estudantes.  

Agora, se a intenção de emitir esta nota era enfraquecer o movimento de greve, o clima dentro do campus Leonel Brizola nesta segunda-feira (07/04) já mostrou que esta finalidade não foi alcançada, e a greve continua firme e forte. E mais do que isso, com todos os segmentos se preparando para novas atividades de natureza unificada para pressionar o (des) governador Luis Fernando, o Pezão.

Protesto contra descaso do (des) governo do Rio de Janeiro fecha acessos ao campus da UENF

Uma cena que raramente visto em qualquer universidade do mundo ocorreu hoje no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense em Campos dos Goytacazes. É que cansados do descaso e intransigência do (des) governo comandado até ontem por Sérgio Cabral, membros de todos os segmentos da comunidade universitária lacraram hoje todas as entradas, impedindo o acesso ao seu interior.

Essa situação decorre do lento, porém consistente, processo de sucateamento a que a UENF vem sofrendo ao longo dos últimos 7 anos, e que culmina numa situação de penúria salarial, inexistência de políticas para assistência estudantil e encurtamento orçamentário. Todas essas variáveis somadas é que explicam porque uma medida tão dramática foi tomada, ainda que de forma ordeira e pacífica.

O aspecto mais importante desse evento foi a retomada de uma ação unificada por todos os três segmentos, o que revela que todas as tentativas realizadas para desunir e impedir a ação unificada de professores, servidores e estudantes. A principal demonstração disso foi a reunião de todos os comandos de greve que ocorreu na sede da ADUENF logo após o encerramento do trancamento do campus.

Agora é importante que os representantes do novo/velho (des) governo estadual saibam que não haverá diálogo e retomada da normalidade dentro da UENF com a repetição das chantagens e humilhações que foram a marca do mandato do ex-(des) governador Sérgio Cabral. Assim, quanto antes aparecem negociadores com autoridade e disposição para resolver as diversas pautas existentes, menor será a sangria a que o novo (des) governador Luiz Fernando Pezão sofrerá com a manutenção da greve geral que ocorre atualmente na UENF.

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Em assembléia lotada, professores da UENF rejeitam chantagem do (des) governo Cabral e mantem greve

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Após duas semanas de greve, os professores da UENF se reuniram novamente na tarde desta 5a. feira (27/03) e rejeitaram tanto a proposta de reajuste de 35% em duas parcelas, como a exigência feita pelo (des) governo Cabral para eles suspendam o movimento para que uma proposta seja enviada à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Essa posição não foi contestado por nenhum dos professores presentes, e reflete a solidez da atual greve.  As informações prestadas pelo Comando de Greve sobre as diferentes reuniões realizadas com representantes da SECT, parlamentares na ALERJ e a excelente recepção que o movimento está tendo nas ruas de Campos dos Goytacazes serviram como razões objetivas para estas decisões.

Por outro lado, numa demonstração de que a solidariedade entre os diferentes segmentos que compõe a comunidade universitária já é um dos grandes ganhos desta greve, a assembléia aprovou a realização de reuniões para articular as atividades que serão promovidas por professores, estudantes e servidores da UENF. Além disso, foi aprovada também um convite para que o comando de greve dos servidores da FENORTE também participe das atividades conjuntas, o que representa outro saldo extremamente positivo deste movimento.

Na questão específica da FENORTE, os professores aprovaram uma moção de solidariedade aos servidores da FENORTE que estão sendo ameaçados pelo corte de ponto como forma de quebrar a justa greve que eles realizam neste momento.

Uma coisa é certa: se o (des) governo comandado por Sérgio Cabral e Pezão acreditava que iria chantagear novamente os professores da UENF a saírem de greve de mãos abanando, a assembléia de hoje mostra que isto não vai acontecer desta vez. Aliás, o que parece claro é que a paciência da maioria dos presentes com o (des) governo do Rio de Janeiro se esgotou de vez em função de tantas promessas descumpridas. Agora que está assumindo o timão de uma nau que parece desgovernada, Pezão faria muito bem para si mesmo negociando em vez de continuar o método da chantagem e da enrolação que prevaleceu até agora.

Associação de técnicos da UENF adere ao movimento de greve e apresenta pauta de reivindicações

Em assembleia realizada pela Associação de Técnicos de Nível Superior da UENF – ATNS, no dia 25/03/2014 , os técnicos de nível superior decidiram que a pauta de reivindicações dos TNS é:

  •        Reajuste linear para todas as categorias da UENF, com índice de reposição salarial de 86,7%.
  •        Não a quebra da Tabela do PCV da UENF.
  •        Apoio aos nossos colegas da FENORTE.

 Decidiu ainda recomendar aos TNS participação em atividades promovidas pela ATNS, ADUENF e DCE, cuja pauta encaminharemos semanalmente; ao mesmo tempo, recomendou ainda a não participação em eventos organizados pela delegacia local do SINTUPERJ.

Foi escolhido um Comando de Greve dos TNS, formado por: Ana Paula Ribeiro Costa Erthal (CCTA), Antonio Luiz Ayres (CCT), Glória Cristina da Silva Lemos (CCTA), Orlando Augusto Melo Junior (CCTA), Paulo Roberto Moreira (ATNS), José Paccelli Sarmet (ATNS), Rogério Castro (ATNS).

Os colegas que porventura necessitarem de efetuar algum trabalho, deverão encaminhar solicitação por escrito ao Comando de Greve com antecedência mínima de vinte e quatro horas.

 

Campos dos Goytacazes, 25 de março de 2014.

Diretoria da ATNS – Associação de Técnicos de Nível Superior da UENF