UFRJ é atacada pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Campus do Largo de São Francisco é alvo de bombas após manifestação contra a reforma da previdência

Na noite da última quarta-feira (15/03), o prédio do Largo de São Francisco de Paula, onde estão sediados o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e o Instituto de História (IH), foi atacado por soldados do Batalhão de Choque da Polícia Militar. 

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Imagem: Reprodução Facebook

A repressão teve início já no final do ato contra a reforma da previdência, que lotou as quatro pistas e os 3,5 quilômetros da Avenida Presidente Vargas e reuniu milhares de pessoas, entre estudantes, professores, servidores públicos, profissionais liberais, movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicais, partidos políticos e demais entidades. O ato que transcorria de forma pacífica mudou de figura nas imediações da Central do Brasil quando a Guarda Municipal passou a lançar bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes. Alguns integrantes do movimento conhecido como black blocs reagiram com morteiros. 

A repressão continuou pelas ruas do Centro do Rio. Na Cinelândia, clientes do bar Amarelinho relataram que soldados da Polícia Militar atiraram bombas no interior do estabelecimento. Imagens do coletivo Mídia Ninja registraram os frequentadores, muitas mulheres e idosos, acuados e de olhos vermelhos – efeito do gás lacrimogênio – sendo socorridos

No Largo de São Francisco de Paula a cena se repetiu. De acordo com nota assinada pelo diretor Marco Aurélio Santana, do IFCS, e pela diretora Norma Côrtes, do IH, os policiais cercaram o campus universitário e lançaram “dentro de suas dependências duas bombas de gás lacrimogênio e mais sete de efeito moral. Os petardos produziram terror e pânico em quem estava no prédio. Registre-se que uma das bombas atingiu a porta central e seus efeitos alcançaram o hall de entrada, tomando posteriormente todo o prédio”. Um vídeo reproduzido das redes sociais mostra o momento de um dos ataques.

A nota lembra ainda que o episódio repete a noite de 20 de julho de 2013, quando o Batalhão de Choque da Polícia Militar atuou igualmente de forma truculenta e arbitrária. “Se já era inaceitável a repressão a trabalhadoras/es e estudantes no exercício de seu livre direito de manifestação, o fato fica agravado com o ataque ao espaço universitário”, diz a missiva. 

“Repudiamos veementemente a ação da polícia contra manifestantes, bem como o ataque às nossas dependências e nossas/os estudantes e trabalhadoras/es. Repudiamos também que nosso prédio, patrimônio histórico pertencente à União, tenha sido mais uma vez duramente agredido. Esperamos que responsabilidades sejam apuradas”, completa a nota. Por fim, os diretores reafirmam “a posição histórica desta casa em defesa da democracia e de seus direitos fundamentais”.

Para ler a nota na íntegra, clique aqui.

FONTE: http://www.cfch.ufrj.br/index.php/27-noticias/718-ufrj-e-atacada-pela-policia-militar-do-estado-do-rio-de-janeiro

Uma cena que explicita o buraco do (des) governo Pezão: policiais do Batalhão de Choque abandonam proteção da Alerj

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O vídeo abaixo mostra um cena rara, mas que mostra a profundidade da crise em que o (des) governo Pezão está metido. As cenas que já estão circulando as redes sociais mostram o momento que dois policiais militares do Batalhão de Choque da Polícia Militar  abandonando a proteção do prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, enquanto são recebidos de forma entusiástica pelos manifestantes que até a alguns minutos antes ajudavam a reprimir. 

Erro
Este vídeo não existe

Os mais céticos poderão dizer que foram apenas dois policiais que abandonaram a linha de proteção da bancada de apoio do (des) governo Pezão na Alerj. Mas dada as penalidades que eles inevitavelmente sofrerão, esse abandono é sintomático do que grau de esgarçamento que está ocorrendo dentro das forças de sustentação, mesmo dentro da PM, de um (des) governo que literalmente afundou o Rio de Janeiro numa crise sem precedentes. É que apenas dois podem ter abandonado, mas sabe-se-lá quantos mais vão seguir o exemplo no momento em que as votações começarem.

 

(Des) governador Sérgio Cabral não gosta mesmo de índio

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Nesta segunda-feira (16/12)  o Batalhão de Choque da PM do Rio de Janeiro removeu pela enésima vez um grupo de índios que protege o prédio do antigo Museu do Índio que fica localizado ao lado do Estádio do Maracanã.  Como se sabe, se fosse pela dupla Sérgio Cabral e Eduardo Paes, esse prédio histórico já teria sido demolido junto com a Escola Municipal Friedenreich e o Parque Aquático Júlio Delamare.  No lugar desses importantes símbolos da história, do esporte e da educação do nosso país, o plano era construir dois estacionamentos para servir aos interesses dos incorporadores privados que hoje controlam a administração do Maracanã. 

Foi a resistência da juventude e dos índios que impediu os planos de destruição do (des) governador Cabral de virarem realidade. Por causa disso, Cabral parece ter tomado completa ojeriza dos índios da chamada Aldeia Maracanã que insistem em não abandonar um local que só sobreviveu à sanha da especulação imobiliária por causa de sua defesa obstinada.

Mas todo esse uso descomensurado de força tem servido apenas para reforçar a disposição dos índios da Aldeia Maracanã.  E é quase certo que a remoção de hoje é apenas mais um capítulo nessa novela de resistência. Pior para Sérgio Cabral, pois a cada uso de força desproporcional e injustificado, mais um pouco do crédito que lhe resta acaba indo pelo ralo da história.