O caso da indecorosa transposição do Rio Itapanhaú pretendido pelo governo de São Paulo acaba de ter um novo desdobramento com a concessão de uma liminar pela juíza Luciana Mendonça de Barros Repello da 2a. Vara do Foro Distrital de Bertioga que impede a concessão de licença de implantação do empreendimento até que sejam prestados os devidos esclarecimentos sobre os impactos sociais e ambientais que a obra teria (ver imagem abaixo).
Ainda que representa apenas uma vitória parcial do movimento contra a transposição do Rio Itapanhaú, a concessão dessa liminar não deixa de ser auspiciosa dado o contexto de completa regressão que o Brasil vem apresentando nos últimos anos no tocante à preservação de seus ecossistemas naturais e das populações que deles dependem diretamente para sua sobrevivência.
O caso do Rio Itapanhaú é um caso emblemático, na medida em que a organização popular encontrou o devido eco entre experts técnicos e de membros do judiciário. É a força da mobilização conseguida pela população de Bertioga que está na raiz dessa decisão que, momentaneamente, impede qualquer intervenção naquele rico ecossistema. Nesse sentido, o caso do Rio Itapanhaú serve como exemplo de como a luta política em prol da conservação ambiental terá de ser feita, de modo a impedir o modelo de exploração colonial que as corporações multinacionais e seus vassalos dentro dos governos no Brasil querem nos impor a todo custo.
Parabéns, Movimento Popular Salve o Rio Itapanhaú!