Pescadores de Atafona articulam manifestação para fechar Porto do Açu

Por Arnaldo Neto

As dificuldades que os pescadores de Atafona têm enfrentado (veja o vídeo) para conseguir passar pela barra — canal de acesso ao mar — ganhou destaque neste mês de julho, com recorrentes cenas de barcos encalhados na foz do Paraíba. Com o rio perdendo força, bancos de areia estão se formando e bloqueiam a passagem dos barcos. A classe pesqueira já se reuniu (aqui) no último dia 9 com representantes das secretarias de Pesca, Maio Ambiente e Obras de São João da Barra, por intermédio da vereadora Sônia Pereira (PT), para debater o assunto e buscar uma solução. Somente na última semana, três barcos ficaram encalhados na foz. Eles alegam que, de imediato, seria necessário a dragagem da área, feita por um navio que executou o serviço de aprofundamento e a abertura de um canal no Porto do Açu.

De acordo com o secretário de Pesca do município, Joel Serra, o secretário de Obras, Marcos Sá, já apresentou um projeto para desobstrução do canal de navegação e uma reunião com o prefeito Neco (PMDB), agendada para esta segunda-feira (27), vai discutir os próximos passos em busca de uma solução para o problema. “Na segunda-feira teremos uma reunião com o prefeito Neco, os secretários de Obras e de Meio Ambiente. Estamos recolhendo assinatura dos pescadores, para anexar um abaixo assinado ao projeto. Uma coisa é certa, do jeito que está não dá para ficar”, relatou Joel.

Em vídeo publicado nas redes sociais (aqui), os pescadores mostram as dificuldades encontradas para passar pelo canal até mesmo com a maré cheia. No áudio, é possível ouvir seus relatos e o aviso que irão organizar uma manifestação em frente à Prefeitura e a ameaça de fechar o Porto do Açu caso uma solução imediata não seja apresentada.

Os pescadores acreditam que a Prumo e outras empresas do Porto devem participar do projeto, como forma de medida compensatória aos impactos do empreendimento na principal atividade econômica de Atafona. Além disso, eles alegam que se o canal fechar, o entreposto pesqueiro — apresentado como plano de compensação da ainda LLX em 2009 —, com obras que se arrastam desde 2012, ficaria inutilizável, se um dia ficar pronto. “Era só a draga que eles usam no Açu vir aqui e abrir o canal de navegação. A gente sabe que isso (a barra fechar) é a força da natureza, mas precisa ser feito alguma coisa para ajudar o pescador”, relatou Carlos Pereira, ex-vereador e proprietário de embarcações.

FONTE:http://fmanha.com.br/blogs/arnaldoneto/2015/07/27/pescadores-de-atafona-articulam-manifestacao-para-fechar-porto-do-acu/

O Diário: Caminhoneiros bloqueiam estrada de acesso ao Porto do Açu

Caminhoneiros que trabalham para empresas que prestam serviços ao Porto do Açu, em São João da Barra, Norte Fluminense, paralisaram suas atividades na manhã desta quinta-feira (12) na principal entrada de acesso ao canteiro de obras do complexo logístico. Em forma de protesto pelo atraso nos salários, os manifestantes bloquearam a pista com pneus e usaram os caminhões para formar um congestionamento gigantesco na estrada.

 Carlos Emir

caminhõesOs caminhoneiros bloquearam a estrada

A interdição dos acessos ao empreendimento também impediu que servidores de outras empresas chegassem para trabalhar.

A manifestação começou pela madrugada, por volta das 4h30, e reuniu mais de 100 caminhões que ficaram parados na pista. No local, motoristas e proprietários dos veículos, que transportam pedra bruta e terra para o porto, disseram que estão se sentindo lesados com o preço injusto que é pago de frete pela empresa, R$ 3,90 e, com isso, são obrigados a rodar com excesso de peso e correm o risco de serem abordados na fiscalização o que gera pagamento de multas. Os caminhoneiros reivindicam um preço justo para o frete de R$ 5,25.

Além disso, os trabalhadores cobram uma solução para que as empresas regularizem seus salários, alguns com seis meses em atraso.

FONTE: http://www.odiariodecampos.com.br/caminhoneiros-bloqueiam-estrada-de-acesso-ao-porto-do-acu-19650.html

Justiça bloqueia R$ 3 bilhões de Eike Batista

Dado Galdieri/Bloomberg

Eike Batista, CEO da EBX, durante um encontro com investidores no Rio de Janeiro, em uma foto de maio de 2012

Eike Batista: data da próxima audiência do empresário está indefinida

Mariana Sallowicz e Mônica Ciarelli, do Estadão Conteúdo

Rio – A Justiça do Rio determinou o bloqueio de bens de Eike Batista em até R$ 3 bilhões, em ação penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. A medida, executada na última segunda-feira, 2, foi estendida aos dois filhos do empresário, Thor e Olin, à atual mulher dele, Flávia Sampaio, e à ex-mulher Luma de Oliveira. Segundo o juiz titular da 3ª Vara Criminal Federal do Rio, Flávio Roberto de Souza, o objetivo é, em caso de condenação, garantir a reparação de danos a investidores da petroleira OGX (rebatizada de Óleo e Gás Participações) ou ao mercado de capitais em geral, além do pagamento de multas.

A ordem é que sejam bloqueados até R$ 1,5 bilhão em ativos financeiros e outros R$ 1,5 bilhão em imóveis e móveis (como veículos), somando os R$ 3 bilhões. No ano passado, o juiz já tinha determinado o bloqueio de R$ 239 milhões, abaixo do pedido do MPF de R$ 1,5 bilhão. Na prática, o que foi determinado agora foi a ampliação do valor bloqueado. O juiz, no entanto, disse que ainda não foi informado qual foi o valor exato do bloqueio já executado.

O montante depende de quanto há disponível nas contas de Eike e seus familiares. A Justiça fará ainda uma perícia para determinar o valor dos imóveis. O empresário é acusado dos crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha, indução do investidor ao erro, uso de informação privilegiada e manipulação de mercado .Inicialmente, havia um processo pela prática desses dois últimos crimes. No entanto, estão sendo unificados outros processos correlatos, com denúncias feitas em São Paulo, ampliando as acusações. “Um dos motivos para o aumento do valor do bloqueio é que antes Eike estava respondendo a um processo no Rio, agora são seis. Os processos foram todos reunidos em um”, explicou Souza.

Audiência indefinida

Com essa movimentação, a data da próxima audiência do empresário está indefinida. A primeira ocorreu em novembro do ano passado. “O Ministério Público precisa agora devolver o processo com as novas denúncias”, disse o juiz.

No começo de 2014, foram bloqueados R$ 122 milhões e, em setembro, outros R$ 117 milhões.

Agora, a medida foi estendida a um valor maior e incluiu os familiares e a ex-mulher de Eike.“Os danos devem ser superiores aos R$ 3 bilhões, mas o objetivo é garantir ao menos parte disso agora”, afirmou o juiz ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A defesa do empresário informou que ainda não teve acesso à decisão – o processo corre em segredo de Justiça. No entanto, a advogado Sergio Bermudes, que representa Eike, informou que irá recorrer.

O empresário possui conta em 14 instituições financeiras, como Itaú, Citibank, BTG Pactual, Bradesco e Banco do Brasil.

FONTE: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/justica-bloqueia-r-3-bilhoes-de-eike-batista

Justiça mantém bloqueio de R$ 122 milhões das contas de Eike Batista

Alexandre Campbell/Valor

RIO  –  O Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro negou, na tarde desta terça-feira, o pedido da defesa do empresário Eike Batista para liberação de R$ 122 milhões bloqueados em suas contas desde setembro.

O bloqueio havia sido concedido pelo juiz Flávio Roberto de Souza atendendo a pedido do Ministério Público Federal em setembro, quando denunciou o empresário por crimes contra o mercado de capitais supostamente praticados em 2012 e 2013, nas negociações de ações da Ogpar (ex-OGX).

Os procuradores haviam pedido, na época, o bloqueio de R$ 1,5 bilhão para garantir o pagamento de indenizações ao mercado pelas perdas causadas na prática dos supostos crimes, além do arresto dos bens móveis e imóveis, caso o que houvesse nas contas não fosse suficiente.

O juiz permitiu somente o bloqueio do dinheiro, negando a extensão da decisão aos bens móveis e imóveis do empresário.

Crimes

O MPF denunciou Eike Batista à Justiça por supostos crimes de manipulação de mercado e negociação de ações com informação privilegiada (“insider trading”). A denúncia foi aceita e a primeira audiência de julgamento de Eike está prevista para 18 de novembro.

Em caso de julgamento e condenação, a pena por “insider trading” é de até cinco anos de detenção e, por manipulação, até oito anos.

De acordo com os procuradores, as possíveis irregularidades aconteceram em dois períodos. O primeiro foi entre maio e junho de 2013, antes de a empresa reconhecer publicamente a inviabilidade comercial de suas três principais reservas de petróleo.

O segundo, entre agosto e setembro de 2013, antes de Eike ter se recusado a fazer um aporte de US$ 1 bilhão na empresa, conforme havia prometido em 2012.

Reportagem da “Folha de S.Paulo” de novembro de 2013 mostrou que os executivos da OGX já sabiam, em 2012, que a capacidade de produção da petroleira e o tamanho dos reservatórios eram muito menores do que inicialmente estimados, mas as informações só foram atualizadas oficialmente no ano seguinte.

As duas comunicações, em julho e em setembro de 2013, fizeram as ações da OGX desabarem. Tendo negociado antes, Eike teve ganhos “indevidos” de R$ 197 milhões, segundo a decisão do TRF.

A caracterização de crime contra o mercado se deu, ainda, pelo fato de o empresário ter divulgado que comprometeria a aportar US$ 1 bilhão na empresa, “sem que nunca teria havido intenção de adimplir o contrato”, afirmou o juiz em uma de suas decisões.

Bloqueio

Para um dos desembargadores federais que analisaram recurso, Messod Azulay, havia indícios de que, ao assinar o contrato que firmava a obrigação do aporte de US$ 1 bilhão na OGX, Eike já sabia que não cumpriria o acordo, uma vez que já tinha em mãos estudos apontando a inviabilidade dos reservatórios.

O bloqueio dos valores, que correspondem ao lucro obtido com a venda das ações, segundo o desembargador federal, é necessário para garantir ressarcimento de prejuízos dos investidores.

“Não se trata de mera presunção de risco de desfazimento de recursos, mas da necessidade de salvaguardar a credibilidade do mercado nacional de capitais”, escreveu o desembargador em sua decisão.

(Folhapress)

FONTE: http://www.valor.com.br/empresas/3766284/justica-mantem-bloqueio-de-r-122-milhoes-das-contas-de-eike-batista#ixzz3I8JZxBkV

Desgraça pouca é bobagem. Juiz do caso de Eike Batista, diz que bloqueio de bens móveis e imóveis é iminente

Justiça pode bloquear bens de Eike Batista

Segundo juiz, bloqueio dos bens móveis e imóveis do empresário pela Justiça é iminente

Mariana Durão, do

Douglas Engle/Bloomberg News 

O empresário Eike Batista

Eike Batista: magistrado ironizou o fato de Eike ter declarado à imprensa que é um homem de classe média

Rio – O bloqueio dos bens móveis e imóveis do empresário Eike Batista pela Justiça é iminente.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o juiz titular da 3ª Vara Criminal Federal, Flávio Roberto de Souza, afirmou que a decisão ainda não foi tomada mas é “muito provável” já que o valor de ativos financeiros levantado até agora em nome do fundador do grupo X (R$ 117 milhões) está muito aquém do R$ 1,5 bilhão solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF) para garantir a indenização de danos supostamente causados ao mercado de capitais.

O magistrado ironizou o fato de Eike ter declarado à imprensa que é um homem de classe média.

“Eike disse que está deprimido porque está ficando pobre. Uma pessoa de classe média não tem milhões de reais disponíveis para pagar despesas correntes. Ele deve ter uma vida de marajá”, brincou.

No começo do ano R$ 122 milhões já haviam sido congelados em contas bancárias de Eike, que disse ter hoje um patrimônio negativo líquido de US$ 1 bilhão.

Ontem a Justiça Federal informou ter bloqueado outros R$ 117 milhões, mas os advogados do empresário dizem que o montante se refere a cotas de um fundo de investimento formado por debêntures (títulos de dívida) e não dinheiro.

Para a defesa a decisão judicial não alcança tais títulos.

“Na minha interpretação a cota de um fundo se enquadra no conceito de ativo financeiro previsto na decisão que decretou o bloqueio. É uma discussão doutrinária”, disse o juiz Flávio Roberto de Souza.

O ofício consolidado do Banco Central com o total definitivo encontrado em contas correntes do empresário em 14 bancos do País só fica pronto nesta sexta-feira, 19.

Na segunda-feira as informações detalhadas serão enviadas ao MPF que pode se manifestar, por exemplo, quanto a legitimidade das debêntures para garantir a indenização de prejuízos no caso de uma condenação de Eike.

Depois disso o juiz da 3ª Vara Criminal Federal deverá decidir sobre o sequestro de bens.

“Como o valor que foi bloqueado em princípio está abaixo do que o Ministério Público está pleiteando na cautelar é muito provável que o arresto se estenda a bens móveis e imóveis”, explicou Souza.

Se a decisão sair, a Justiça oficiará órgãos como os cartórios de registro de imóveis, o Detran e a Capitania dos Portos para que informem o que o empresário tem de fato em seu nome. Peritos vão avaliar casas, carros e barcos encontrados nesse inventário.

No início da semana o advogado Sérgio Bermudes, representante de Eike, disse acreditar que a Justiça não deveria acatar o pedido do MPF para atingir os bens de seu cliente. “A Justiça sabe que os bens, os imóveis, não fogem, não se escondem”, argumentou.

FONTE: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/justica-pode-bloquear-bens-de-eike-batista

Justiça manda bloquear contas bancárias de Eike Batista, diz advogado

Bloomberg

RIO  –  A Justiça Federal do Rio determinou o bloqueio dos valores em conta corrente nos bancos brasileiros de Eike Batista, informou o advogado do empresário Sérgio Bermudes.

De acordo com Bermudes, os bancos foram “oficiados” a informar à Justiça sobre os saldos em contas correntes no CPF do empresário.

Seria o desdobramento do recebimento, pela Justiça, da denúncia feita pelo Ministério Público Federal na semana passada, por crimes de manipulação de mercado e negociação de ações com informação não pública (“insider trading”), supostamente praticados pelo empresário com papéis da OGX.

Junto com a denúncia, os procuradores federais Rodrigo Poerson e Orlando Cunha haviam pedido ao juiz o bloqueio de bens no valor de R$ 1,5 bilhão.

Mas, segundo Bermudes, não há valores suficientes nas contas. “O que existe nas contas é para subsistência, e não chega perto desse total”, disse o advogado, sem informar quais seriam os valores disponíveis. Informou, ainda, que os advogados vão comprovar à Justiça quais são os valores que o empresário movimenta mensalmente para suas despesas básicas e que, portanto, estariam livre dos bloqueios.

De acordo com Bermudes, ainda não houve bloqueio de imóveis ou de ações de titularidade de Eike.

Procurados, nem a Justiça Federal do Rio nem o Ministério Público Federal confirmaram ou negaram ter ocorrido o bloqueio.

Acusações

A denúncia apresentada pelo MPF na semana passada foi recebida na segunda-feira (15) pela Justiça Federal do Rio.

Eike é acusado de manipulação de mercado e negociação de ações com base em informações não públicas, relacionados a negociações com ações da OGX.

Os dois crimes são previstos na Lei 6.385/76, que regula o funcionamento do mercado de capitais.

O juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal, mandou citá-lo, o que, na prática, representa a abertura de um prazo de dez dias para que o empresário faça uma defesa preliminar.

“Na ocasião, poderá o réu arguir preliminares e alegar tudo o que interessa à sua defesa, oferecer documentos, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, com o respectivo endereço, justificando a necessidade de sua oitiva e intimação, quando for o caso”, informa o juiz.

Terminado o prazo, a Justiça Federal decidirá se vai julgar Eike pelos supostos crimes. Se condenado, a pena para manipulação de mercado vai de um a oito anos de detenção e o de “insider”, de um a cinco anos.

Denúncia

A denúncia foi apresentada pelos procuradores federais no Rio de Janeiro Rodrigo Poerson e Orlando Cunha. Segundo a investigação, Eike valeu-se de informações não divulgadas em duas ocasiões para negociar ações da OGX que tinha em mãos.

As negociações, observa o juiz com base na denúncia, ocorreram depois de dois fatos relevantes, em 24 de fevereiro de 2012 e 13 de março de 2013, que forneciam informações sobre potenciais de reservas, dando conta de que as acumulações Pipeline, Fuji e Ilimani teriam entre 521 milhões e 1,33 bilhão de barris de petróleo, “tendo sido omitidas as informações referentes às conclusões técnicas e financeiras da Schlumberger e as análises de grupo de Trabalho” da empresa, que concluíram pela inviabilidade financeira da exploração das áreas.

A caracterização de crime contra o mercado, na opinião dos procuradores, também se dá pelo fato de o empresário ter divulgado fato relevante em que se comprometia a aportar US$ 1 bilhão na empresa, “sem que nunca teria havido intenção de adimplir o contrato”, afirma o juiz na decisão.

A existência de documentos que já indicavam a inviabilidade das reservas em 2012 foi alvo de reportagem da “Folha de S.Paulo” publicada em novembro de 2013.

(Folhapress)

FONTE: http://www.valor.com.br/politica/3698586/justica-manda-bloquear-contas-bancarias-de-eike-batista-diz-advogado#ixzz3DWKYPRGE