No dia ontem (10/12) tive que enfrentar um congestionamento causado por um caminhão estacionado em local impróprio na Rua Barão de Miracema, como mostra a imagem abaixo. O problema é que ao passar pelo local, notei que ali estava (foi o que eu pensei no momento) uma daquelas podas drásticas de árvores em logradouros públicos que eu já notei aqui no blog em diversas ocasiões.
Mas hoje ao passar a pé pelo mesmo local. notei (como mostram a imagem abaixo) que em vez de pode drástica, o que tinha sido feito foi a erradicação completa de duas árvores que proviam sombra para o “Centro de Referência da Criança e do Adolescente) cujas instalações ficam justamente em frente do local de onde as árvores foram erradicadas.
Mas o interessante dessa pequena história de horrores contra o patrimônio ambiental de Campos dos Goytacazes foi que, ao me ver fotografando o que sobrou das árvores, uma senhora que saia de dentro daquela unidade municipal me disse revoltada que achava a remoção das árvores um grande absurdo, já que o motivo alegado dentro do prédio é que as árvores teriam sido retiradas para aumentar a visibilidade da placa que informa que ali é o “Centro de Referência da Criança e do Adolescente”!
Afora a questão básica de que visibilidade de órgão público se obtém por bons serviços prestados à população, fico imaginando, caso essa explicação para o sacrifício de duas árvores esteja correto, quem é que foi teve essa ideia “brilhante”. É que vivemos numa cidade cuja sombra de cada árvore deveria ser celebrada como uma dádiva da natureza. Mas o que tenho presenciado nas ruas de Campos é um avanço da depredação do patrimônio ambiental, seja pelas mãos das concessionárias de serviços públicos ou, como nesse caso em tela, por órgãos públicos municipais.
E nunca custa nada lembrar que existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela PMCG para cuidar da floresta urbana com os devidos cuidados e rigores que a legislação ambiental determina. E então, o que eu espero é que o MP de Campos dos Goytacazes aja de forma tão pronta e contundente contra os que massacram a floresta que nos protege do ar, da chuva e do vento, da mesma forma que agiu contra os que negaram a continuar prestando serviços contratados pela PMCG, em que pese os atrasos de pagamento por parte do poder público municipal.
Afinal, quem firmou TAC tem que ser o primeiro a cumprir, não é?


