Menos cidades, menos gente: apesar da confusão está claro que a revolta coxinha refluiu

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Acompanhando a avaliação da Rede Globo, vi o tom tristonho com que se divulgou os números das manifestações deste domingo. É que segundos os números houve uma diminuição no número de cidades onde ocorreram protestos (de 252 para 192) e das pessoas envolvidas (de 3 milhões para 750 mil).

Em que pese a minha descrença em relação ao número de participantes nos dois dias de revolta coxinha, o fato é que a maré baixou. Mas uma explicação deste recuo pode ser mais sombrio do que se pode inicialmente avaliar.

O problema é que nesse intervalo, o governo Dilma ja recuou tanto que os fomentadores da revolta coxinha já conseguiram parte dos seus objetivos funestos. Basta ver o caso do PL da precarização.

Em tempo: o nada insuspeito jornal “O ESTADO DE SÃO PAULO” publicou números ainda mais baixos para o número de cidades em que teriam ocorrido atos no dia de ontem. Em vez das 192 propaladas pela GLOBO News, o número seria de 152.  Apesar disso mudar muito pouco a qualidade, é certo que os números refletem o limite atual da capacidade em que os movimentos pró-golpe operam. 

Mário Magalhães: Ministros de Dilma reeditam Festival de Besteiras que Assola o País

Por Mário Magalhães

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Faz meio século, por aí, que Stanislaw Ponte Preta, nome de guerra de Sérgio Porto, passou a colecionar pérolas da estupidez e da cretinice, na seleção que batizou como Febeapá, ou Festival de Besteiras que Assola o País. Naquele tempo, meados dos anos 1960, o cronista costumava fustigar a nascente ditadura.

A ditadura se foi, Sérgio Porto também, mas não o imortal Febeapá. Como provam alguns dos ministros do governo Dilma Reloaded.

Nesta segunda-feira, numa entrevista à jornalista Mônica Bergamo, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, alardeia, faceira que só ela: “O latifúndio não existe mais”.

Dispenso estatísticas sobre uma das mais obscenas concentrações fundiárias do planeta, para eleger a tirada da ministra ao Febeapá 2015. Basta dizer que ela é líder dos… latifundiários. E sem latifúndio não haveria latifundiário.

Insatisfeita com registro único, Kátia Abreu culpou os índios por conflitos no campo. Afinal, eles “saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”.

Outro dia foi a vez de George Hilton vestir sua camisa no time do Febeapá. Pode não ser a dez, mas merece começar jogando. Na posse como ministro do Esporte, o craque soltou o tirambaço: “Vou tranquilizá-los: posso não entender profundamente de esporte, mas entendo de gente”.

Há uma vastidão de vocações para quem entende de gente. O chefe do Ministério do Esporte, contundo, tem de entender profundamente de esporte _perdão pela obviedade.

O ministro do Planejamento também ganhou seu lugar no novo Febeapá. Depois de a propaganda da candidata Dilma Rousseff identificar em Aécio Neves e seu ministro-que-foi-sem-nunca-ter-sido, Armínio Fraga, a intenção de mudar a regra que tem permitido o aumento real do salário mínimo, Nelson Barbosa disse na sexta-feira: “Vamos propor uma nova regra para 2016 a 2019″.

A asneira foi tamanha que no sábado, obedecendo à presidente, o ministro voltou atrás na garfada aos trabalhadores: “Seguirá a regra de reajuste atualmente vigente”.

Não custa anotar, mais uma vez, o óbvio: se Kátia, Hilton e Barbosa garantiram, na condição de ministros, seu lugar no Febeapá, é porque foram convocados por Dilma.

Nesse ritmo, a edição do festival de besteiras de 2015 exigirá mais de um volume.

FONTE: http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2015/01/05/ministros-de-dilma-reeditam-festival-de-besteiras-que-assola-o-pais/

A campanha presidencial e o gosto amargo da derrota na boca dos “neocons”

Como alguém que já declarou que não votará em nenhum dos dois candidatos que sobraram na corrida presidencial por razões das mais variadas, eu tenho que dizer que estou achando divertido ver a virada de Dilma Rousseff nas últimas pesquisas eleitorais. Não porque isso vá me fazer mudar de ideia, mas porque alguns Aecistas locais devem estar precisando tomar calmantes. É que depois de contar a vitória do dublê de empresário do setor radiofônico e playboy que foge do bafômetro como favas contadas, agora esses neocons estão sentindo o gosto amargo da derrota se aprofundar em suas bocas e entranhas. E naquela parte da mídia corporativa que, depois de mamar nas tetas gordas das verbas publicitárias federais, apostou em Aécio “Never !”, o pânico da revanche de Dilma deve estar assombrando até os mais calmos dos “empresários”

Mas a sensação que se apossa deste tipo de figura foi para mim é indiferente. Mas não posso deixar de lembrar de um frase lapidar que alguém escreveu faz alguns dias no Facebook. Segundo este gênio das frases, não há como discutir o Bolsa Família com aqueles que ainda não se conformaram com a abolição da escravatura.  E não é?

Carlos Latuff e a ocupação militar da Maré: a imagem e o texto

Por Carlos Latuff

Dilma Rousseff, vítima da ditadura, e Sérgio Cabral, não poderiam ter escolhido melhor data para ocupar o Complexo da Maré com tropas: um dia antes da data em que o golpe de 64 completa 50 anos! Parabéns, presidenta!

LATUFF MARE

FONTE: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=345426712262619&set=a.167836366688322.37004.100003858796537&type=1&theater