Engesique
Porto do Açu: da propaganda à realidade, outra greve por falta de pagamento de salários
No dia 14 de Outubro, os trabalhadores da empresa “Engesique Engenharia, Construções e Montagens” que realizam obras no Porto do Açu “trancaram” as portas do empreendimento por (Aqui!). Pois bem, passadas duas semanas, eis que o mesmo grupo de trabalhadores está fechando novamente os acessos da “Roterdã dos trópicos” do ex-bilionário Eike Batista na manhã desta sexta-feira (30/10).
As notícias que me chegam da área do Porto do Açu é que a Engesique teria suspenso uma reunião de acordo que seria realizada hoje em São João da Barra, o que teria motivado mais esse movimento paredista que, aparentemente, bloqueia todas as vias de acesso ao empreendimento.
Também fui informado de que há uma forte apreensão entre os trabalhadores quanto à possibilidade de demissão coletiva frente à incapacidade da Prumo Logística Global de honrar suas dívidas com a Engesique que, por sua vez, não honra as dívidas trabalhistas que possui com seus empregados.
Agora, talvez este fosse um bom momento para a diretoria da Prumo Logística Global vir a público vestindo as “sandálias da humildade” para informar à população e aos próprios investidores e parceiros sobre qual é a real situação financeira do Porto do Açu. É que me parece que o atual discurso de que “tudo está azul na América do Sul” simplesmente não se encaixa com a realidade dos fatos. Diante desse cenário há ainda que se lembrar que o mercado pune quem fica prometendo maravilhas em apresentações de Powerpoint, mas não consegue transformar belas apresentações em realidade. Aliás, não há melhor disso do que o idealizador do Porto do Açu, o ex-bilionário Eike Batista.
Folha da Manhã dá novos detalhes de movimento paredista no Porto do Açu
Trabalhadores fecham acesso ao Porto do Açu
Com informações do repórter Jhonattan Reis, da Folha da Manhã
Uma manifestação de funcionários da empresa Engesique, que presta serviço à Prumo Logística, fecha o acesso ao Porto do Açu desde a madrugada, por volta das 4h, desta sexta-feira (16). São cerca de 80 trabalhadores bloqueando a entrada do Porto com galhos de árvores e pneus. Eles alegam que estão com salários atrasados há cerca de 12 dias, sendo que atrasos seriam recorrentes. Ainda segundo funcionários, cerca de 600 operários estariam na mesma situação.
Além do pagamento em atraso, os funcionários reivindicam melhores condições de trabalho em questões como segurança, alimentação e uniformes. Uma equipe da Polícia Militar está no local. No entanto, de acordo com o montador de andaimes Wellington Bezerra, 26 anos, o protesto não tem hora para ser encerrado.
Os trabalhadores ressaltam que este está sendo um ato pacífico, “sem atear fogo e nem quebrar nada, apenas para buscar os direitos”. Diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Mobiliário (Sticoncimo/RJ), José Carlos Pereira da Silva afirmou que reuniões foram feitas, mas a situação não foi resolvida até então.
Representantes da empresa e dos trabalhadores se reuniram por volta das 10h para tentar um acordo. A Prumo ainda não se emitiu nenhum posicionamento sobre a manifestação.
Durante a manhã, filas de veículos foram formadas na entrada do Porto e algumas empresas já liberaram suas equipes para trabalhar de casa.
Mais informações a qualquer momento.
FONTE: http://fmanha.com.br/blogs/arnaldoneto/2015/10/16/trabalhadores-do-acu-fecham-acesso-ao-porto/
Braços cruzados nesta 6a. feira no Porto do Açu

Acabo de receber um informe vindo de dentro do Porto do Açu que hoje o dia por lá é de braços cruzados. A razão para mais este movimento paredista será o atraso nos repasses devidos pela Prumo Logística Global às diversas empresas que atuam nas obras ainda em curso dentro do empreendimento.]
Segundo o que me foi informado, uma das empresas mais afetadas por esta paralisação seria a “Engesique Engenharia, Construções e Montagens” cujos trabalhadores estão com salários atrasados. Ainda segundo essa fonte, a direção da Engesique teria se comprometido a pagar parte dos salários ao longo dessa semana, mas como isto não ocorreu, os trabalhadores resolveram cruzar os braços. A explicação para isto seria prosaica: a Prumo Logística não teria feito o repasso financeiro necessário para a Engesique honrar seus compromissos com os operários.
Há que se lembrar que essa não é a primeira vez em que a falta de pagamento de salários causa a realização de movimentos paredistas. Mas no presente momento essa situação serve para colocar em xeque o discurso corporativo de que tudo é um mar de rosas no Porto do Açu. Pelo jeito, está cada vez mais longe disso.









