RJ: mais provas de que a crise é seletiva, muito seletiva!

A coluna que a jornalista Berenice Seara possui no jornal Extra publicou neste sábado (20/08) uma lista de empresas que seriam as “queridinhas” do (des) governo do Rio de Janeiro (ver reprodução abaixo).

extra seabra

E as empresas desta lista tem milhões de razões para se sentirem felizes por terem um trato diferenciado em meio à propalada crise financeira que impede o funcionamento digno de escolas, hospitais e universidades. É que ao contrário do tratamento dado a órgãos públicos, elas receberam pagamentos que chegam a quase R$ 150 milhões.

Há que se destacar que na lista das “quridinhas” estão duas empresas citadas na operação Lava Jato e também a sucessora da campeã de contratos nos tempos de Sérgio Cabral, a Facility.

Assim, mais uma vez ,fica provado que a crise que massacra os servidores e aposentados no estado do Rio de Janeiro é seletiva, mas muito seletiva.

 

A crise de Pezão é seletiva. Provas emergem na saúde pública privatizada

prol facility

A imagem acima é reveladora em vários aspectos, uns mais óbvios do que os outros. A primeira é a manchete da reportagem que nos revela que toneladas de remédios estão perdidos nos depósitos da Secretaria Estadual de Saúde, enquanto milhares de cidadãos do Rio de Janeiro padecem pela falta dos mesmos.

Um primeiro aspecto não tão óbvio é que o deputado que faz a denúncia, Pedro Fernandes, do Solidariedade, não é membro da bancada de oposição, mas sim um situacionista clássico.  

E o segundo aspecto não tão óbvio, mas potencialmente explosivo, é que Pedro Fernandes, sabe-se lá por quais razões, traz a público um fato que tem sido negligenciado por todos os que acompanham a crise financeira que Pezão usa para cassar direitos e atrasar salários. É que desde o primeiro (des) governo de Sérgio Cabral, e continuado no de Pezão, quem gerencia boa parte dos serviços de saúde terceirizados é o consórcio Log Rio, formado pelas empresas Prol e Facility (que, aliás, são de propriedade nominal de um fundo de “private equity”).

Para quem não se lembra do caso da Facility, a empresa era de propriedade de um grande amigo de Cabral e Pezão, o Sr. Arthur Cezar Fernandes, o famoso Rei Arthur. E no meio desse imbróglio todo ainda há que se lembrar do ex-secretário de Saúde, Sérgio Cortes, que agora é um executivo da Rede D´Or.

Ao levantar essa imensa lebre, o deputado Pedro Fernandes está colocando o foco na nebuloso aplicação de bilhões de reais em empresas cujos proprietários estão providencialmente protegidos pela condição da empresa-mãe, o Rise International (Aqui!).

Como se vê, cada vez que se apura minimamente as raízes da crise é possível ver que a mesma é extremamente seletiva: de um lado padecem servidores e a população, enquanto de outro as corporações privadas multinacionais se refastelam com bilhões de reais saídos dos cofres públicos.