Porto do Açu: blitzkrieg de propaganda e as disputas que correm na surdina

Nos últimos dias temos assistido a uma verdadeira “blitzkrieg” propagandística para alardear vários feitos que estariam sendo alcançados pela Prumo Logística no Porto do Açu. Até ai tudo muito coerente, pois a imprensa local tem está de excessiva boa vontade desde quando este megaempreendimento ainda era controlado pelo ex-bilionário Eike Batista. Dai que a atual repercussão das notas da competente assessoria de imprensa da Prumo Logística não me surpreende. Mesmo porque o hábito do cachimbo deixa a boca torta, já diz o velho adágio.

Agora, fontes bem informadas e atentas em relação ao que ocorre de forma mais subliminar no Porto do Açu me chamou atenção para dois fatos interessantes que ocorreram em setembro de 2014, mas que passaram totalmente sem ser noticiados.

O primeiro, como mostra a imagem abaixo, foi um comunicado de “fato relevante! feito no dia 11/09/2014 pela Prumo Logística anunciado o cancelamento de um contrato de locação com a Eneva (ex- MP(X)) em área dentro do Porto do Açu, supostamente pelo não cumprimento de condições comerciais.

Z PrumoMas rápida no gatilho, já no dia 12/09/2014, a Eneva também comunicou ao mercado que não concordava com a decisão da Prumo Logística de cancelar o contrato de locação que concedia à ex-MP(X) a posse de terras dentro do Porto do Açu.

Z EnevaTudo estaria bem se a disputa tivesse ficado apenas no campo dos comunicados ao mercado, e que as empresas (as duas ex-componentes do combalido império “X”, diga-se de passagem) não tivessem levado o problema para os tribunais. Acontece que não foi isso o que aconteceu, e agora o problema está estabelecido.

Mas qual é afinal o problema, já que esse tipo de disputa é corriqueira no mercado de locação de terras? A resposta a esse pergunta poderá vir nas próximas semanas na forma de um prometido comunicado da Eneva, e ai o interessante será saber o que de luz teremos sobre uma série de contratos sobre os quais não se tem conhecimento algum. A ver!

 

 

Exame: CVM rejeita proposta de acordo com Eike e executivos da LLX

Comissão rejeitou proposta de pagamento para encerrar processo na autarquia, mediante o pagamento de 600 mil reais

AGNEWS

  EIKE CVM

Eike Batista, dono do Grupo EBX: além de Eike, os executivos Otávio Lazcano, Eugenio Figueiredo e Claudio Lampert propuseram pagar, cada um deles, R$ 150 mil à CVM

 

Rio de Janeiro – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou proposta de pagamento do empresário Eike Batista e outros executivos da LLX para encerrar processo na autarquia, mediante o pagamento de 600 mil reais.,

Além de Eike, então controlador da LLX, os executivos da companhia Otávio Lazcano, Eugenio Figueiredo e Claudio Lampert propuseram pagar, cada um deles, 150 mil reais à autarquia.

Eles foram acusados de não terem divulgado, em 23 de julho do ano passado, fato relevante sobre estudos e negociações que visavam o fechamento de capital da LLX.

“Considera-se inoportuno celebrar acordo com o controlador da companhia em um processo envolvendo justamente questões informacionais”, de acordo com a CVM.

Em outro processo que envolve as empresas de Eike, o empresário e os executivos Aziz Ben Ammar, José Roberto Cavalcanti, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, Paulo de Tarso Guimarães, Reinaldo Vargas e Roberto Monteiro, também foi solicitado termo de compromisso, na segunda-feira.

De acordo com as informações do site da autarquia o processo ocorre por descumprimento da Instrução 358, que versa sobre a divulgação de fato relevante.

FONTE: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/cvm-rejeita-proposta-de-acordo-com-eike-e-executivos-da-llx