
Um dos meios de se abafar um determinado problema é chamá-lo por outro nome. E esse parece ser exatamente o caminho que os governantes brasileiros estão escolhendo para achatar artificialmente a curva do número de mortes pelo coronavírus (a.k.a. COVID-19).
É que os dados oficiais estão registrando, e a mídia corporativa noticiando de forma não relacional, o aumento explosivo da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em meio à pandemia da COVID-19, como se uma coisa não tivesse muito a ver com a outra, quando tem.
Vejamos por exemplo, os dados de SRAG que foram compilados pelo jornal “O POPULAR” que é publicado em Goiânia para o período de 2016 a 2020 (que mal chegou a abril) que demonstram um aumento explosivo para essa condição no estado de Goiás.

Fonte: O Popular
Ainda que a SRAG possa ser causada por diversos tipos de vírus, o fato é que, neste momento, o número acachapante de casos em meio à pandemia do COVID-19 deveria servir para que providências mais severas fossem tomadas para se testar de forma célere os pacientes para se determinar qual agente infeccioso foi responsável por causar a condição. Mas até onde se sabe, não é isso que está ocorrendo e muitos estão sendo enterrados sem que os testes estejam sequer sendo realizados.
Por isso é que cresce a taxa de subnotificação e, por consequência, o risco de que o Brasil se torno o próximo epicentro global do COVID-19. Enquanto isso, os números da SRAG poderão continuar sendo contabilizados, como se uma coisa não tivesse nada a ver com a outra.


