Mais um estudante da UENF se coloca em greve de fome para protestar contra o descaso do (des) governo do Rio de Janeiro.

Além do estudante de Agronomia, Luiz Alberto Araujo, que completou hoje 48 horas de greve de fome, mais um estudante aderiu ao protesto. O estudante do terceiro período do curso de Ciências Biológicas Gustavo Frare do Valle também aderiu ao protesto e parou de se alimentar para exigir o atendimento da pauta dos estudantes que, entre outras coisas essenciais, envolve a abertura imediata do bandejão e em preços acessíveis aos estudantes.

Segundo me informou o próprio Gustavo Frare, ele estava pensando em realizar o protesto, mas resolveu aderir agora não apenas para fortalecer o movimento de greve dos estudantes, mas também para prestar uma forma de solidariedade ativa ao seu colega do curso de Agronomia, Luiz Alberto Araujo.

Perguntei ainda aos dois se houve algum tipo de oferta de auxílio médico durante a realização do protesto por parte da reitoria da UENF e eles responderam que não. Eles ainda acrescentaram que não contavam mesmo com nenhum apoio da reitoria, e que até por isso eles decidiram por essa forma de protesto.

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Luiz Alberto Araujo (do curso de Agronomia) e Gustavo Frare do Valle (do curso de Ciências Biológicas) estão em greve de fome para pressionar o (des) governo do Rio de Janeiro a atender a pauta que orienta a greve dos estudantes da UENF: abertura do bandejão, aumento do valor das bolsas e concessão de auxílio-moradia.

E enquanto ocorre a greve de fome dos dois estudantes, o bandejão permanece paralisado e sem perspectivas de abertura!

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Jornal Terceira Via repercute greve de fome de estudante da UENF

Estudante faz greve de fome em frente à reitoria da UENF

O aluno do curso de Agronomia, Luiz Alberto Araújo da Silva, está desde a tarde ontem sem comer. Outros estudantes planejam aderir a greve

Luiz Alberto morava no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e ingressou na universidade por meio das cotas destinadas aos estudantes negros. Ele quer chamar a atenção da sociedade para o descaso do Governo do Estado do Rio de Janeiro, não só com os professores e funcionários da instituição, mas também com os alunos.

De acordo com ele, por falta de recursos, a UENF não oferece alimentação – embora haja um bandejão na universidade -, não existem alojamentos ou auxílio moradia e o valor da bolsa de estudos é baixo, cerca de R$300. “Atualmente, a instituição não dispõe de condições mínimas para garantir a permanência dos estudantes. Todos estão muito insatisfeitos, alunos, professores e funcionários de modo geral. Por isso, muitos universitários são forçados a abandonar os estudos por causa das dificuldades que encontram”, alegou.
O estudante Gustavo Frare Ribeiro, que cursa Ciências Biológicas, é de Uberlândia e acabou de retornar de uma viagem. Ele afirma que também vai aderir à greve de fome. “Essa medida é necessária. Acredito que só a greve não será suficiente tamanho é o descaso do estado. Peço que a reitoria tome providências urgentes para que a gente não se prejudique ainda mais”, disse.

Outros alunos estão acampados em frente ao gabinete da reitoria.

FONTE: http://www.jornalterceiravia.com.br/noticias/campos_dos_goytacazes/45656/estudante_faz_greve_de_fome_em_frente_a_reitoria_da_uenf

Estudante da UENF em greve de fome dá entrevista coletiva para explicar as razões do seu protesto

O estudante do curso de Agronomia da UENF, Luiz Alberto Silva, que se encontra em greve para demandar uma resposta imediata para as demandas da greve dos estudantes participou de uma entrevista coletiva nesta manhã, enquanto a reitoria permanece ocupada por um grupo de estudantes ligados ao Diretório Central dos Estudantes.

Segundo Luiz Alberto explicou a greve de fome é um gesto extremo para garantir sua permanência na UENF, visto que ele é o último de um grupo de cinco alunos cotistas que entraram no curso de Agronomia. Além disso, ele apontou que o valor do auxílio-cota de R$ 300,00 é insuficiente para que ele e outros estudantes carentes consigam arcar com todos os custos decorrentes da vida universitária.

Outro ponto específico de reclamação é a falta da abertura do bandejão que poderia permitir um alívio no custo de vida dos estudantes, mas cuja obra se arrasta desde 2008 e ainda sem uma perspectiva de quando o mesmo será finalmente inaugurado.

Abaixo algumas imagens da entrevista concedida pelo estudante em greve de fome.

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