IMTT reduz ciclovia e afunda Campos dos Goytacazes no passado

A cidade de Campos dos Goytacazes, especialmente a parcela que precisa sair de casa para trabalhar sem dispor de veículo próprio, está sob os efeitos dramáticos do colapso no serviços públicos de transporte. Nesse contexto de caos consentido pelo governo municipal, o que fazem os técnicos do IMTT? Optam pelo impensável ao reduzir o espaço disponível para as bicicletas para dar mais espaço para os automóveis (ver imagem abaixo mostrando a redução de um parte da “Ciclovia Patesko”).

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Aí é que eu digo: para que tentar modernizar e democratizar os acessos à cidade, se você pode afundá-la ainda mais na desigualdade e no atraso? Para que pensar em aproveitar as potencialidades que o terreno nos oferece e apoiar o transporte por bicicletas, se é possível caminhar no passo do siri para fincar a cidade de Campos dos Goytacazes no passado?

Um semáforo caiu, outros cairão. Cadê o IMTT?

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No último dia 15, um semáforo caiu no centro da cidade de Campos dos Goytacazes e atingiu, felizmente sem vítimas humanas, dois carros cujos donos foram azarados (ou teriam sido sortudos?) de estarem nas imediações do ponto de queda (ver vídeo abaixo).

A coisa é que circulando por diferentes pontos da cidade é possível observar outros equipamentos semelhantes apodrecidos, esperando apenas por um vento mais forte para derrubá-los, com uma grande chance de que uma hora dessas ocorra alguma fatalidade humana?

Aí é que eu pergunto: para que existe o chamado IMTT? Apenas para correr atrás de trabalhadores que estejam suprindo os cidadãos com transporte informal?

Para que afinal serve o IMTT?

Moro há quase 12 anos em uma rua que já foi até bucólica em que pessoas idosas podiam cruzá-la com alguma segurança. Agora não,  a rua agora é palco de um fluxo alto de veículos que coloca em risco as vidas de todos que têm de cruzá-la.  Mas o cenário que já era ruim se tornou ainda mais perigoso com o uso dessa via por mega caminhões vindos  do Porto do Açu (ver imagem abaixo tirada na manhã deste sábado).

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Quem quiser avaliar os efeitos da passagem diária desses mega caminhões, sugiro que visite o trecho entre Rua dos Goytacazes (a rua do Gás) e Marechal Floriano (a antiga Ouvidor) para ver de perto um cenário parecido com as crateras lunares, tal é o nível destruição que já foi causado.

Diante desse cenário lunar é que eu pergunto aos leitores campistas deste blog: afinal, para que serve o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) que deveria estar cuidando do trânsito dentro das vias urbanas municipais? Apenas correr atrás de trabalhadores precários que tentam viver dignamente a partir do fornecimento de serviços extra-oficiais de transporte? Vão esperar até que alguma desgraça grave aconteça para agir para organizar o trânsito desses caminhões vindos do Porto do Açu?

Ah, sim, para uma cidade que está cobrando um IPTU bem salgado e usando até drones para checar quem construiu e não declarou, como explicar a situação de muitas ruas cujo pavimento está literalmente derretendo na atual temporada de chuvas? Há que se lembrar que o contribuinte quer algo mais do que apenas ser alvo de derrama fiscal.

Felipe Quintanilha, suas tendas improvisadas e a proeza de piorar algo que já era péssimo

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Felipe Quintanilha, o mentor do sistema integrado de transportes que conseguiu a proeza de piorar algo que já era péssimo.

Há algo muito misterioso (ou sei lá, muito explícito) cercando o imbróglio dos “terminais” improvisados que o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) sob o comando do honorável Felipe Quintanilha fez colocar, até em locais proibidos, sob a desculpa (esfarrapada) de acelerar a aplicação de um sistema de transporte integrado que até agora fez de tudo, menos integrar.

É que não pode ser a simples incompetência que está nos fazendo assistir à piora de algo que já era claramente ruim.

Mas vá lá, pode ser só incompetência mesmo. Enquanto isso o relógio das eleições municipais continua seu tic tac tic tac implacável. E ainda tem gente que culpa os pobres pela possível volta de uma das dinastias políticas da cidade à cadeira de prefeito de Campos dos Goytacazes….

Rafael Diniz, um prefeito que só finge investir na participação popular

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Filas gigantescas e atraso: bem vindo de volta ao passado no primeiro dia do novo plano de mobilidade de Campos dos Goytacazes.

Um caos mais do que previsível no que já era um precário sistema público de transportes está se confirmando e tornando a vida de milhares de cidadãos campistas um verdadeiro inferno.  Para aqueles que moram em localidades mais distantes o início da implantação do chamado “Plano de Mobilidade Sustentável” está sendo tão impactante que muitas pessoas estão simplesmente desistindo de tentar se deslocar para seus locais de trabalho.

Um exemplo dessa dificuldade brutal é a localidade de Morro do Coco onde foram alocados apenas dois veículos na parte da manhã, transformando a viagem até os pontos modais uma verdadeira epopeia. Pessoas com quem já conversei reclamam dos impactos trazidos pelo início improvisado do novo sistema.  É como se quem desenhou o novo modelo esteja pouco se lixando com a vida dos que efetivamente terão de utilizar o sistema público de transportes, coisa que não se aplica a quem propôs e implantou um novo modelo sem consultar os principais interessados que são os usuários.

Mas improvisação e descuido não me parecem ser elementos acidentais dentro do governo do jovem prefeito Rafael Diniz. Na verdade, não parece ser um problema de improvisação, mas de um modelo de apartação social em que os burocratas de plantão se preocupam mais com seus aliados políticos dentro de um grupo seleto de empresários de ônibus do que com elegeu um prefeito que prometia mudar para melhor tudo o que estava errado na gestão da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes.

Um perfeito exemplo de que a forma com que foi conduzida a formulação do novo plano de mobilidade do município foram as chamadas plenárias do Plano de Mobilidade Social (PMS) que foram realizadas  nos dias  21,  28 e 29 de março de 2019 em local e horário que impossibilitaram a presença de um número maior de pessoas (ver imagem abaixo).

plano de mobilidade sustentavelPlenárias do Plano de Mobilidade Sustentável realizadas nos dias  21,  28 e 29 de março de 2019.

A escolha de local e horário, bem como da divulgação restrita, transformam as tais plenárias em um simulacro de participação popular onde um grupo restrito de pessoas ouviram as falas dos responsáveis pelo PMS.  Tivesse o prefeito Rafael Diniz um real interesse de permitir a participação popular, ele teria requisitado espaços mais amplos como  o próprio plenário da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, mas optou de forma aparentemente deliberada por não fazê-lo.

A questão é que o jovem prefeito Rafael Diniz e seus menudos neoliberais até hoje não demonstraram nenhuma preocupação com construir mecanismos efetivos de participação popular. E isto é mais do que compreensível, pois este é um governo que optou por governar de costas para o povo, especialmente se o povo for pobre e viver longe das áreas consideradas como sendo o filé mignon da especulação imobiliária.

Lamentavelmente o ônus de se ter um governo só finge que quer a participação da população nas coisas de interesse é a perpetuação de graves distorções nas oportunidades ao acesso daquilo que a cidade de Campos dos Goytacazes teria de melhor para todos os cidadãos do município.  E é justamente por isso que  continuaremos a vivenciar a persistência de uma forma de caos planejado não apenas no sistema de transporte público, mas também na saúde, educação e habitação.

Alô IMTT! O buraco da Sete de Setembro voltou!

Pode parecer simplório que em pleno dia de paralisação nacional contra a reforma da previdência do presidente “de facto” Michel Temer, eu torne a falar de um simplório buraco na Avenida de Setembro (ver abaixo).

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Mas é preciso lembrar que em sua última aparição, este buraco causou vários acidentes, alguns com vítimas. 

Mas mais do que isso, esse buraco é uma excelente oportunidade para o governo atual, o de Rafael Diniz, provar que sabe fazer melhor que o de Rosinha Garotinho. Deixa que eu explico. Esse buraco está aparecendo num pavimentação que levou mais de 6 anos para ser completada dada a obra realizada no âmbito do programa “Bairro Legal”.  

Agora, se vê que algo não foi bem feito,  e temos esse buraco aparecendo sempre que chove. A minha hipótese como geógrafo é que o solo subjacente ao asfalto está se movimentando, tal como o buraco. A única solução definitiva vai ser abrir todo esse trecho e refazer a obra mal feita do governo anterior.

E aí, prefeito, vai encarar? Por enquanto, a presença do pessoal do IMTT já ajudará a evitar que mais cidadãos sejam acidentados por este buraco.

Alô IMTT! Sete de Setembro virou um corredor da morte, cadê os radares?

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Após quase 3 meses de governo do jovem prefeito Rafael Diniz a coisa não mudou muito na ordenação do inexplicavelmente caótico trânsito de Campos dos Goytacazes, e até agora o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) tem reproduzido o que já era feito no governo anterior , qual seja, praticamente nada.

Como residente da Avenida de Setembro, já tive oportunidade de assistir inúmeros acidentes nos últimos 7 anos, e a única coisa eficiente que vejo atuando são os socorristas do Corpo de Bombeiros que sempre mostram um profissionalismo e cuidado com os muitos feridos que são de nível excelente.

Ontem (11/03) estava calmamente tomando um café em casa quando ouvi aquele som característica de um acidente com automóveis, e logo fui ver se havia algum ciclista ou motociclista envolvido, pois esses sempre sofrem mais danos físicos. Mas o que descobri foram dois veículos bastante amassados (ver imagens abaixo) e uma pessoa, a motorita de um dos carros envolvidos no sinistro, paralisada pela dor, enquanto que lá de fora seu filho chorova com sangue escorrendo pelo nariz.

Ainda que boa parte da culpa pelo acidente de ontem tenha sido humana, o que vem ocorrendo na Avenida Sete de Setembro e outras vias com trânsito intenso em Campos dos Goytacazes extrapola a falta de educação no trânsito. O que temos de fato é a completa ausência de políticas de ordenamento do tráfego e também medidas de contenção que ultrapassem as medidas triviais de guinchamento que aparantemente são as únicas em curso na nossa cidade.

O incrível é que Itaperuna, uma cidade menor que Campos dos Goytacazes, possui vários radares em funcionamento, o que contribui para a diminuição da velocidade e, provavelmente, de acidentes. Por que Campos não possui essas ferramentas nas vias com trânsito mais intenso é um enorme mistério para mim. No caso específico do trecho da Avenida Sete de Setembro que vai até a Rua dos Goytacazes,também não entendo porque ainda se permite a passagem de caminhões pesados que não raramente transportam cargas perigosas.

A minha expectativa é que a partir da entrada do arquiteto Renato Siqueira na direção do IMTT as coisas iriam melhorar. Mas até agora, sabe-se-lá o porquê, nada mais substancial foi feito até agora. Resta esperar que as mudanças comecem logo, começando pelo ordenamento do trânsito na Avenida Sete de Setembro. Ou se vai esperar que algo pior do que os acidentes triviais aconteça para se tomar medidas mais arrojadas? Espero sinceramente que não.

Ruas e avenidas viraram campos da morte em Campos dos Goytacazes. Até quando?

A capa do jornal O Diário de hoje traz como manchete um horrorífico atropelamento de mulheres idosas que ocorreu no dia de ontem na Avenida Alberto Lamego (ver reprodução abaixo).

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A razão do atropelamento, seguido da morte de uma mulher idosa de 86 anos, deu-se porque, segundo descobri no site Ururau (Aqui!), porque um dos motoristas envolvidos cometeu a “insanidade” de parar antes da faixa de pedestres para que as duas mulheres atropeladas pudessem cruzar a avenida em segurança!

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Estou bastante familiarizado com a saga dos idosos campistas que arriscam suas vidas diariamente tentando cruzar ruas e avenidas de nossa cidade. Como morador de um dos trechos mais movimentados da Avenida Sete de Setembro fico apreensivo todos os dias vendo meus vizinhos idosos tentando cruzar aquela via para realizar atividades prosaicos como ir à padaria ou à farmácia.

E não é por falta de aviso que a Avenida Sete de Setembro se tornou um dos muitos potenciais campos de morte espalhados por toda a cidade de Campos. Eu já perdi a conta de quantas vezes abordei esse assunto aqui neste blog, apenas para ser completamente ignorado pelas autoridades municipais responsáveis pelo estabelecimento de políticas de controle do trânsito de veículos. E a coisa está cada vez pior já que todo o trânsito vindo da região do Porto do Açu, inclusive com caminhões pesados, passa agora pelas regiões centrais da cidade.

Os poucos guardas municipais que são colocados para orientar o trânsito e proteger os pedestres, muitos deles idosos, realizam um trabalho digno de nota. Os poucos locais onde eles estão postados são ilhas de tranquilidade em meio a um transito cada vez mais caótico e desumanizado. Por outro lado, não faltam guardas municipais para auxiliar o trabalho da empresa Pátio Norte na tarefa de “pescar” veículos que são deixados por seus proprietários incautos em pontos proibidos.  Essa diferença de tratamento entre a proteção e a punição é uma das coisas que mais me incomoda, já que me parece que as prioridades vigentes são para lá de incompatíveis com a segurança de nossos motoristas e, especialmente, dos pedestres.

Um detalhe que sempre me intriga em relação aos caos consentido que impera nas ruas de Campos dos Goytacazes é o seguinte: como é que uma cidade com milhares de veículos não possui nem um policiamento de trânsito ou, tampouco, um sistema moderno de monitoramento de velocidade via radares? Qual é o grande segredo que permite que estejamos anos luz atrás de outras cidades de mesmo porte que existem no Brasil? Por que tamanha despreocupação com a regulação do trânsito?

Agora, me digam, quem vai consolar as famílias das duas mulheres idosas que foram vitimadas na Avenida Alberto Lamego no dia de ontem? Mais ainda, quantas pessoas terão de morrer antes que o órgão municipal de controle de trânsito, o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT),  comece a trabalhar de forma efetiva para acabar com os campos da morte em que nossas ruas e avenidas se transformaram? E antes que alguém ligado ao governo municipal venha apresentar desculpas, entendo é que precisamos é de ação, urgente de preferência.

Finalmente, não me parece ser demais apontar que as próximas eleições para ocupar o governo de Campos dos Goytacazes terá que obrigatoriamente se debruçar sobre este problema básico, mas letal. A ver!

Quixaba continua sem direito a transporte público. Cadê o IMTT?

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No dia 02 de Fevereiro de 2016 fiz uma postagem acerca dos graves problemas de mobilidade enfrentados pelos moradores da localidade de Quixaba em função da negativa da empresa Turisguá de prestar os serviços para os quais possuía a obrigação de realizar por concessão pública (Aqui!).

De lá para cá, não tive mais informações e pensei que o problema havia sido resolvido. Ledo engano! Hoje fui informado que, apesar de ter uma vitória no mês passado quando a Dona Conceição, moradora de Quixaba de 78 anos, em reunião de conciliação com a dona da empresa Turisguá no Ministério Público Estadual, comprovou com um mapa do site da Prefeitura Municipal de Campos que Quixaba, de fato, pertence a Campos, a empresa não vem cumprindo a obrigação de fornecer os 10 e 4 horários para os dias de semana e sábados/domingos/feriados, respectivamente, estipulados no Diário Oficial de Campos de 30 de junho (ver extrato abaixo).

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Os moradores da Quixaba que fizeram contato comigo via e-mail narram que somente está tendo um ônibus que sai localidade às 6:00 de manhã e outro que chega por volta de meio-dia, mas que logo depois o motorista se recusa levar pessoas à cidade alegando que é o horário de almoço dele.

A pergunta que eu faço ao presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte é a seguinte: até quando os moradores da Quixaba vão continuar tendo os seus direitos ao transporte público desrespeitados e sem que o IMTT faça alguma coisa para defendê-los?

Quase 2 meses após protestar, população de Quixaba continua sem transporte coletivo

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Fonte: Isac Rangel

Um leitor deste blog me informou via e-mail que a população da localidade de Quixaba está se sentindo totalmente abandonada pelo Prefeitura de Campos dos Goytacazes no imbróglio envolvendo a empresa de transportes coletivos Turisgua que se recusa a fazer o transporte dali para o centro da cidade.

Em função dessa má vontade, pessoas idosas estão tendo que caminhar o quase uma hora até a ponte do Rio Doce (que fica sobre o Canal de Quitingute) para então ter como receber atendimento médico, recolher pensões e outras questões básicas; mas essenciais para a sobrevivência de famílias inteiras.

O pior  é que a empresa Turisgua, para fugir da obrigação de atender a população de Quixaba,  mudou até o nome da linha de Campos-Quixaba para Campos-Marrecas.

Agora, para quem pensa que o problema está ocorrendo por desconhecimento do  Instituto Municipal de Trânsito de Transporte (IMTT), pense de novo, pois o assunto já se arrasta há algum tempo, tendo este órgão municipal que supostamente regula o transporte coletivo enviado uma correspondência em 09.12.2015 ao consórcio que detém a linha em questão cobrando formalmente a regularização dos serviços

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A questão é que passados quase dois meses da correspondência do IMTT ao consórcio, a população de Quixaba continua sua caminhada inglória. A pergunta que eles me fizeram e eu repasso é a seguinte: até quando vai durar esse desrespeito?

Finalmente, o vídeo abaixo produzido pela TV Terceira Via no mesmo dia em que o IMTT emitiu seu documento para o consórcio

Com a palavra, o IMTT!