A inegável sinceridade de Dornelles: calamidade é para garantir dinheiro para as Olimpíadas

A matéria que é mostrada parcialmente na reprodução abaixo foi publicada pelo jornal EXTRA nesta segunda-feira, e mostra quão sincero o governador em exercício Francisco Dornelles pode ser.

prioridade

É que sem a menor parcimônia, Dornelles explicita a razão da promulgação do Decreto 456.692/2016 que na última 6a. feira colocou o estado do Rio de Janeiro em condição de “calamidade pública” por caos finacneira. Segundo o que ele afirma de maneira frontal, “o aporte de R$ 3.0 bilhões não é para o Rio, é para as Olimpíadas“.  

Em palavras ainda mais diretas, o que Dornelles deveria ter dito é que mais essa dinheirama é para beneficiar as empreiteiras e não aplacar os graves problemas em que o (des) governo comandado pelo PMDB e pelo PP enfiaram o Rio de Janeiro.

O interessante é que além das empreiteiras, o dinheiro também servirá para colocar mais polícia nas ruas, certamente para reprimir os servidores públicos e quem mais ousar protestar contra os Jogos Olímpicos.  Resta saber se haverá polícia o suficiente para reprimir o mar de revolta que está se formando.

Mídia internacional reage à calamidade de Dornelles

Em mais um caso, dentre muitos, em que a mídia internacional dá uma cobertura mais digna de ser chamada de jornalística a um fato ocorrendo no Brasil, as primeiras notícias publicadas por alguns dos principais veículos mundiais  (Guardian, CNN, El País, BBC) apontam para o que está de fato ocorrendo no Rio de Janeiro: colapso financeiro pleno e acabado.

E o interessante é que nessas notícias fica evidente o reconhecimento de que não só a manobra do governador em exercício Francisco Dornelles foi previamente acordada com o presidente interino Miche Temer, mas que também se destina apenas a viabilizar os Jogos Olímpicos. 

E o colapso econômico causado por uma política de alto endividamento e isenções fiscais bilionárias? Ah, esse fica apenas “congelado” até o final dos Jogos Olímpicos.

A questão é que essa situação falimentar é provavelmente inédita na história da realização dos Jogos Olímpicos, e claramente poderá ser mais um fato que desencorajará a vinda dos tais sonhados turistas. 

Francisco Dornelles decreta calamidade pública no RJ. Adivinhem quem vai pagar essa conta!

Abaixo segue uma reprodução do Decreto No. 45.692 que foi publicado nesta 6a. feira em edição extra do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro onde o (des) governador em exercício, Francisco Dornelles, decreta o “estado de calamidade pública”.

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Eu indicaria que todos leiam com atenção todos os considerandos e artigos deste decreto. É que fica explícito aí que o “estado de calamidade pública” é apenas um artifício para assegurar a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. 

E adivinhem nas costas de quem a conta desse decreto estapafúrdio vai cair? Quem pensou nos servidores, aposentados e a população pobre acertou.

Justiça Global lança minissérie sobre remoções causadas pelos Jogos Olímpicos do Rio

contagem regressiva

É AMANHÃ – Lançamento de “Remoções”, o primeiro episódio da série “Contagem Regressiva” •

O legado de exclusão dos Jogos Olímpicos é colocado em foco pela série Contagem Regressiva, cujo primeiro episódio trata do maior processo de remoções da história do Rio de Janeiro, que ocorre dentro do contexto de realização dos megaeventos na cidade.

A minissérie em quatro episódios é uma realização da Justiça Global e da Couro de Rato. Acompanhe.

FONTE: https://www.facebook.com/justicaglobal/photos/a.297913546906650.78246.168262279871778/1148254001872596/?type=3&theater

Crise seletiva, a saga olímpica de Pezão

A matéria abaixo publicada pelo site UOL escancara ainda mais que a crise em que o (des) governador Pezão e seu antecessor Sérgio Cabral enfiaram o Rio de Janeiro é seletiva.

crise seletiva

É que espremidos pela crise econômica e pelas prisões de seus dirigentes, a construtora Odebrecht está saltando fora do Maracanã, deixando de cumprir obrigações contratuais para a realização de melhorias cobradas pelo Comitê Olímpico Internacional.

Mas como a crise é seletiva, o (des) governo Pezão está utilizando da estratégia de entregar recursos públicos via o mecanismo de isenções fiscais para viabilizar as obras.

Além de violar o discurso de que os Jogos Olímpicos não iriam onerar os cofres públicos (aliás, quem acreditou nesta balela), agora que a porca privada saltou para fora do chiqueiro é o Estado que vai bancar o custo do que falta das obras olímpicas, em algo que poderá alcançar a bagatela de R$ 300 milhões! Só no caso do Maracanã, o valor chegaria a R$ 44 milhões!

Enquanto isso, hospitais, escolas e universidades estão em condição crítica, acarretando perdas irreparáveis à população do Rio de Janeiro.

Para quem quiser ler a matéria completa sobre mais essa gentileza de Pezão com o dinheiro do contribuinte, basta clicar Aqui!

Enquanto população sofre nas filas, Pezão economiza material hospitalar para Jogos Olímpicos

Novo secretário de Saúde do RJ admite que governo economiza material para as Olimpíadas

Luiz Antonio de Souza Teixeira Júnior afirmou que medida será revogada e equipamentos devem ser distribuídos. Denúncia da CBN mostrou que UPA de São Gonçalo teve pedido negado pela secretaria. 

Documento revela que o governo do Rio está contingenciando material da Saúde para as Olimpíadas (Crédito: CBN)

Documento revela que o governo do Rio está contingenciando material da Saúde para as Olimpíadas,  Crédito: CBN

O despacho foi enviado pela coordenadora geral de abastecimento de material e medicamentos à organização social que administra a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Questionado sobre a denúncia, o atual secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, confirmou que estão bloqueados insumos que, segundo ele, foram comprados especificamente para os Jogos. Ele alegou, no entanto, que, em casos emergenciais, os materiais estão sendo liberados, mas destacou que cabe às organizações sociais que administram as unidades de saúde comprar os insumos.

Já o novo secretário de saúde, Luiz Antônio Teixeira Junior, que vai assumir oficialmente o cargo em janeiro, garantiu que a prática de reserva de estoque para as Olimpíadas não será mais adotada.

Após decretar ontem estado de emergência na Saúde, o Governo do Rio recebeu hoje verbas e insumos do Governo Federal e da Prefeitura do Rio para diminuir a crise. Com parte dos R$ 297 milhões arrecadados com a ajuda financeira e com o recolhimento de impostos, médicos e enfermeiros, que estavam com salários atrasados, começaram a ser pagos. O estado recebeu hoje 300 mil itens, entre medicamentos e outros insumos. Esse material deve ajudar, em princípio, no atendimento de pacientes do Hospital Getúlio Vargas, na Zona Norte. Essa é a primeira ação do gabinete de crise criado ontem. O governador Luiz Fernando pezão disse ainda que está recorrendo das liminares da Justiça que decidiram multar o governo em R$ 50 mil por dia caso não fossem depositados 12% da receita do estado no fundo estadual de saúde. Pezão afirmou que o Plantão judiciário que vai trabalhar durante o recesso vai cobrar as empresas que compõe a dívida ativa do estado. O valor dessa dívida chega a R$ 7 bilhões. 

FONTE: http://cbn.globoradio.globo.com/default.htm?url=/rio-de-janeiro/2015/12/24/NOVO-SECRETARIO-DE-SAUDE-DO-RJ-ADMITE-QUE-GOVERNO-ECONOMIZA-MATERIAL-PARA-AS-OLIMPIADAS.htm

Esgoto in natura lançado de área nobre da cidade do Rio de Janeiro

esgoto

Helicóptero da CBN flagra despejo de esgoto no mar de São Conrado, na Zona Sul do Rio.

O Comitê Organizador Local dos Jogos Olímpicos de 2016 anunciaram hoje que o custo do evento deverá chegar a pelo menos R$ 7 bilhões. Enquanto isso, a pouco mais de dois anos antes do evento, esgoto in natura é jogado no mar em um dos bairros mais nobres da cidade do Rio de Janeiro. Como pouco dessa fortuna toda será gasta com infraestrutura básica, já dá para antever o tipo de mar que os competidores olímpicos vão enfrentar: de merda!

Matéria da Reuters aponta que custo dos Jogos Olímpicos pode chegar a R$ 10 bilhões!

Para quem acha que já atingimos as raias da loucura com a gastança para a Copa da FIFA, a matéria abaixo da Agência Reuters que o pior ainda está por vir nos Jogos Olímpicos de 2016. É que de um orçamento inicial estimado de R$ 4,2 bilhões, as estimativas já chegam a R$ 7 bilhões, podendo chegar a R$ 10 bilhões. Esse gasto todo não trará grandes ganhos para os pobres da cidade do Rio de Janeiro, mas deverá redesenhar completamente a distribuição das classes sociais no espaço carioca. E ai não precisa ser da Fundação Cacique Cobra Coral para saber que vão chover remoções para cima dos pobres.

E pensar que a Suécia recusou se candidatar para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 para não ter que gastar dinheiro público que seria melhor gasto com a construção de moradias populares (Aqui!).  Como diz Ancelmo Góis: deve ser terrível ter que viver na Suécia!

Orçamento da Rio 2016 sobe para cerca de R$7 bi, diz fonte

A previsão inicial do orçamento operacional, que era gastar 4,2 bilhões de reais, pode aumentar ainda mais

Rodrigo Viga Gaier, da

Divulgação/COB

Bandeira Rio 2016

Bandeira Rio 2016: o custo total da Olimpíada será apresentado na próxima semana

Rio de Janeiro – O orçamento operacional da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro subiu mais de 2,5 bilhões de reais ante a estimativa inicial do comitê organizador local dos Jogos, para cerca de 7 bilhões de reais, e pode subir ainda mais, disse à Reuters uma fonte próxima ao assunto.

Quando apresentou o orçamento na proposta de candidatura aos Jogos, em 2009, o comitê organizador estimava gastar 4,2 bilhões de reais no evento. Agora, com a atualização dos valores, a variação do câmbio e a inclusão de outras responsabilidades e modalidades no programa olímpico, o orçamento subiu para 7 bilhões de reais.

Além disso, a previsão inicial de aporte de 1,4 bilhão de reais das três esferas de governo no COL foi elevada para 1,9 bilhão de reais.

“É muito difícil fazer um prognóstico para a obra de um banheiro de uma casa. Imagina de uma Olimpíada que envolve muito mais gente, órgãos e outros fatores”, disse a fonte, sob condição de anonimato. “É um salto grande mas que era necessário”, disse, acrescentando que o orçamento ainda “corre o risco de passar por uma nova revisão”.

“Acho um risco danado fechar esse número em 7 bilhões. Acho que deveríamos jogar mais para cima, para uns 10 bilhões (de reais), para termos folga e chance de até sobrar dinheiro no final”, disse.

O orçamento operacional dos Jogos Olímpicos de 2016 será divulgado oficialmente nesta quinta-feira. O valor é referente apenas às obrigações do COL, e não inclui as obras de infraestrutura e construção de arenas esportivas.

O custo total da Olimpíada será apresentado na próxima semana, quando será divulgada a matriz de responsabilidade dos Jogos Olímpicos. Na proposta de candidatura do Rio, esse gasto foi estimado em 23 bilhões de reais.

FONTE: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/orcamento-da-rio-2016-sobe-para-cerca-de-r-7-bi-diz-fonte

Cidadãos de Munique dizem “não” aos Jogos Olímpicos

Decisão tem repercussão em outras cidades e pode se transformar em novo parâmetro em futuras escolhas de sedes

 GENEBRA – Munique não sediará os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. O problema não foi a falta de dinheiro, falta de tradição nos esportes e nem a falta de infra-estrutura. O motivo foi o “não” da população ao projeto cujo valor era incerto e que, no final das contas, quem pagaria seriam os contribuintes. Numa votação realizada no final de semana, os habitantes de uma das cidades mais ricas da Europa foram às urnas votar se queriam ou não o evento. A decisão foi de rejeitar o projeto, numa atitude que está tendo um forte impacto e começa a ser considerada como um exemplo a ser seguido em outros países democráticos.

Em diversas partes do mundo as autoridades, políticos e cartolas insistem que Jogos Olímpicos e Copa do Mundo são eventos que todos adorariam ter em suas cidades. Mas a realidade é que poucos tem a coragem de submeter esses projetos aos eleitores.

Em Munique, o resultado apontou para uma vitória do não com mais de 52% da população rejeitando a ideia. Ludwig Hartman, deputado do Partido Verde e líder do grupo que se opunha ao projeto, o voto não foi um sinal “contra o esporte”. “O voto foi um sinal contra a não-transparência, a cobiça e os lucros do COI”, insistiu.

Para as federações que queriam o evento, o “não” significará que a Alemanha por anos não terá um grande evento esportivo internacional e vem justamente no ano que um alemão, Thomas Bach, se transforma no novo presidente do COI.

Até a próxima quinta-feira, cidades interessadas em sediar o evento teriam de apresentar suas candidaturas. Sem a candidatura alemã no páreo, as favoritas são Oslo, Lviv (Ucrânia) e Pequim.

A iniciativa de Munique começa a ganhar espaço. Populações em diversas partes da Europa acompanharam de perto o voto, justamente como exemplo do que poderão exigir da próxima vez que Paris, Roma ou Madri tentem sediar grandes eventos.

Em um editorial, o Financial Times também elogiou a votação e apontou que a medalha de ouro já tem dono: Munique e sua iniciativa de consultar a população que, certamente, seria quem pagaria pelo evento.

Imagina na Copa…

FONTEhttp://blogs.estadao.com.br/jamil-chade/2013/11/13/cidadaos-de-munique-dizem-nao-aos-jogos-olimpicos/