Sujeira pelas ruas mostra que candidatos tiveram muito dinheiro, mas não tiveram pernas

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Vive em Campos dos Goytacazes desde 1998 e já presenciei muitas campanhas eleitorais para prefeito e vereador, mas esta manhã tornou a atual certamente a mais capaz de jogar sujeira pelas ruas na forma de santinhos de campanha.  Pobres do pessoal da limpeza urbana que terá uma tarefa dura que será a de livrar nossas praças, ruas e avenidas de toneladas de materiais de campanha que foram despejados de sábado para domingo em uma prova de que verbas eleitorais nem sempre se traduzem em melhores práticas de urbanidade.

Por outro lado, o que todo esse material jogado ilegalmente pelas vias públicas mostra é que teve candidato com dinheiro de mais e pernas de menos para fazer sua mensagem chegar ao eleitor campista. É que todo esse material impresso é caro, pois a maioria é de alta qualidade gráfica.

O que me deixa um pouco curioso se refere ao controle dos gastos de campanha, pois existem limites declarados e o que se vê pelas ruas é que não houve o menor esforço para se evitar o desperdício. Como a maioria dos candidatos não tem dinheiro pessoal para investir na impressão desses materiais, a pergunta que fica é de onde saiu tanto recurso para ser investido em algo que agora não passa de lixo eleitoral.

Mas o fato é que esse desperdício todo apenas reflete uma campanha eleitoral rica que foi muito pobre no debate necessário para fazer a cidade de Campos mais democrática e menos socialmente injusta. Uma prova cabal da falta da fraqueza da nossa democracia. Vida que segue em meio a desafios cada vez maiores e que não couberam nem nos vistosos programas de TV nem no lixo que agora cobre nossas ruas.