Lobão em sua fase “Beato Salú” dá o tom do desespero da direita tupiniquim

As imagens vindas da capital federal dão um tom que mistura micareta com aparições quixotescas de figuras ímpares como Aécio Neves e Lobão, o roqueiro aposentado ainda atividade. È que pressionados pela ida do PT para uma posição centro-direitista, os tucanos e apaniguados estão perdidos e flertem com posições que nem a Arena tinha durante a fase final da ditadura militar de 1964.

Esse tipo de guinada é característico de agremiações que agonizam após terem tomadas suas principais bandeiras e começam a flertar com quaisquer projetos que possam parecer viáveis, inclusive o nazi-fascismo.

Mas deixando a análise dos desatinos de Aécio Neves que em suas últimas declarações está deixando até Ronaldo Caiado com cara de moderado, o mais revelador da perda de rumo da direita tupiniquim é ver que Lobão se tornou um ícone da tucanada desesperada. E olha que estamos falando de um Lobão que guarda grande semelhança com o personagem Beato Salú da novela Roque Santeiro. E notem que não estou falando da barba grisalha, mas do discurso que a toda parece querer reclamar a volta do rei Sebastião para salvar a democracia brasileira!

Enfim, que oposição trágica é essa que precisa de Lobão para agitar as galerias do congresso nacional! Se não fosse tão trágico, seria engraçado!

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O triste fim de Lobão

Redação Pragmatismo

Redação Pragmatismo, Editor(a)

Neste fim de semana, Lobão foi o porta-voz dos que aderiram ao golpismo e pediram intervenção militar no Brasil. Paranoico e sem qualquer tipo de senso, o cantor parece não saber lidar com sua decadência

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Primeiro, ele prometeu ir embora do Brasil caso a presidente Dilma Rousseff fosse reeleita. Depois do resultado das urnas no último domingo, que garantiu mais quatro anos à petista, ele mudou de ideia. Disse que ficaria no país em nome de uma “verdadeira oposição” que estaria nascendo. E utilizando essa balela como argumento, o cantor Lobão convocou uma manifestação em São Paulo para este sábado (1º) pedindo o impeachment da presidente reeleita. Cerca de 2 mil pessoas participaram do ato, que ele classificou como “histórico”. Pelo Twitter, Lobão disse que “nada poderá deter” o tal movimento que ele lidera contra a democracia brasileira. Sem qualquer tipo de senso, o cantor parece não saber lidar com sua decadência. Até onde ele poderá chegar?

Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou que o movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país. “Não tem ninguém aqui golpista”, disse ao microfone. Mas não foi bem isso que se ouviu dos presentes, que além de pedirem o impeachment de Dilma, defenderam um novo golpe militar no país. A notícia sobre o pedido de golpe, que estampou as páginas da Folha e do UOL na internet, irritaram Lobão e um de seus aliados na Veja, Reinaldo Azevedo, que acusou a imprensa de ridicularizar o manifesto. Eles também reclamaram da falta de cobertura das TVs.

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Nas redes sociais, o coro dos que ironizaram o ato liderado por Lobão foi reforçado pela jornalista Bárbara Gancia (“Drogas podem causar lesões irreversíveis no cérebro. E, pelo visto, no caso de Lobão , deixam sequelas perversas na alma”) e pelo professor Wilson Gomes (“Lobão liderando um movimento, quem diria? O decrépito Lobo enfim assume a vanguarda… da retaguarda”). Outras pessoas cobraram que o cantor cumpra a promessa de deixar o país.

A sanha de Lobão contra o PT é a forma que ele encontrou de fugir do ostracismo e assim arregimentar alguma mídia sobre si, justificar suas declarações confusas e sua falta de relevância no mercado cultural brasileiro. Assim como alguns dos blogueiros de extrema direita, o cantor não é capaz de outra coisa que não seja disseminar o seu antipetismo.

FONTE: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/11/o-triste-fim-de-lobao.html

Laura Capriglione: Gilmar Mendes é o Lobão do STF

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por Laura Capriglione, em seu blog, sugerido pelo Julio Cesar Macedo Amorim

Por mais uma dessas descomposturas a que o país parece estar se acostumando, agora é o ministro Gilmar Mendes quem vem apresentar seu soco inglês no corredor polonês pós-eleitoral. Em vez da contenção e do aprumo que esperaria quem não o conhecesse, “avisou e denunciou” que o STF (Supremo Tribunal Federal) corre o risco de se tornar uma “corte bolivariana” com a possibilidade de governos do PT nomearem 10 de seus 11 membros a partir de 2016.

Trata-se de uma aleivosia. Irresponsabilidade sem fim.

Quando os 2.500 nostálgicos da Ditadura saíram em passeata por São Paulo, clamando pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita pela maioria dos brasileiros, de Gilmar Mendes não saiu um só arrufo em defesa da democracia. Em vez disso, ele agora surge para ajudar a agitar o espantalho de um tal “bolivarianismo”, como se o Brasil estivesse prestes a se converter em uma ditadura de esquerda.

Está em companhia de gente como Lobão e Eduardo Bolsonaro, deputado federal eleito por São Paulo (PSC), que em discurso sobre o carro de som, disse que se seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), fosse candidato a presidente, ele teria “fuzilado” a presidente. Preparado para isso o filho já mostrou que está: compareceu ao ato com uma pistola enfiada no cinto, como se no faroeste vivesse.

Isso pode?

Entre outras delicadezas, a turma implorou pela “intervenção militar”, mandou “Dilma para a Cuba que a pariu”, ameaçou petistas que encontrou pelo caminho. Nem o CQC, a Rede Globo, a Folha de S.Paulo ouEstadão escaparam. E, sempre muito bem educadinha, a malta carregou faixa com os dizeres: “Pé na bunda dela. O Brasil não é a Venezuela.” Ela, no caso, é a presidente, uma senhora de 66 anos, diga-se.

Maus perdedores existem no gamão, no futebol, no bingo. E nas eleições.

Contê-los é tarefa de quem tem interesse em ver o jogo – no caso, o democrático — prosseguir.

Eis por que é simplesmente repugnante ver um ministro da mais alta corte do Brasil repetir palavras-de-ordem que são um chamamento à ruptura do Estado Democrático e de Direito.

Como o ministro Gilmar Mendes sugere que se evite “a possibilidade de governos do PT nomearem 10 dos 11 membros” do STF? Cassando o direito de a presidente fazê-lo é uma das respostas. Cassando a própria presidente é outra. Estendendo a idade-limite para a aposentadoria dos ministros, dos atuais 70 anos para 75 anos, é outra.

Em todos os casos, o que se pretende é ganhar no tapetão a eleição que se perdeu nas urnas.

O descalabro da entrevista que o ministro Gilmar Mendes deu à Folha de S.Paulo e publicada na segunda-feira (03/11) não fica nisso. Ofendeu os demais membros do STF ao falar sobre os riscos de a mais alta instância do Judiciário se transformar em uma “corte bolivariana”, sugerindo que todos se curvariam mansamente aos ditames do Executivo.

Convenientemente, ele esqueceu-se de que no julgamento do mensalão foi um tribunal formado em sua maioria por ministros indicados por petistas o que condenou a antiga cúpula do PT…

Não há nada, contudo, que demova o agitador. Para demonstrar sua tese, Gilmar Mendes sacou a história do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no Brasil a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Pizzolato, como se sabe, ante a condenação, simplesmente fugiu para a Itália, onde por fim foi capturado.

Segundo Gilmar Mendes, exemplificando o risco do tal “bolivarianismo”, “já tivemos situações constrangedoras. Acabamos de vivenciar esta realidade triste deste caso do Pizzolato” [refere-se ao fato de a Justiça italiana ter negado a extradição dele para cumprir pena no Brasil pela condenação no mensalão].

Em seu afã de defender o indefensável, o ministro também atacou a Justiça italiana, ao acusá-la de tomar suas decisões movida por interesses alheios ao estrito cumprimento da lei. Seria “bolivariana” também a Justiça de lá? Nem Bolsonaro ousou tamanho descalabro.

Se fosse pouco, Gilmar Mendes ainda se deu ao desfrute de comentar um caso que se encontra em fase de investigação, atropelando todos os ritos processuais. “Enquanto estávamos julgando o mensalão já estava em pleno desenvolvimento algo semelhante, talvez até mais intenso e denso, isso que vocês estão chamando de Petrolão. É interessante, se de fato isso ocorreu, o tamanho da coragem, da ousadia.”

Um apresentador de programa sensacionalista não faria diferente.

Por fim, como nunca poderia se tivesse o mínimo de apreço pela liturgia do cargo que ocupa, Mendes partiu para o bate-boca mais baixo, acusando o ex-presidente Lula de não ser um abstêmio: Será que ele “passaria no teste do bafômetro?”, indagou. Lula, para quem não sabe, não concorreu a nenhum cargo eletivo, não atropelou ninguém e nem sequer dirige automóveis.

Convenhamos, o Brasil merecia bem mais do que um ministro Lobão no STF.

FONTE: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/laura-capriglione-gilmar-mendes-e-o-lobao-stf.html

Danilo Gentili virou prova viva de que se deve tomar cuidado quando se posta no Twitter

 Apresentador e candidato a humorista Danilo Gentili virou prova viva de que se deve tomar muito cuidado com o que se posta e quando se posta qualquer coisa nas redes sociais. É que se baseando em informação errada sobre o resultado do segundo turno da eleição presidencial, Gentili, que não tem nada de gentil, postou a maravilha de comentário que vai logo abaixo.

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Depois que o resultado saiu, Gentili apagou a postagem, mas não antes que algum leitor rápido no gatilho tirasse um printout do material. Agora, além de ser um exemplo de ejaculação mental precoce, Gentili vai ter que aturar a reação de quem achou sua maneira de tratar Dilma Rousseff deselegante e desnecessariamente provocativa. 

Mas, sinceramente, por mim Gentili poderia dar os braços para o Roger e o Lobão e partirem para qualquer lugar do mundo, pois para mim ele e seus companheiros não fariam a menor falta.