
Numa prova cabal de que quem tem bons advogados tem mais chances de ficar menos tempo na prisão, o ex- governador Anthony Garotinho acaba de ter sua libertação decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É quem decisão, a ministra Luciana Christina Guimarães Lóssio, determinou o imediato retorno de Garotinho para uma unidade hospitalar, que poderá ser da rede privada, desde que custeada por ele para que possa realizar exames médicos, devendo “o mesmo permanecer sob custódia no estabelecimento enquanto houver necessidade devidamente atestada pelo corpo clínico, podendo receber a visita apenas de seus familiares e advogados, nos termos das regras estabelecidas pelo hospital“. Por outro lado, a ministra do TSE vedou a utilização de aparelhos de comunicação, exemplicando o caso de telefone celular.
Além disso, a ministra Luciana Christina Guimarães Lóssio também determinou que concluídos os exames médicos, Anthony Garotinho deverá ser colocado em prisão domiciliar, até que o seu pedido de Habeas Corpus seja julgado posteriormente pelo TSE.
O interessante para mim é que essa decisão parece razoavelmente equilibrada, na medida em que garante os pleitos dos médicos no tocante à condição clínica de Anthony Garotinho, mas deixa a batata quente da concessão do habeas corpus pleiteado por seus advogados para o pleno do TSE decidir.
Agora, me digam, para que serviu o alvoroço todo que foi causado pelo envio de Garotinho para o presídio em Bangu? Certamente para atender as necessidades da mídia corporativa de criar uma distração em relação ao caso do ex-(des) governador Sérgio Cabral que foi abatido pela chamada Operação Calicute sob a acusação de ter se apropriado de algumas centenas de milhões de reais de dinheiro público.
Para quem desejar ler a íntegra da decisão da ministra Luciana Christina Guimarães Lóssio, basta clicar (Aqui!)