Queixa crime de agricultores atingidos pelo Porto do Açu volta para ser analisada em São João da Barra

A queixa-crime impetrada por um grupo de agricultores atingidos pelas desapropriações do Porto do Açu no V Distrito de São João da Barra contra o ex-bilionário Eike Batista, o ex-(des) governador Sérgio Cabral e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho (Aqui!), foi retornada pelo Superior Tribunal de Justiça para a justiça sanjoanense.  É que com a perda de foro privilegiado de Sérgio Cabral por sua renúncia ao mandato que cumpria no Palácio Guanabara, a queixa-crime teve sua jurisdição modificada. 

Em função dessa mudança e da constatação de que algumas práticas citadas na queixa-crime continuam sendo praticadas contra os agricultores do V Distrito,  a ASPRIM e sua assessoria jurídica irão requerer uma audiência com o promotor responsável pelo caso para solicitar que seja feito um esforço para que os procedimentos legais para apurar as denúncias e punir eventuais responsáveis sejam agilizadas.

Esta mudança de foro chega num péssima momento para Sérgio Cabral e seu pupilo Luiz Fernando Pezão que já estão no olho do furacão por causa das denúncias do ex-diretor da Petrobras que acusou o ex-(des)governador de ser um dos beneficiários das propinas pagas num amplo de corrupção existente na estatal. Agora, com o início da apuração dos elementos que constituem a queixa-crime apresentada pelos agricultores do V Distrito, é possível que também surjam mais informações sobre as ligações entre Sérgio Cabral e Eike Batista e, por extensão, entre dois e o presidente do BNDES.

Se tudo seguir o curso esperado, Sérgio Cabral e Eike Batista vão poder experimentar aquela Lei de Murphy que diz que não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar. A ver!