(Des) secretário Júlio Bueno está na Inglaterra contando estórias da Carochinha para os ingleses

A Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SEDE) postou uma nota no sítio da internet do governo do Rio de Janeiro dando conta que o (des) secretário Júlio Bueno estaria na Inglaterra tentando atrair investimentos na área de subsea, ou de exploração de gás e petróleo (Aqui!). Para quem não conhece, Júlio Bueno é o responsável por uma das frases mais insensíveis já ditas sobre a situação causada por ele e pelo (des) governador Sérgio Cabral em centenas de famílias de agricultores famíliares do V Distrito de Sâo João da Barra que tiveram suas terras expropriadas em nome da construção de um suposto distrito industrial na retroárea do Porto do Açu. Em determinado momento, pressionado para dar respostas sobre o drama social que eclodia no entorno do Porto do Açu, Bueno declarou que “muito mais importante fazer aço do que plantar maxixe, com todo respeito a quem planta maxixe” (Aqui!).

Pois bem, um trecho da nota da ASCOM da SEDE que me chamou a atenção, e que parece ter sido ignorada por alguns jornalistas da mídia local, diz o seguinte: “Outra área destinada a receber essas empresas é a que está localizada na retroárea do Porto do Açu e integra distrito industrial da Codin, onde já estão se instalando a NOV e a Technip, ambos fabricantes de tubos flexíveis para o pré-sal, a Wartsila e a Intermoore.” A primeira questão é que o Porto do Açu não é a área preferencial dessa campanha de marketing de Júlio Bueno, mas apenas “outra área”.  Já a segunda informação de que a Nov, a Technip, a Warstila e a Intermoore já estão se instalando numa porção do distrito industrial de São João da Barra, omite o fato que essas empresas todas estão na verdade dentro da área imediata ao porto, e nas áreas desapropriadas pela CODIN que continuam literalmente abandonadas.

Mas o que esperar de um (des) secretário como Júlio Bueno que conseguiu dizer em uma audiência na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro que nas áreas desapropriadas no V Distrito só existiam 15 famílias residentes (Aqui!), que diga a verdade para os investidores ingleses? Ai, convenhamos, é que seria acreditar em estórias da dona Carochinha.