Venho observando nas últimas semanas uma abrupta presença de caminhões pesados nas principais vias de circulação de Campos dos Goytacazes, e rapidamente os liguei à chegada do minério de bauxita para ser escoado a partir do Porto do Açu. A recente finalização do primeiro embarque de bauxita sinaliza que a presença desses caminhões que atrapalham um trânsito já desorganizado vai ser mais longo do que um observador inocente possa imaginar.
Agora, o que ainda não havia me perguntando era sobre qual é a infraestrutura que os motoristas desses caminhões estão tendo enquanto esperam para descarregar a carga que os mesmos transportam desde a cidade de Mirai (MG), que fica a quase 250 km do Porto do Açu.
Bom, essa pergunta agora recebeu uma resposta parcial a partir de um e-mail enviada para o endereço eletrônico deste blog onde são dadas informações que, se confirmadas, beiram a condição do trabalho degradante. Entre o que foi apontada está a falta de estruturas sanitárias e de alimentação para os motoristas que ficam por longos períodos de tempo esperando para desembarcar a bauxita. E como estamos chegando ao período das altas temperaturas aqui na região, imagino que a combinação dessas ausências vá tornar as coisas ainda mais complicadas para os motoristas.
Ai é que eu pergunto: é isso que se chama de desenvolvimento? E, de quebra, aproveito para constatar que uma visita de fiscais da Delegacia Regional do Trabalho talvez seja necessária para que saibamos melhor o que está, de fato, acontecendo.
