Em novo baile de cobertura, The Guardian aborda custos políticos da iminente posse de Nelson Nahim

Resultado de imagem para nelson nahim pezao

Em mais um episódio em que a mídia internacional dá o tratamento mais correto e equilibrado a uma questão que a sua contrapartida brasileira optou pela produção de “fake news“, o jornal britânico “The Guardian” publicou um artigo assinado por seu correspondente brasileiro, Dom Philips, onde o caso do agora deputado federal Nelson Nahim é colocado num ângulo mais sóbrio e jornalisticamente mais apurado [1].

nahim

O artigo de Dom Philips é notável na medida em que o foco da análise não é o fato de Nelson Nahim ser irmão do ex-governador Anthony Garotinho, mas sim no fato de que um condenado por exploração sexual de menores ter ainda a possibilidade de ocupar um cargo no parlamento brasileiro, algo que é impensável em democracias mais consolidadas do que a brasileira.

A matéria foca ainda no fato de Nelson Nahim ser do mesmo partido do presidente “de facto” Michel Temer, algo que é citado como um elemento adicional no já alto descrédito com que o congresso nacional é visto pela população brasileira.

Como apontei antes em postagem na manhã desta 6a. feira, o que menos importa no imbróglio que envolve a ocupação do cargo de deputado federal por Nelson Nahim é o fato dele ser irmão de Anthony Garotinho, mas sim as relações políticas que ele mantém com o PMDB. Felizmente, ao contrário da mídia corporativa brasileira, Dom Philips e o “The Guardian” colocaram as coisas no devido lugar, o que resulta numa cobertura mais correta do fato.

Em tempo, a relação de parentesco entre Nelson Nahim e Anthony Garotinho é citado, bem como o fato deles estarem rompidos, um detalhe que foi fragorosamente ignorado pela cobertura dada ao caso pela mídia corporativa brasileira. 


[1] https://www.theguardian.com/world/2018/jan/05/brazil-political-scandal-nelsonnahim-sexual-exploitation

Mídia corporativa e a produção de fake news: o caso da assunção de Nelson Nahim ao paraíso do fórum privilegiado

A nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB/RJ) teve como consequência inesperada o retorno à cena política do Sr. Nelson Nahim, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes, que passará a ocupar por alguns meses a vaga aberta na Câmara de Deputados já que era o primeiro suplente da coligação da nova ministra do Trabalho.

A mídia corporativa rapidamente se movimentou não apenas para lembrar a condição de ou condenado por exploração sexual de menores do Sr. Nelson Nahim no âmbito do caso que ficou conhecido como “Meninas de Guarus” [1], mas, principalmente, para nos informar a todos os brasileiros que ele é irmão do ex-governador Anthony Garotinho. Tivessem os veículos de mídia um mínimo de responsabilidade para com seus leitores , a informação correta seria de que Nelson Nahim é aliado do (des) governador Luiz Fernando Pezão e do jovem prefeito Rafael Diniz que tem no seu secretariado um de seus filhos. Mas como sabemos que responsabilidade  e qualidade da informação não é o forte da mídia corporativa,  omitiu-se a informação das relações políticas para ressaltar a ligação familiar. E, pior, sem dar o detalhe fundamental de que os dois irmãos estão rompidos há vários anos no melhor estilo do  “Abel versus Caim”.

Mas no meio dessa guerra de informações que exemplificam de forma cabal o que são “fake news“, aparece a informação de que o Sr. Nelson Nahim usará o tempo que tiver na Câmara de Deputados para distribuir aos seus pares cópias integrais do processo que resultou na sua condenação por exploração sexual de menores. Aí surge a primeira questão: quem pagará pelas cópias do extenso processo que supostamente serão disponibilizados ao conjunto dos deputados federais? Aparentemente o contribuinte brasileiro, na medida em que essas cópias deverão ser produzidas pelo gabinete do deputado Nelson Nahim. A segunda questão que se coloca ainda neste quesito é a seguinte:  qual é a relevância da circulação desse processo no congresso nacional? Será que o agora deputado Nelson Nahim tem alguma esperança de encontrar alguém preocupado com sua condenação na Câmara de Deputados, ou ele só está jogando para o público local?

Lamentável mesmo é o fato de podermos constatar que as brechas existentes na legislação brasileira permitam que um condenado possa se valer de uma oportunidade criada pela ciranda de cadeiras no ministério de um governo ilegítimo para poder escapar, ainda que por poucos meses, do seu julgamento em segunda instância. Fosse ele o ex-presidente Lula é provável que a chegada de seu processo à segunda instância não tivesse sido tão vagarosa, permitindo esse encontro fortuito com o fórum privilegiado. Com isso temos ainda o desserviço adicional de criar a imagem de que a classe política é especialmente privilegiada em casos de impunidade, quando o caso apenas reflete padrões mais gerais de impunidade.

Por último, quero frisar que o rumoroso caso das “Meninas de Guarus” é um exemplo clássico de como as punições por crimes cometidos no Brasil são desigualmente distribuídas entre ricos e pobres. É que até onde tenho notícia todos os “empresários” e políticos condenados pelo envolvimento no caso estão livres, leves e soltos; restando aos “bagrinhos” que foram pegos nas redes da justiça o destino merecido por seus atos vis contra crianças pobres indefesas.  Isto sem esquecer o fato de que todos os juízes da Comarca de Campos dos Goytacazes se declararam impedidos de julgar o “Meninas de Guarus”! Como sempre Campos dos Goytacazes mostra estar firme e forte na vanguarda do atraso.


[1] https://blogdopedlowski.com/tag/meninas-de-guarus/

Nelson Nahim e suas entrevistas sobre o caso “Meninas de Guarus”

O ex-vereador Nelson Nahim convocou e a imprensa campista compareceu para que ele concedesse uma entrevista coletiva onde pode oferecer sua visão acerca de sua recente prisão por causa de um suposto constrangimento de testemunhas no caso conhecido como “Meninas de Guarus” (Aqui! Aqui! e Aqui! Aqui!). Tudo muito justo, pois se alguém se sente inocente de uma acusação grave como essa e a imprensa se dispõe a ouvir o que essa pessoa tem a dizer, a entrevista coletiva é um mecanismo legal e legítimo de se oferecer uma informação distinta do que foi oferecida anteriormente pela própria mídia.

Mas do ponto de vista substantivo, o que Nelson Nahim declarou hoje é que a sua prisão teve a influência de um político, aparentemente ligado ao grupo político que controla atualmente o executivo municipal em Campos dos Goytacazes.

Acontece que a ler isto, me veio à memória outra entrevista concedida pelo ex-vereador Nelson Nahim em Novembro de 2009, assim que começaram a circular rumores de que ele estaria envolvido no problema. Como mantenho guardada a minha coleção da Revista Somos Assim, fui procurar e encontrei o número 123 onde essa entrevista foi reproduzida.  Da leitura dessa entrevista, pude concluir que a explicação oferecida na coletiva de hoje oferece uma quarta possibilidade do porquê o nome do ex-vereador e ex-presidente da Fundação Estadual do Norte Fluminense!

Para quem quiser comparar os elementos principais destas duas entrevistas, posto abaixo a matéria publicada pela Revista Somos Assim. E que cada um depois tire suas próprias conclusões.

entrevista SOMOS Nahim capa entrevista SOMOS Nahim

Extra: Nelson Nahim é preso em Campos por envolvimento em rede de exploração sexual infantil

Pâmela Oliveira e Rafael Soares

O ex-vereador de Campos e irmão do ex-candidato ao governo do estado Anthony Garotinho, Nelson Nahim (PSD), foi preso por agentes da 134ª DP (Campos) no início da tarde desta sexta-feira. A prisão foi feita após o Ministério Público ter oferecido denúncia contra 20 pessoas acusadas de exploração sexual infantil e outros crimes no caso denominado “Meninas de Guarus”. Nahim é um dos seis denunciados que tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça. Até agora, cinco pessoas foram presas. Ele foi candidato a deputado federal e, atualmente, é suplente. Nahim foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado em Campos, com 17.827 votos.

— Em 2013, recebi uma denúncia gravíssima na Comissão de Direitos Humanos da Alerj do envolvimento de pessoas poderosas com uma rede de pedofilia que explorava meninas. O caso estava parado no MP. Por isso, pedi uma reunião com o (procurador-geral de Justiça) Marfan Vieira, que deu reencaminhamento ao caso — diz o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que realizou uma audiência pública no dia 17 de junho de 2013 na Câmara Municipal de Campos sobre o caso.

Garotinho e o irmão romperam relações e são adversários políticos há quatro anos. Nesta eleição, Nahim acompanhou o candidato adversário de seu irmão, Luiz Fernando Pezão (PMDB) , em carreata em Campos.

O caso das “Meninas de Guarus” ganhou repercussão em 2009, quando a Polícia Civil descobriu um ponto de exploração sexual e prendeu em flagrante o proprietário do imóvel, além de ter libertado cinco mulheres, sendo três maiores e duas menores de 16 e 17 anos. A denúncia é assinada por seis promotores de Justiça e foi encaminhada à 3ª Vara Criminal de Campos.

FONTE: http://extra.globo.com/casos-de-policia/nelson-nahim-preso-em-campos-por-envolvimento-em-rede-de-exploracao-sexual-infantil-14276413.html#ixzz3GQdatURB

Nahim pede fim de greve para negociar, mas servidores da FENORTE rejeitam por não confiarem no (des) governador Pezão

IMG_0503

Apesar de ter saído da presidência da Fundação Estadual do Norte Fluminense (FENORTE), o Sr. Nelson Nahim continua tentando interferir à distância. A mais recente tentativa foi um pedido condicionando a abertura da negociação com o (des) governo agora comandado por Luiz Fernando Pezão ao final da greve que está sendo realizada pelos servidores. 

Mas parece que a influência de Nahim junto aos servidores da FENORTE, que já era pequena quando ele ocupava a presidência da instituição, agora é praticamente nula. É que reunidos em assembléia no dia de ontem, os servidores da FENORTE rejeitaram por unanimidade a condição apresentada por Nahim, e decidiram manter o movimento de greve por tempo indeterminado.

Segundo o presidente da Associação  dos Servidores da Fenorte e Tecnorte (Asfetec), Gustavo Guimarães, a decisão de se manter em greve se deveu principalmente pelo fato dos servidores não terem nenhuma confiança no (des) governo do Rio de Janeiro, só aceitando negociar a greve com a apresentação de soluções concretas para os principais pontos da pauta de reivindicações que já foi apresentada repetidas vezes e que até agora continuam sem qualquer solução à vista.

gg

Gustavo Guimaraes, presidente da Asfetec, diz que servidores da FENORTE só aceitam sair de greve com propostas concretas na mesa por não confiarem no (des) governo do Rio de Janeiro.

Nisso tudo o mais esquisito é saber que Nelson Nahim ainda não entendeu que não manda mais na FENORTE. Afinal, se tivesse tido alguma influência, a greve nem teria sido iniciada. Ou não?

Servidores promovem enterro simbólico e ASFETEC obtém vitória contra corte de ponto na FENORTE

IMG-20140328-WA0045

O dia de hoje vai ficar marcado na FENORTE por dois fatos: o primeiro foi o enterro simbólico promovido pelos servidores em greve para expressar a indignação coletiva contra o que julgam ser uma sentença de morte dada pelo (des) governo Cabral contra seus salários e a própria instituição onde trabalham. Mas o segundo fato, também ligado à greve, foi a decisão do juiz Cláudio Cardoso França de deferir o pedido da ASFETEC no sentido que seja impedido o corte de ponto dos servidores em greve, enquanto “perdurar a greve“. 

A sentença é mostrada logo abaixo e não deixa dúvidas sobre a decisão judicial sobre um processo no qual o presidente da FENORTE (Número 9097-89.2014.8.19.0014), Nelson Nahim, é réu:

“Considerando a relevância dos fundamentos da impetratação, até porque inexiste notícia de declaração de ilegalidade ou abusividade da greve; considerando, ainda, que os documentos adunados revelam o lançamento de código ´61´ (falta por greve) no cartão de frequência de servidores (fls. 45/60); considerando, por fim, o ´periculum in mora´, sobretudo por tratar-se de questão que reflete sobre verba de natureza alimentar, defiro parcialmente a liminar, para determinar ao Impetrado que se abstenha de efetuar descontos nos vencimentos do servidores relativos aos dias de paralisação, enquanto perdurar a greve. Observo que tal medida mostra-se suficiente para arredar o ´periculum in mora´, não sendo caso, portanto, de acolhimento liminar do pedido formulado no item ´b´ de fl. 9. Notifique-se o Impetrado para ciência e cumprimento, bem como para prestar informações. Dê-se ciência à Procuradoria do Estado. Na sequência, com ou sem informações, dê-se vista ao Ministério Público. Cumpra-se pelo OJA de Plantão.

Notem que a aplicação do código “61” (falta por greve) que havia sido denunciado aqui é um dos fatores que foram utilizados pelo juiz Claúdio Cardoso França para deferir o pedido da ASFETEC!

Agora, o que se espera é que cessem todas as formas de coação que estão sendo usadas para desestabilizar a greve na FENORTE. Aliás, mais do que isso, o que os servidores da fundação esperam é que agora o (des) governo Cabral passe da tentativa de coação para um esforço para resolver as causas da greve.

Nelson Nahim promete uma coisa e faz outra na hora da greve da FENORTE

Segundo fui informado hoje em uma cerimônia realizada nos corredores da FENORTE para marcar o início de seu mandato de presidente, o Sr. Nelson Nahim teria declarado que não se importava com o número de horas que os servidores ficassem dentro das dependências da fundação, mas com o correto cumprimento de suas tarefas. Mas isso mudou da noite para o dia com o início da greve que está sendo realizada por servidores cujos salários estão congelados desde 2006. É que, como num passe de mágica, agora os grevistas estariam tendo suas folhas de ponto marcadas com o código número 61, que designa greve.

Essa é claramente uma tática que visa coagir e impedir o livre cumprimento do direito constitucional da greve. E o pior é que a direção da FENORTE nem sequer se deu ao trabalho de requerer a ilegalidade da greve, e já começou a utilizar essa tática de coação. Como os salários estão congelados chega a ser natural que os servidores se sintam pressionados e coagidos.

O mais interessante nessa tática de coação é que, segundo o que me foi informado, o responsável por assinalar o código “61” nas folhas de ponto dos servidores da FENORTE é um indicado político do deputado Roberto Henriques que recentemente circulou uma carta aberta tecendo sérias considerações sobre a situação vigente na ex-mantenedora da UENF. Aqui seria o caso do deputado Henriques interferir junto a seu apadrinhado para que cesse uma prática que não se coaduna com os discursos que ele mesmo faz em defesa dos direitos dos servidores da FENORTE. 

Mas o pior é que se olharmos para a história e verificarmos o que acontece quando os trabalhadores têm seus direitos básicos violados, o normal é que o nível de revolta aumente, ainda que por algum tempo as coisas pareçam voltar àquele tipo de normalidade que os opressores tanto gostam. A ver!

Presidente da FENORTE acompanha blogs e não anda gostando do que está lendo

Hoje fui informado de que o presidente da FENORTE, o Sr. Nelson Nahim (cujo maior trunfo político é ser irmão do deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho) anda lendo com lupa as notícias que andam saindo em diferentes blogs sobre o movimento de greve aprovado pelos servidores da sua fundação, e que deverá ser iniciado na próxima segunda-feira (17/03). Aliás, o que me disse fonte bem informada dos corredores da FENORTE é que essa cobertura está, na maior parte dos casos, gerando grande irritação em Nelson Nahim. 

Mas se for mesmo verdade que está havendo essa leitura, digamos, próxima dos blogs, é preciso que se saiba que ao menos aqui neste espaço já chegou a informação de que os servidores da FENORTE estão sendo pressionados a não entrarem em greve sob pena de terem seus pontos cortados e, pasmemos todos,  terem de cumprir o seu horário integral de trabalho.

Como o direito de greve é assegurado pela Constituição Federal do Brasil, qualquer tipo de tentativa de restringir esse direito deverá merecer a devida resposta. E aviso logo, os professores da UENF estão acompanhando toda essa situação na FENORTE com muito interesse, especialmente os que estão hoje compondo o Comando de Greve da ADUENF. Como os garis já mostraram, a solidariedade entre os trabalhadores, especialmente para aqueles que estão lotados na mesma secretaria de estado como é o caso dos servidores da UENF e da FENORTE, é um instrumento a mais na luta pela conquista de direitos que os (des) governos cismam que podem desrespeitar impunemente.

Desde já minha solidariedade aos servidores da FENORTE, e a certeza de que eles não estarão sozinhos na luta que estão justamente realizando.

 

Greve na FENORTE: Comissão de Greve lança “Carta Aberta à Sociedade”

Carta Aberta à Sociedade

Decretação DE GREVE FENORTE

Os membros da Comissão de GREVE dos Servidores da Fundação Estadual Norte Fluminense – FENORTE e TECNORTE – Parque de Alta Tecnologia, veem, respeitosamente comunicar a sociedade, que no dia 11/03/2014 foi decidido, em Assembleia Geral Extraordinária, que a partir do dia 17/03/2014 iniciaremos uma Greve Geral por prazo indeterminado pelos fatos e fundamentos expostos no presente ofício. Informamos e lembramos que nos encontramos abertos à negociação desde 14/08/2013 quando foi decretado o ESTADO DE GREVE, passamos aos fundamentos da GREVE:

A Fundação Estadual Norte Fluminense – FENORTE foi criada com o objetivo principal de ser a mantenedora da Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF, à época em que referida universidade não possuía autonomia administrativa, e de gestão financeira e patrimonial.

Com a edição da Lei Complementar n° 99, de 23 de outubro de 2001, a UENF obteve sua autonomia universitária, passando a ser uma fundação pública de direito público. Para viabilizar o funcionamento da UENF, no mesmo dia 23 de outubro de 2001, a Lei 3.684/2001 permitiu que os funcionários da FENORTE optassem pela transferência para a UENF e o artigo 5°, §2°, desta mesma a lei previu a possibilidade de futura transferência de outros servidores da FENORTE para a UENF, mediante simples autorização de Vossa Excelência, sobretudo por se tratar do mesmo concurso com os mesmos cargos e atribuições.

Ocorre que, após a autonomia universitária obtida pela UENF, a FENORTE perdeu sua principal missão institucional e ao longo destes mais de 12 anos vem sendo subutilizada e os servidores encontram-se desestimulados e desvalorizados em virtude de estarem numa instituição que visivelmente perdeu sua razão de existir, com poucas e descontínuas ações de Governo.

A FENORTE passou a atender os interesses políticos dos aliados do Governador do Estado em exercício, compondo seus cargos em comissão e executando atividades esporádicas e limitadas à vontade daquele que assume a gestão da FENORTE, sem que haja em suas atividades uma ação permanente e contínua que seja de importância e finalidade significativa à Fundação e a sociedade.

Os servidores da FENORTE se veem desprestigiados e abandonados pelo Governo do Estado, pois a forma como o Governo trata a FENORTE sucateia nossa instituição, desmotiva e desprestigia o servidor;

Os problemas vivenciados pelos servidores da FENORTE e pela própria Instituição possuem a mesma causa, pois se a FENORTE não é valorizada pelo Estado o seu servidor também não o é, e se vê PREJUDICADO POR UM GOVERNO que não é capaz de conceder rumo adequado à nossa FENORTE.

Sem reajuste e sem reposição das perdas inflacionárias dos últimos 8 (oito) anos o servidor vem tendo dificuldade em manter sua família e sua dignidade pois o achatamento salarial sofrido é notório.

O nosso desprestígio no que refere à reposição das perdas inflacionárias se dá, sobretudo, ao fato da posição invisível na qual o Governo do Estado nos colocou.

Sendo assim e a partir do interesse demonstrado pelo Reitor da UENF a que se refere ao aproveitamento da qualificada mão de obra dos servidores da FENORTE, os servidores, já desacreditados com a situação da FENORTE, ao que tudo indica irreversível ou de difícil solução, aderiram maciçamente ao processo nº E-26/006/70/2013 que dispõe sobre a transferência em caráter definitivo dos servidores da FENORTE PARA A UENF.

Atualmente, já existe um novo processo E-12/001/4198/2013 originado na Secretaria da Casa Civil, que trata da transferência dos servidores da FENORTE para a UENF, contudo, ao que tudo indica, a pleiteada transferência não será atendida pelo simples fato dela ir de encontro aos interesses da Presidência da FENORTE.

Acreditamos, pelo histórico de insucessos que vivenciamos nos últimos anos, que não haja solução viável para FENORTE, sobretudo pela intencional incapacidade do Governo em dar rumo adequado à FUNDAÇÂO, e apesar de estarmos convictos que a única solução seja a transferência dos servidores da FENORTE para a UENF estamos cientes de que essa decisão, por ser mérito administrativo do poder executivo, cabe exclusivamente ao Governador do Estado do Rio de Janeiro.

Acontece que o Governo do Estado tem por obrigação dar uma resposta à sociedade e aos servidores da FENORTE, sendo assim se deseja que os servidores permaneçam na FENORTE que atenda os pleitos abaixo:

1. Reposição salarial de 63,3% pelas Perdas inflacionárias dos últimos 8(oito) anos 
2. Redefinição do estatuto da FENORTE, concedendo a mesma uma missão e visão concretas, alcançando as necessidades da sociedade e o caráter continuativo de suas ações;
3. Revitalização da FENORTE;
4. Reajuste do Auxílio-creche e Auxílio-alimentação dos servidores da FENORTE (esse último foi concedido num valor infinitamente inferior ao requerido).

Todos os pleitos acima devem ser atendidos na sua integra ou o Governo do Estado pode escolher transferir os servidores da FENORTE para a UENF e assim solucionar as reivindicações do movimento de Greve.

A Greve permanecerá até que todos os pleitos sejam devidamente atendidos.

Atenciosamente,
____________________________
Comissão de Greve da ASFETEC

E agora Nahim? Asfetec convoca assembléia para discutir realização de greve na FENORTE

Em recente intercâmbio de argumentos com o jornalista Esdras Pereira, o presidente da Fundação Estadual do Norte Fluminense (FEENORTE), Nelson Nahim ressaltou a eficiência dos trabalhos deste órgão. Pois bem, então é de se esperar que a convocação que está sendo feita pela Associação dos Funcionários da Fenorte e Tecnorte (ASFETEC) para esta terça-feira (11/03) com um único ponto de pauta (decretação de greve) seja recebida por ele com naturalidade e apoio. Afinal, se o desempenho dos trabalhos é de alta qualidade, o justo e correto é que os salários dos servidores também sejam. Ou não?

asfetec