Cooperativa norueguesa de criadores de salmão decidiu suspender uso de soja brasileira em sua ração para diminuir pegada de carbono de sua produção
Em mais uma demonstração que o mar não está nada calmo para a nau do presidente Jair Bolsonaro e seus ministros negacionistas das mudanças climáticas, a cooperativa norueguesa de piscicultores de salmão , o Salmon Group, emitiu um comunicado de imprensa informando que está suspendendo imediatamente a aquisição de soja brasileira como parte do esforço de redução de 17% da “pegada de carbono” associada à sua produção de salmão em cativeiro.
Segundo o comunicado de imprensa do Salmon Group, os seus 44 acionistas “levam a sério a sustentabilidade e, por um longo tempo, trabalharam propositalmente e concretamente com questões relacionadas a isso”. O comunicado do Salmon Group acrescentou ainda que “estamos falando de empresas familiares de segunda e terceira geração, que operam no ambiente local onde elas mesmas nasceram e foram criadas. Eles estão muito conscientes da responsabilidade que lhes cabe ao conduzir seus negócios em público. Eles pensam a longo prazo e assumem responsabilidade moral e ética. ”
Ainda que esta decisão do Salmon Group possa não estar diretamente associada ao atual ciclo de queimadas na Amazônia brasileira, o certo é que a condição dos mercados para a soja brasileira que já não está tão confortável como gostariam os líderes do latifúndio agro-exportador, poderá ainda ficar ainda pior após o delirante discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU no dia de ontem (24/09).