



Ontem se completaram 75 anos da morte do líder revolucionário russo, Lev Davidovich Bronstein (também conhecido como León Trotsky) após um ataque deliberado de um agente do regime liderado por Josef Stalin. Como alguém que tem sido influenciado pelas ideias de Leon Trostsky por mais de três décadas, não vou ficar repetindo velhas cantilenas sobre sua alta capacidade intelectual já que sua ampla obra literária já fala alto por isso.
Na verdade, o que mais me impressiona até hoje no que Lev Bronstein escreveu é simplesmente a atualidade de suas previsões. Também não há como esquecer a sua vontade férrea de revolucionário, a qual lamentavelmente ainda não conseguiu produzir organizações que estivessem à altura das tarefas que a humanidade atravessa.
Mas ao contrário do meu amigo Mário Magalhães que ontem marcou em seu blog a passagem dos 75 anos com o poema “O velho León e Natalia em Coyoacán” do bardo paranaense Paulo Leminski, escolho outro poema leminskiano para marcar atrasadamente a data.
me enterrem com os trotskistas
na cova comum dos idealistas
onde jazem aqueles
que o poder não corrompeume enterrem com meu coração
na beira do rio
onde o joelho ferido
tocou a pedra da paixãoPaulo Leminski