
Mais um escândalo está sendo propalado pela Revista Veja para tentar impedir a manutenção do PT no governo federal. E para isto, a Revista Veja usa supostas denúncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para atingir Dilma Rousseff, candidata do PT. Se alguém me perguntar se eu acho possível que um novo caso de corrupção sistêmica tenha acontecido no mesmo período em que altos dirigentes eram enviados para a prisão, a resposta seria um retumbante sim. É que para mim, a corrupção é algo tão sistêmico que a prisão dessa ou daquela figura não vai parar as engrenagens que movem a máquina corruptora no Brasil. E mais, como os corruptores continuam intocados, não há como cair na esparrela de que prisões pontuais vão resolver um problema que começou quando os colonizadores portugueses chegaram por aqui.
E mais, o mensageiros neste caso é para lá de duvidoso. A Revista Veja faz tempo deixou de ser um veículo de imprensa. Tanto isto é verdade que o número de leitores vem caindo após ano, e hoje a Revista Veja é lido apenas por setores que precisam crer em qualquer coisa que signifique uma ameaça às mudanças, estritamente pontuais quero frisar, que o Brasil vem passando com as políticas do social neoliberalismo aplicado por Lula e Dilma Rousseff.
Além da falta de crédito da Revista Veja e da imensa maioria dos órgãos da mídia empresarial, o que me parece mais problemático nessas novas denúncias é que se está ventilando o conteúdo de depoimentos que deveria ser sigilosos. Das duas uma, ou a Polícia Federal está ilegalmente passando informações para a Revista Veja, ou a revista da família Civita está fazendo um juntadão de denúncias para tentar ajudar a desesperada candidatura de Aécio Neves.
Eu tendo a achar que por mais que a Revista Veja e outros órgãos pró-Aécio tentem, essas denúncias não vão mudar o colapso da candidatura tucana. É que se fosse depender apenas de denúncias sobre casos de corrupção, Geraldo Alckmin não estaria liderando as pesquisas em São Paulo, e nós não teríamos Anthony Garotinho e Luiz Fernando desfrutando da preferência do eleitorado fluminense. É triste dizer, mas as opções dos eleitores nem sempre refletem imediatamente a indignação que eventualmente apareça dentro da população acerca de práticas não-republicanas por parte dos (des) governantes.
Por fim, é preciso dizer que Paulo Roberto Costa vai ter que aparecer com documentos que comprovem suas denúncias nos depoimentos. Do contrário, além de não ganhar as benesses da delação premiada, ele vai acabar ganhando um monte de processos por calúnia e difamação. A ver!