
Como defensor do Estado laico não poderia ser contra aqueles que denunciam qualquer tentativa de misturar religião com governo. É que a salutar separação entre essas duas esferas da vida é que pode garantir que as coisas sejam praticadas no seu devido lugar, como bem mostra o exemplo da França.
Por outro lado, a recente tentativa do (des) governador Luiz Fernando Pezão Penóquio de imputar ao senador Marcelo Crivella a intenção de juntar religião com política seria até justa, se sob o seu (des) governo em companhia de Sérgio Cabral, o Rio de Janeiro não tivesse frequentado com intensidade cada vez maior as páginas dos jornais por outro motivo ainda mais preocupante quando se trata de gerir democraticamente o Estado: corrupção, festas elitistas na Europa ornamentadas com guardanapos na cabeça, e, mais recentemente, um número incrível de altas patentes da Polícia Militar que estão sendo presas por associação com milícias e o narcotráfico.
Então, Pezão Penóquio e seus apoiadores que me perdoem, quem tem telhado de vidro não joga pedra na casa dos outros.
Finalmente, no plano da cidade de Campos chega a ser lastimável ver alguns “colunistas” atacando o nexo política-religião. É que se olharmos a ficha pregressa de alguns, essa ligação seria o menor dos problemas. Enquanto isso Garotinho está rapidamente transformando uma derrota política séria em palco para reconfiguração e consolidação do seu poder político local. Depois não venham reclamar e nem choramingar.
