O peso da “esperteza” local nos preços da gasolina

preços abusivos

Não é segredo que a atual política de preços dos combustíveis adotada desde o governo do presidente “de facto” Michel Temer vem punindo os brasileiros, especialmente os trabalhadores que estão vivendo com os efeitos de um período de inflação alta que tende a se acelerar com o “mega aumento” determinado pela direção da Petrobras.

Mas a alta de preços dos combustíveis tem também uma faceta local que explicita a presença de “espertos” que se valem da situação para vender seus produtos a preços mais exorbitantes antes que tenham que comprar com os valores novos impostos pela política de preços da Petrobras.

Eu dou um exemplo perto de casa: ontem saí de casa para abastecer em um posto de uma franquia local (chamemos assim por falta de melhor nome) que até o início da noite cobrava R$ 7,04 por cada litro vendido de gasolina. Eis que ao olhar para a faixa onde os preços são colocados, o valor já tinha sido elevado para R$ 7,69! Diante da alta precoce não resisti e perguntei ao frentista se o aumento não havia chegado antes do tempo, e restou a ele dizer que a ordem para mudar havia sido dada e aquele era o preço que eu teria de pagar se quisesse abastecer ali.

Como achei que esse era um comportamento abusivo, resolvi ir até o posto que fica na esquina de Sete de Setembro e Rua dos Goitacazes para tentar uma sorte melhor e fui “premiado” com o encontro do preço “antigo” que era 39 centavos mais barato do que o novo do outro posto. O detalhe é que o primeiro posto é “sem bandeira” e outro é “Petrobras”, o que coloca a questão da origem e qualidade do combustível que cada um vende.

Moral da história: se não quisermos premiar as “espertezas” que estão ocorrendo em meio à política de preços da Petrobras, vamos ter que procurar estabelecimentos cujos proprietários não recorram a práticas que nos punem ainda mais em nome de uma taxa de lucro ainda maior em um setor nos quais a grande maioria dos trabalhadores é mal paga e expostos a condições altamente precárias de trabalho.

Valor: Minério de ferro cai a US$ 68,70 a tonelada, menor cotação desde 2009

Por Olivia Alonso | Valor

SÃO PAULO  –  O minério de ferro caiu hoje pelo sexto dia seguido e acumulou desvalorização de 3% na semana, negociado a US$ 68,70 por tonelada no mercado à vista da China, para um teor de 62% de ferro. O patamar é o mais baixo desde junho de 2009. 

Em dezembro, o preço médio está em US$ 69,3 por tonelada, pouco mais da metade da média de US$ 136 por tonelada em dezembro do ano passado.

Preocupações com excesso de oferta, desaceleração da demanda chinesa por aço e com restrições de crédito na China estão mantendo a cotação em baixa. A China é responsável por aproximadamente dois terços das importações globais da matéria-prima.

Entre as movimentações do setor hoje, a Vale negociou minério com teor de 65,5% de ferro com um adicional de US$ 14,8 por tonelada, segundo o Standard Bank.

FONTE: http://www.valor.com.br/empresas/3818164/minerio-de-ferro-cai-us-6870-tonelada-menor-cotacao-desde-2009#ixzz3LmSTPlm3

Reuters: Minério de ferro cai para mínima de 5 anos com excedente de oferta

minerio

CINGAPURA (Reuters) – Os preços do minério de ferro caíram ao menor nível desde setembro de 2009 nesta terça-feira e davam sinais de recuar ainda mais, com um excedente de oferta pressionando as cotações da commodity, que já acumula perdas de 42 por cento neste ano.

O iminente inverno na China, que em anos anteriores elevaram a demanda das siderúrgicas chinesas por minério importado, provavelmente não dará um impulso aos preços, já que muitas minas de minério de ferro do país já estão fechadas, disseram operadores.

“Muitas usinas já mudaram para o uso de mais minério importado devido à queda nos preços neste ano, portanto eu não entendo que aquela demanda adicional durante o inverno será muito maior”, disse um operador de minério de ferro de Xangai.

A queda nos preços tem forçado muitas minas de alto custo na China, maior importador e consumidor da commodity, a interromper as atividades, em meio a um aumento de produção no Brasil e na Austrália.

O minério de ferro com entrega imediata na China caiu 0,9 por cento nesta terça-feira, a 77,10 dólares por tonelada, segundo dados compilados pelo Steel Index.

Os futuros do minério também caíram, com o contrato mais negociado na bolsa de Dalian, vencimento maio, encerrando a sessão com queda de 1,3 por cento, a 520 iuanes (85 dólares) por tonelada.

“A demanda permanece fraca na China, com compradores em compasso de espera, já que muitas siderúrgicas foram forçadas a interromper a produção antes de um encontro da Apec”, disseram analistas do banco ANZ, em nota.

Dezenas de usinas em áreas industriais ao redor de Pequim estão fechadas desde 1 de novembro, numa tentativa de reduzir a poluição do ar, em antecipação à um encontro de líderes mundiais, incluindo o presidente Barack Obama, marcado para 5 a 11 de novembro, na reunião do bloco de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico.

A China impôs interrupções semelhantes durante os Jogos Olímpicos de 2008.

(Por Manolo Serapio Jr)

FONTE: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN0IO18S20141104