
Não bastasse o fato de que enquanto cerca de 15 mil servidores estaduais continuam sem seus salários de Agosto, determinadas categorias consideradas “especiais” pelo (des) governador Pezão e seu (des) secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, já estão gastando os seus salários de Setembro. Não bastasse essa discrepância absurda que compromete a devida isonomia de tratamento, o Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro trouxe hoje a publicação de 3 portarias (34, 35 e 36 de 17/10/2017) com o enquadramento retroativo de 51 servidores do Controle Interno da SEFAZ (ver imagem abaixo).

Interessante notar que não tenho nada contra o enquadramento desses servidores da SEFAZ. O problema é o tratamento totalmente diferenciado que se está dando às demais secretarias e suas carreiras específicas.
No caso da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) vários docentes foram enquadrados ao longo de 2016, mas na hora de receberem os benefícios garantidos por legislação específica, o (des) governo Pezão simplesmente bloqueou até a publicação dos enquadramentos, deixando esses colegas no limbo.
Também é importante lembrar que no famigerado “Regime de Recuperação Fiscal” estão vedadas as concessões de vantagens como as conferidas por enquadramentos e progressões. Este fato torna ainda mais peculiar a exceção que está sendo feita aos Analistas do Controle Interno.
De toda forma, o que transparece deste caso é aquilo que já se sabe faz tempo. No (des) governo Pezão todos os servidores são iguais , mas alguns são mais iguais do que os outros.

