Ronaldo Caiado, logo ele, dá pistas sobre quem são os segmentos “radicalizados” do agronegócio

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O governador de Goías, o latifundiário Ronaldo Caiado, deu uma interessante entrevista ao colunista Chico Alves do Portal UOL acerca dos responsáveis pela invasão do plenário da Assembleia Legislativa goiana que votava um projeto de lei que criava um imposto de 1,65% sobre os lucros auferidos pelo latifúndio agro-exportador cuja renda será aplicada na melhoria de estradas que escoam a produção do referido.

Segundo Caiado, que um dia liderou a famigerada União Democrática Ruralista (UDR), os responsáveis pela invasão do plenário da Aleg seriam empresários ligados a tradings (empresas que fazem negociações na Bolsa de Valores de curtíssimo prazo).

Caiado ainda acrescentou que ” são pessoas querendo ganhar cada vez mais e não querem contribuir com nada”, afirma. “A conversa desses caras é: ‘Eu troquei o meu helicóptero monoturbo por um biturbo, comprei mais um jato’…as pessoas entram numa paranoia que é inimaginável. Se sentem acima do Estado, acima da lei“.

O governador de Goiás ainda acrescentou que  “considera inadmissível que uma parcela de radicais leve todo o setor para a clandestinidade.”Pela ganância de alguns, a barbárie pode fazer perder toda a credibilidade que o agro conquistou“,

A minha conclusão dessa fala é a seguinte: de pop o agro não tem nada. O que o “agro” entende mesmo é de desmatamento, agrotóxicos, violência e frivolidades.

Em face do que aconteceu em Goiás e em outras partes do Brasil como reação desse setor aos resultados das eleições presidencias, fica ainda mais evidente a necessidade de uma ampla reforma agrária que democratize o acesso à terra e que faça cumprir a função social estabelecida como condição básica na Constituição Federal de 1988.

O coronavírus avança: Já são 13 os contaminados na comitiva que esteve com Bolsonaro em Miami

bolso atoO presidente Jair Bolsonaro tira fotos com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, depois de participar de protestos contra o STF e o Congresso Nacional

O número cabalístico para o Bolsonarismo já foi alcançado entre os membros da comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em seu recente tour em Miami. É que o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, é o 13o. a ser declarado oficialmente como estando contaminado pelo coronavírus.

Entre os já oficialmente declarados como portadores do coronavírus estariam quatro seguranças pessoais do presidente Jair Bolsonaro, o que coloca esses servidores públicos em uma distância mínima do chefe do executivo federal. Tal constatação torna ainda mais “sui generis” a declaração de que Jair Bolsonaro testou negativo para essa infecção, visto que seguranças pessoais estão sempre muito próximos daquele cuja pessoa estão protegendo.

Mas o que importa aqui é que diante de uma situação de saúde coletiva, a opção do presidente da república de abandonar o confinamento em que estava colocado para participar de um ato público em que apertou mãos e manuseou telefones celulares de vários participantes me parece algo que beira o inexplicável.

A questão de fundo aqui é que ao desprezar orientações médicas que indicavam a necessidade de confinamento até segunda ordem, o presidente da república enviou mais um sinal anti-ciência para seus apoiadores mais apaixonados. Estes apoiadores que podem não ser muitos numericamente compensam a falta de massa com um inegável aguerrimento para seguir os passos anti-ciência de seu “mito”. E esse aguerrimento poderá consequências nefastas se for aplicado para impedir a aplicação as decisões de várias instâncias de governo, resultando em conflito aberto como aquele que passou o governador de Goiás e ex-líder da União Democrático Ruralista, Ronaldo Caiado, quando tentou sensibilizar os participantes do ato pró-Bolsonaro em Goiânia sobre o potencial devastador do coronavírus (ver vídeo abaixo).

Que ninguém se engane ou se deixe enganar: o combate à pandemia do coronavírus necessitará de uma quase perfeita articulação entre diferentes esferas de governo, forte apoio da comunidade científica, alta integração dos serviços de saúde e um alto grau de cooperação da população.  E não será com bravatas e descuido como as oferecidas ontem pelo presidente Jair Bolsonaro que o Brasil irá conseguir isso. Simples assim!

Aécio e seu grupo de “democratas” viajam para interferir nos assuntos internos da Venezuela. Mas esqueceram de combinar com os chavistas

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Alguém imagina, por exemplo, a vinda de uma delegação venezuelana vindo ao Brasil para se reunir com os presos políticos da Copa Fifa que estão encarcerados no Complexo de Bangu? Lamentavelmente, não. É que existe, para certo ou errado, uma coisa que rege a convivência entre os Estado-Nação que se chama “soberania nacional”. Mas soberania dentro do Brasil para as elites brasileiras só se for para entregar as riquezas nacionais para as corporações multinacionais.

Mas para ir se meter nas disputas políticas que ocorrem hoje na Venezuela, um grupo de “ilustres senadores” que incluía o grande democrata Ronaldo UDR Caiado decidiu voar dentro de um jato Legacy da Força Aérea Brasileira para tentar visitar políticos presos por acusações ligadas a tentativas de golpe de Estado.  Pois bem, chegando em Caracas, o grupo de “democratas brasileiros” foi cercado por manifestantes pró-governo, e desafeitos a manifestações contrárias os senadores decidiram voltar correndo para Brasília.

Agora, a direita brasileira, capitaneada pelo “democrático” PSDB do (des) governador Beto Richa soltou a nota abaixo.

psdb

 

Agora, convenhamos, a direita brasileira é patética, mas muito patética!