Santos, no litoral de SP, será a primeira cidade do mundo a instituir a cultura oceânica na rede pública de ensino

Pareceria entre Unifesp e poderes legislativo e executivo da cidade servirá de exemplo ao planeta no atendimento de uma das metas da Década do Oceano

cultura oceanica

Santos, na Baixada Santista, litoral de São Paulo, será a primeira cidade do mundo a instituir a cultura oceânica na rede pública de ensino. O pioneirismo, confirmado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), começa a se transformar realidade a partir desta sexta, 12 quando será sancionada a Lei da Cultura Oceânica. A conquista de uma legislação especial para o tema é fruto da parceria entre os poderes executivo e legislativo da cidade e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Baixada Santista. A cultura oceânica faz parte das metas instituídas na Década do Oceano e o Brasil, através da cidade de Santos, dá exemplo para todo o planeta.

Esse marco é resultado da parceria entre Prefeitura de Santos e Unifesp no projeto do Programa de Políticas Públicas da FAPESP. Desde a criação do projeto, o objetivo foi que, juntas, universidade e poder público pensassem em como integrar efetivamente a ciência com os demais setores da sociedade.

“Foi por meio desse projeto que a Unifesp desenvolveu diversas ações e pesquisas que embasaram a necessidade, bem como um formato de inclusão da cultura oceânica no currículo escolar. A universidade desenvolveu a pesquisa junto com o poder público, que agora transforma esse resultado em políticas públicas”, destaca Ronaldo Christofoletti, professor do Departamento de Ciências do Mar da Unifesp, coordenador do Programa Maré de Ciência e coordenador do Communications Advisory Goup for the UN Ocean Decade da UNESCO.

A inserção da cultura oceânica no currículo escolar da educação formal torna obrigatório o tema, o que, como diz Christofoletti, “representa ensinar aos alunos o papel do oceano em nossas vidas e a influência das nossas ações no oceano”.

“Essa transmissão de conteúdo é fundamental para formarmos cidadãos com conhecimento sobre o tema, de modo que se tornem adultos conscientes e apliquem esse valioso conhecimento adquirido em suas vidas pessoal e profissional. Essa é a mudança desejável para que o mundo consiga alcançar o desenvolvimento sustentável, são mudanças de comportamento e, para isso, é preciso conhecimento, algo que será garantido com a lei hoje sancionada em Santos, que passa a valer para essa e para as próximas gerações”, destaca o professor da Unifesp.

A partir da lei, será constituída uma estrutura na Secretaria de Educação de Santos, que vai trabalhar a inserção do tema no currículo escolar de uma forma transversal, ou seja, envolvendo não apenas ciências, como também outras disciplinas.

Contudo, ressalta Christofoletti, “a ideia é ajudar os professores nas bases, nas escolas, a encontrarem os caminhos para ligar suas realidades locais, daquele território escolar, que se difere em cada instituição de ensino, identificando problemas de suas realidades e comunidade correlacionados à cultura oceânica e as trabalhando por meio de projetos interdisciplinares, de modo que os alunos aprendam ativamente, construam conhecimento e apliquem de fato essa meta global que é acultura oceânica”.

Para Francesca Santoro, coordenadora do Programa de Cultura Oceânica da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, a assinatura da lei, de autoria do vereador Marcos Libório, é um momento especial. “Ela ocorre no momento ideal, em que toda a sociedade discute na COP 26 em Glasgow o que precisamos fazer, e a cultura oceânica é uma ferramenta fundamental”, afirma Santoro, em vídeo gravado na Itália e que será exibido durante a solenidade da assinatura da lei.

Também por vídeo, o coordenador do Programa de Ciências Naturais da UNESCO Brasil, Fábio Eon, destaca a parceria entre a Unifesp e os poderes legislativo e executivo de Santos “para a criação da pioneira legislação, um exemplo de ação conjunta com ciência como base para a tomada de decisão”.

A iniciativa também tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que, por meio do Secretário de Pesquisa e Formação Científica do ministério, Marcelo Morales, destaca ações de cultura oceânica e ciência na escola como essa, “importantes para trazer soluções para a promoção da ciência e o uso sustentável do oceano”.

Serviço:

Sanção da Lei Cultura Oceânica

Local: Prefeitura de Santos

Horário: 18h

Participantes por vídeo:

– Francesca Santoro, coordenadora do Programa de Cultura Oceânica da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO

– Fábio Eon, coordenador do Programa de Ciência Naturais da UNESCO Brasil, a parceria a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

– Marcelo Morales, Secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI

Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo lança visitação virtual ao Museu de Pesca de Santos

Visita online é uma réplica da estrutura física do espaço e contém parte do acervo real; Museu é uma das principais atrações turísticas de Santos

museu de pesca

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lança a visitação virtual do seu Museu de Pesca, um dos mais importantes pontos turísticos de Santos, no litoral. Fechado devido à pandemia do novo coronavírus desde março de 2020, o espaço poderá agora ser explorado pelo público por meio destsite .

Este é o primeiro produto do Projeto VVV – Venha Visitar Virtualmente, da Secretaria de Agricultura, que tem o objetivo de virtualizar a visita aos seus espaços culturais e educativos da Pasta.

O Museu de Pesca recebe público de mais de 50 mil pessoas, anualmente. Mantido pelo Instituto de Pesca (IP-APTA), o espaço tem a missão de divulgar as ações de pesquisa do IP e destacar a importância da preservação do meio ambiente e da vida aquática, promovendo a educação ambiental. No local são desenvolvidas atividades educativas não formais, com o intuito de promover a preservação ambiental, estimular a sustentabilidade pela correta utilização dos recursos naturais, marinhos e continentais, além de promover a aquicultura sustentável.

A versão virtual do Museu de Pesca é uma réplica da estrutura física do espaço, contendo em cada ambiente parte de seu acervo real. Na visita presencial, para o grande público, as principais atrações são um imponente esqueleto da baleia Balaenoptera physalus, com 23 metros de comprimento e sete toneladas, e os diversos exemplares de tubarões.

“O lançamento do Museu Virtual permitirá aos visitantes assíduos, principalmente crianças, aplacar a saudade enquanto o mesmo está fechado, e estimulará potenciais novos visitantes, uma vez que a visita virtual gera curiosidade sobre as atrações do Museu”, afirma Thaís Moron, pesquisadora do IP e diretora do Museu de Pesca.

A ideia da virtualização do espaço partiu de Cibele Silva, bióloga e integrante do Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento (CECOM) do Instituto, devido ao impedimento da visitação ao espaço físico neste momento de controle do contágio do novo coronavírus e para dar oportunidade a pessoas de fora da região e até mesmo do Estado de conhecer o acervo do Museu. O Projeto VVV é coordenado por Cibele e foi planejado e desenvolvido por Bruna da Silva, Gabriela Pereira e Raphaela Horti, estagiárias do Instituto de Pesca.

Gabriela Pereira foi a principal responsável pelo desenvolvimento da mídia para virtualização e interatividade entre equipamento e visitante. “Criar o mapa do museu em uma versão virtual, ainda mais interativo, foi um desafio para mim, pois não sou da área de informática. Porém, meus conhecimentos de design gráfico ajudaram na parte visual e, por ser estudante de Ciências Biológicas, meu entusiasmo em poder fazer parte de um projeto que comunica a importância da preservação do meio ambiente e dos seres aquáticos foi a grande motivação para aprender o que não sabia e conseguir fazer a entrega”, diz Pereira.

O Projeto VVV deve lançar nas próximas semanas a visitação virtual do Planeta Inseto, exposição mantida pelo Instituto Biológico (IB-APTA).

Museu de Pesca

O acervo do Museu de Pesca é composto por exemplares de diversas espécies de peixes, crustáceos, aves e mamíferos marinhos taxidermizados ou suas ossadas, conchas de moluscos, areias, além de maquetes de embarcações, aparelhos e equipamentos utilizados na pesca e em pesquisa oceanográfica, obras artísticas dentre outros.

Sua Sede atual, construída no local de uma fortificação datada do século XVIII, abrigou inicialmente a Escola de Aprendizes-Marinheiros, e, a partir de 1933, o Instituto de Pesca Marítima, nome pelo qual passou a ser denominada (a partir de 1932) a Escola de Pesca do Estado de São Paulo, fundada em 1928, no Guarujá. “É um prédio histórico, de localização privilegiada e que oferece ao visitante a experiência de estar em uma construção antiga e apreciar uma belíssima paisagem por meio das janelas do piso superior”, afirma Thaís.

Link para visitação:
http://view.genial.ly/5ee8f8dbdc504b0d7c7e6b15/interactive-image-visitacao-virtual-ao-museu-de-pesca

Endereço:
Avenida Bartolomeu de Gusmão, 192
Ponta da Praia – Santos (SP) – Brasil
CEP 11030-906
Contato: (13) 3261-5260
E-mail: museu@pesca.sp.gov.br / agendamentomuseu@pesca.sp.gov.br

Imagens do local do acidente onde Eduardo Campos morreu

Por uma dessas coincidências do destino, um dos meus irmãos trabalha a 200 metros do local onde ocorreu o acidente em que faleceu Eduardo Campos, e ele me enviou cenas do local tiradas do celular dele e de colegas de trabalho. Pelas imagens dá para notar que os ocupantes do jatinho não tiveram a menor chance de sobreviver.

O meu irmão me disse que o avião caiu quando ele acabara de estacionar o carro na Avenida Washington Luiz, num ponto que não fica mais do que 100 metros de onde o avião se acidentou. A impressão que ele tem é que facilmente o acidente poderia ter tido muito mais vítimas, visto a área em que o mesmo ocorreu.

 

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