Servidores promovem enterro simbólico e ASFETEC obtém vitória contra corte de ponto na FENORTE

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O dia de hoje vai ficar marcado na FENORTE por dois fatos: o primeiro foi o enterro simbólico promovido pelos servidores em greve para expressar a indignação coletiva contra o que julgam ser uma sentença de morte dada pelo (des) governo Cabral contra seus salários e a própria instituição onde trabalham. Mas o segundo fato, também ligado à greve, foi a decisão do juiz Cláudio Cardoso França de deferir o pedido da ASFETEC no sentido que seja impedido o corte de ponto dos servidores em greve, enquanto “perdurar a greve“. 

A sentença é mostrada logo abaixo e não deixa dúvidas sobre a decisão judicial sobre um processo no qual o presidente da FENORTE (Número 9097-89.2014.8.19.0014), Nelson Nahim, é réu:

“Considerando a relevância dos fundamentos da impetratação, até porque inexiste notícia de declaração de ilegalidade ou abusividade da greve; considerando, ainda, que os documentos adunados revelam o lançamento de código ´61´ (falta por greve) no cartão de frequência de servidores (fls. 45/60); considerando, por fim, o ´periculum in mora´, sobretudo por tratar-se de questão que reflete sobre verba de natureza alimentar, defiro parcialmente a liminar, para determinar ao Impetrado que se abstenha de efetuar descontos nos vencimentos do servidores relativos aos dias de paralisação, enquanto perdurar a greve. Observo que tal medida mostra-se suficiente para arredar o ´periculum in mora´, não sendo caso, portanto, de acolhimento liminar do pedido formulado no item ´b´ de fl. 9. Notifique-se o Impetrado para ciência e cumprimento, bem como para prestar informações. Dê-se ciência à Procuradoria do Estado. Na sequência, com ou sem informações, dê-se vista ao Ministério Público. Cumpra-se pelo OJA de Plantão.

Notem que a aplicação do código “61” (falta por greve) que havia sido denunciado aqui é um dos fatores que foram utilizados pelo juiz Claúdio Cardoso França para deferir o pedido da ASFETEC!

Agora, o que se espera é que cessem todas as formas de coação que estão sendo usadas para desestabilizar a greve na FENORTE. Aliás, mais do que isso, o que os servidores da fundação esperam é que agora o (des) governo Cabral passe da tentativa de coação para um esforço para resolver as causas da greve.

UENF: servidores técnicos-administrativos também entram em greve

A greve que ocorre na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) ganhou nesta 5a. feira (20/03) a adesão dos servidores técnico-admnistrativos que, numa assembléia que lotou um dos auditórios do P-5, rejeitaram a orientação da diretoria geral do SINTUPERJ que não queria a deflagração do movimento.

A pauta aprovada pelos servidores técnicos inclui a correção da chamada “distorção” para determinados níveis da carreira técnica e a reposição de perdas salariais de 86,7%, tal como já demandam os professores.

Em relação ao (des) governo do Rio de Janeiro, a situação dos servidores técnicos é pior do que a dos professores, pois para esta categoria não há qualquer tipo de sinalização de que serão concedidas melhorias salariais.

Agora, com os três segmentos em greve, vamos ver como se comporta o (des) governo Cabral e a reitoria da UENF. É que, apesar das pautas diferenciadas, a entrada em greve de todas as categorias impede determinadas  chantagens para forçar o final do movimento reivindicatório.

Em suma: o caldo engrossou de vez na UENF. E é tudo culpa do (des) governo Cabral/Pezão. Pagaram para ver se a UENF reagia, e agora estão colhendo os frutos.

 

Depois da FENORTE e dos professores agora são os servidores técnicos-administrativos que rumam para a greve

Parece que agora a coisa vai: depois dos servidores da FENORTE e da ADUENF, quem está convocando uma assembléia com pauta única de greve é o sindicato que representa os servidores técnico-administrativos da UENF, SINTUPERJ. Isto, pela via da greve, representaria uma auspiciosa reunificação dentro e fora da UENF.

Por outro lado, não posso deixa de notar mas parece que a longa amizade que ligou diferentes setores da UENF está ruindo. E desconfio, pelo que li de duas faixas penduradas na entrada do campus Leonel Brizola, que a razão do rompimento são promessas eleitorais não cumpridas.

Também quem mandou acreditar em promessa eleitoral de quem só queria continuar controlando a reitoria da UENF! Ainda bem que sempre há o caminho de volta, e este será marcado por uma greve geral. 

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Subject: Assembléia Técnico-administrativo da Uenf.

DIA: 18 DE MARÇO

(Terça-feira)

14:00 HORAS (Auditório 01 do P5)

ASSEMBLEIA SERVIDORES

TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS

PAUTA:

– Deflagração de GREVE.