
Enquanto o MST prepara o seu VI Congresso Nacional, o seu principal intelectual, João Pedro Stédile deu uma entrevista em que oferece uma visão ampla das posições do maior movimento social da América Latina sobre a situação política brasileira.
Numa declaração que reflete bem a irritação do MST com o abandono do PT do compromisso histórico com a reforma agrária no Brasil, Stédile disse em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo que “o governo Dilma foi bundão para a reforma agrária, não teve coragem de fazer desapropriação. Nos oitos anos do Lula, a média era de 80 mil famílias por ano em áreas desapropriadas. Nos três anos anos da Dilma, a média foi de 30 mil, porém a metade foi em projetos de colonização na Amazônia. Em área desapropriada mesmo foi 15 mil. O governo sabe que está em dívida conosco.”
Um resultado deste desconforto da base do MST, Stédile avalia que uma parcela significativa dos militantes votará em Eduardo Campos e não em Dilma Rousseff nas próximas eleições. Se isso realmente ocorrer, esta será a primeira vez que o PT não terá o grosso dos votos do MST.
Agora só faltam os neopetistas dizerem que os militantes do MST também são “coxinhas” de direita.
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