Outorga amiga para o porto, tarifa salgada para os moradores da Barra do Açu

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Após ler a postagem de hoje sobre o mega consumo de água pelo Porto do Açu (o sétimo maior consumidor entre 50 empresas que são “os donos da água no Brasil), um leitor que reside na localidade de Barra do Açu me informou que o caso não é o mesmo quando se aplica ao abastecimento oferecido pela CEDAE.

Segundo esse morador que me enviou a conta mostrada abaixo, há algum tempo a aplicação de uma regra esdrúxula que divide o consumo das residências em “comercial” e “doméstico”, as contas de água na Barra do Açu se tornaram extremamente “salgadas”, tornando o consumo que proibitivo para muitas famílias pobres que vivem ali, e que estão sendo cada vez mais acossadas pelo avanço do mar.

fatura CEDAE Barra do Açu

Para essa pessoa que vive há décadas na Barra do Açu, o tratamento camarada dispensado ao Porto do Açu deveria ser estendido aos moradores que convivem hoje com as consequências negativas que o empreendimento trouxe para quem vive no V Distrito de São João da Barra.

Uma questão que foi levantada no diálogo que mantive com o leitor do blog se refere ao sentimento de abandono que os moradores possuem não em relação ao Porto do Açu de quem não se espera muita coisa, mas do governo municipal e da Câmara de Vereadores de São João da Barra que nada fazem para minimizar as graves distorções que afetam a vida dos moradores da Barra do Açu desde que o ex-bilionário Eike Batista assumiu a construção do empreendimento que hoje é de propriedade do fundo de private equity conhecido como EIG Global Partners.