IMTT reduz ciclovia e afunda Campos dos Goytacazes no passado

A cidade de Campos dos Goytacazes, especialmente a parcela que precisa sair de casa para trabalhar sem dispor de veículo próprio, está sob os efeitos dramáticos do colapso no serviços públicos de transporte. Nesse contexto de caos consentido pelo governo municipal, o que fazem os técnicos do IMTT? Optam pelo impensável ao reduzir o espaço disponível para as bicicletas para dar mais espaço para os automóveis (ver imagem abaixo mostrando a redução de um parte da “Ciclovia Patesko”).

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Aí é que eu digo: para que tentar modernizar e democratizar os acessos à cidade, se você pode afundá-la ainda mais na desigualdade e no atraso? Para que pensar em aproveitar as potencialidades que o terreno nos oferece e apoiar o transporte por bicicletas, se é possível caminhar no passo do siri para fincar a cidade de Campos dos Goytacazes no passado?

Repressão em São Paulo mostra pavor das elites frente à ascensão das lutas populares

As cenas que mostro abaixo são parte da documentação visual que já está circulando nas redes sociais sobre a violenta repressão cometida pela Polícia Militar de São Paulo contra manifestantes que se opõe aos preços escorchantes do transporte público na capital do estado.

Como participante das manifestações que ocorriam no início da década de 1980 pedindo o fim do regime militar, posso atestar que naqueles tempos a repressão era menor, provavelmente por causa do desgaste a que o regime estava sendo submetido pela crise econômica que então se abatia sobre o Brasil.

Mas, contraditoriamente, a violência da repressão cometida pela batuta do governador José Geraldo Alckmin do PSDB é, para mim, um reconhecimento de que os tempos de mansidão e dispersão política são coisa do passado, o que amedronta as classes dirigentes que impõe enormes sacrifício ao conjunto da população brasileira.

Como toda essa violência não vai impedir novas manifestações, e elas já estão sendo marcadas pelo Movimento Passe Livre (MPL), o mais provável é que a PM volte a agredir, dar tiros e forjar flagrantes. No entanto, isso certamente ainda vai servir como combustível para mais revolta.

É, o ano de 2016 promete!