Truculência de Cabral e Paes revela apenas desespero

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A imprensa corporativa está noticiando, alguns veículos a contragosto, que todos os manifestantes presos foram liberados pela justiça.  Isto se deu a contragosto da dupla de governantes do PMDB, o (des) governador Sérgio Cabral e o (des) prefeito Eduardo Paes. A simples análise da lista de presos no último dia 15 de outubro (ironicamente o dia do Professor) mostra um arco-íris de condições profissionais e sociais, o que rebate a assertiva policial de que eles fariam parte de uma organização criminosa, uma quadrilha.

Mas tanto as prisões como os presos mostram, ainda que não pareça, um profundo desespero por parte dos dois (des) governantes do Rio de Janeiro. E ao contrário do que possa parecer,  o desespero não é causado por simples apego ao poder. Ao meu ver, e eu não sou o único a pensar assim, a explicação está nos contratos bilionários que estão sendo feitos para remodelar a cidade e o estado do Rio de Janeiro aos interesses de grandes corporações nacionais e multinacionais.

O problema para os dois (des) governantes é que eles esqueceram de combinar essa entregar com os cidadãos cariocas e fluminenses. E como já se viu que mesmo debaixo de bombas, tiros de borracha e agressões os revoltosos não estão sendo rendendo, a solução (desesperada quero frisar novamente) foi apelar para as prisões ilegais, as intimidações em ampla escala e o aumento da repressão. Tudo isto com o beneplácito da maioria da imprensa corporativa que também tem seus interesses no jogo bilionário que está em curso no Rio de Janeiro.

Finalmente, há que se lamentar, ainda que sem surpresa, o papel de coadjuvante de luxo do PT nesse verdadeiro “estado de exceção” que foi montado pelo PMDB para conter a indignação popular. Fora alguns dirigentes e uns poucos parlamentares, o PT está dando toda a cobertura para que Cabral e Paes tentem esmagar a revolta. Se depois disso tudo tivemos a volta do clã Garotinho ao poder no Palácio Guanabara, os petistas que não reclamem se continuarem sendo chamados de “partido da boquinha”.

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