Tentando evitar recuperação judicial, grupo de Eike contabiliza processos
Com a ação ajuizada pela empresa Techint Engenharia e Construções, do grupo ítalo-argentino Techint, sobe para 11 o número de processos contra a holding OSX Brasil e OSX Construção Naval, responsável pelo estaleiro no Complexo Portuário do Açu, localizado no V Distrito de São João da Barra, no Norte Fluminense, no período de um ano. Mas esse pode ser apenas a ponta de um enorme iceberg envolvendo o grupo de Eike Batista, o Porto do Açu e a Justiça.
O Jornal do Brasil publicou nos últimos meses uma série de reportagens com as denúncias feitas pelos pequenos agricultores de São João da Barra, apontando irregularidades no processo de desapropriação das áreas destinadas à construção do porto idealizado pelo empresário Eike Batista e executadas pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin). Um grupo de moradores também entrou com processo contra o grupo de Eike, pelos crimes de ameaça de morte e violência. O conteúdo das ações também faz um alerta que as atividades das empresas no porto estavam paralisando gradativamente, desde os primeiros anúncios de falência das empresas, e comprometendo o empreendimento na região.
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Na última terça-feira (5), a Techint ajuizou mais uma ação contra a OSX, na 28ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. Os contratos da empresa com a OSX são referentes a construção das plataformas do Porto do Açu para a OGX. Em julho, a Techint já havia rescindido o contrato assinado para a plataforma WHP-1 e solicitou a revisão dos termos para a construção da plataforma WHP-2, destinada ao campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, que ainda não está em produção. Nesta quarta-feira (6), a OSX propôs aos credores internacionais um acordo para eles ficarem de fora do processo de recuperação judicial, através de uma negociação paralela. No grupo de credores procurados por Eike esta semana, estão os bancos estrangeiros que participaram do financiamento dos projetos das plataformas.
