
Por Douglas Barreto da Mata
Seguindo nossas reflexões recentes sobre o PT de Campos, aqui (Aqui!) e (Aqui!), eis que emergiu uma dúvida. E se, em um cenário bem pouco provável, é verdade, houvesse um segundo turno entre o atual Prefeito Wladimir Garotinho, favorito à reeleição e a oposição da extrema-direita, representada na delegada candidata?
Como o PT orientaria seus eleitores, e mais, como se comportaria o partido neste improvável cenário? É uma pergunta importante, apesar da pouca chance de que ela venha a ser feita, pelos motivos que já declinamos, isto é, o amplo favoritismo do atual prefeito. No entanto, não é uma questão que deve ser desprezada para o day after tomorrow, ou, o dia depois de amanhã.
Encerradas as eleições, como se encaixa o PT de Campos dos Goytacazes neste futuro recente? Afinal, há contingentes históricos importantes se aproximando, como a necessidade de Lula ter um palanque forte no Estado, tudo indica com Eduardo Paes, além das demandas do partido em ampliar suas bancadas na Câmara Federal e no Senado. E aí?
A estratégia e as táticas da coordenação de campanha do “Professor Jefferson”, que parecem meio deslocadas da direção partidária e dos interesses de médio prazo do partido, a nível estadual e sim, no nível nacional também, parecem apontar para uma hostilidade flagrante contra o candidato que, hoje, se apresenta como centro-direita. Ao se unir com a extrema-direita campista, o PT de Campos indica que está sem rumo. Perdido.
Uma campanha acidentada, marcada pela estupidez de esperar alguém que não poderia ser candidata, e um candidato que parece desconhecer as reais chances que tem, que não são de vitória, mas sim de demarcar um campo progressista, estabelecendo as diferenças com a centro-direita representada no atual prefeito, porém, acima de tudo, execrando e isolando tudo o que significa a extrema-direita local.
A campanha atual me faz lembrar do ridículo : “Sou PT, voto Feijó”, uma passagem vergonhosa, onde, como de costume, para embarcar em um anti garotismo cego e tetraplégico, o partido se uniu ao que havia de pior no cenário local. Por estranha ironia, aquele que veiculava impropérios, foi cooptado.

Já os petistas de antanho, os “feijoadas”, defendem atualmente a linha de adesão ao esforço da Ku Klux Klan local. Burrice não é errar, burrice é cometer os mesmos erros e esperar resultados diferentes.