Impostos por danos climáticos precisam ser aplicados sobre as petroleiras operando no Brasil

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Em diferentes partes do mundo está ocorrendo um processo de mobilização para impor a cobrança de impostos climáticos sobre as operações petrolíferas. A razão para isso é simples: as empresas de petróleo operam como um poderoso cartel para continuar tendo a mão livre para liberar toneladas de gases estufa por segundo, enquanto o resto do planeta se encaminha para uma catástrofe climática sem precedentes na história humana.

Eu diria que no caso de países como o Brasil que hoje fornecem uma quantidade significativa de petróleo para alimentar a voracidade de lucros dos acionistas das empresas de petróleo, este tipo de imposto deveria ser uma pauta prioritária do movimento climático de esquerda.

Sabemos que o golpe parlamentar de 2016 teve vários objetivos e um deles foi remover qualquer ligação da exploração de combustíveis fósseis de uma pauta de desenvolvimento que agisse em prol da superação das desigualdades abissais que existem na sociedade brasileira. E esse objetivo foi plenamente alcançado, pois hoje o petróleo extraído da Camada Pré-Sal sai da profundeza oceânica praticamente de graça para as petroleiras.

Enquanto causam danos palpáveis aos ecossistemas naturais e à atmosfera da Terra, no Brasil as petroleiras, a Petrobras inclusa, têm uma vida fácil ao serem cobradas apenas a promoverem programas de “greenwashing” por meio dos quais simulam e dissimulam ter responsabilidades socioambientais, e isso com projetos para lá de baratos e sem efeitos permanentes sobre os ecossistemas naturais  e as populações que são atingidas pela instalação das estruturas necessárias para extrair, transportar e transformar o petróleo em produtos utilizáveis.

Temos que ter claro que cobrar o preço devido das petroleiras é uma responsabilidade política central, na medida em que só responsabilizando as petroleiras pelos danos que causam é que poderemos educar a maioria da população sobre a necessidade de nos movermos para uma sociedade pós-carbono.

Que as petroleiras comecem a pagar pelos danos que causam é a palavra de ordem do dia.

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