Colapso elétrico em SP revela falta de adaptação e explicita os efeitos drásticos da privatização

Um quarto da cidade sem luz, milhares sem água e voos cancelados: como foi  o dia de caos em São Paulo

A mídia corporativa está noticiando a situação insólita que está ocorrendo na maior cidade brasileira, São Paulo, e em toda a sua região metropolitana.  Sofrendo com a ocorrência de fortes ventos causados pelo ciclone extropical que assola a região litorânea desde o Rio Grande do Sul, a cidade convive com a óbvia falta de adaptação com as mudanças climáticas e que se combina com a lerdeza de ações da concessionária Enel, empresa  cujo principal acionista é o estado italiano. Aliás, a Enel está se mostrando mais uma vez incapaz de restabelecer serviços em mais de um milhão de residências, o que significa que 20% da cidade está às escuras.

Temos diante de nós um quadro que é uma espécie de antessala do que poderá acontecer com as principais brasileiras que ainda não iniciaram nenhum esforço real de adaptação climática e que tiveram os principais serviços públicos entregues à empresas privadas, muitas delas estatais estrangeiras, que só aparecem por aqui para retirar lucros fabulosos.

O fato é que ainda vivemos uma negação objetiva dos problemas causados tanto pelas mudanças climáticas, o que é agravado pelo afastamento do Estado de serviços públicos essenciais. E, pior, enquanto se mantém a aplicação de políticas neoliberais que impedem o financiamento das medidas de adaptação climática que se tornam cada vez mais urgentes e necessárias.

Há ainda que se enfatizar que são as regiões mais pobres das grandes cidades que vão sofrer os efeitos mais drásticos dos eventos meterológicos extremos e que ficam desprovidas de serviços básicos após a ocorrência dos mesmos.

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