RJ: aumentos em massa são o presente do (des) governo Pezão para 2017. Só que são para as concessionárias!

No dia 05 de Outubro comentei neste blog a situação das Barcas S/A que cobra tarifas altíssimas para o transporte de passageiros, enquanto é beneficiária da farra fiscal comandada pelo (des) governo Pezão (Aqui!). Aliás, nesta nessa mesma postagem notei que essa generosidade era extensiva a todas as empresas envolvidas no “transporte de passageiros com características de transporte urbano ou metropolitano“.

Pois bem, hoje o blog Conexão Servidor Público traz a informação de que a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro(Agetransp) “autorizou, com base nos contratos de concessão, reajustes anuais de tarifas para os serviços públicos de transportes aquaviário e ferroviário para o exercício 2017″ (Aqui!). Estes aumentos deverão valer a partir do dia 12 de Fevereito de 2017.

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Com isso o preço das passagens das barcas que fazem o transporte de passageiros entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói passará de R$ 5,60 para R$ 5,90. Já o valor das passagens de trens passará de R$ 3,70 para R$ 4,20.

E o incrível que quando se fala em remover as generosidades fiscais que isentam as empresas envolvidas do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a gritaria é total.

Enquanto isso o (des) governo Pezão já anunciou que só terá recursos financeiros para honrar 7 meses de salários dos servidores estaduais. Em outras palavras, para as corporações sobram aumentos de preços e generosidades fiscais. Já para os servidores públicos, sobra mesmo é muito desrespeito e humilhação.

A onipresente Odebrecht e a compra ilimitada de agentes públicos no Rio de Janeiro

O jornalista Lauro Jardim publicou hoje em seu blog no jornal O GLOBO que a Odebrecht (mais precisamente a Odebrecht Transport) teria comprado a boa vontade de dois diretores da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) por meros R$ 600 mil (Aqui!)

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Como se sabe a Odebrecht quem detém o controle acionário da SuperVia que opera a malha de ferroviária urbana de passageiros da região metropolitana do Rio de Janeiro e, por isso, o interesse em ter amigos cativos na Agetransp.

Aliás, quem ainda se lembra a SuperVia recebeu no dia 15 de Dezembro de 2015 um mimo do (des) governo Pezão que assumiu, com aprovação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro,  uma dívida de R$ 38,9 milhões que a empresa tinha com a Light (Aqui!)? É que  o projeto teve o aval, pasmemos todos, da Agetransp!  Daí que, convenhamos,  que os tais R$ 600 mil saíram muito baratos para a Odebrecht.

Enquanto isso,  a imensa maioria dos servidores e aposentados do Rio de Janeiro continuam sem saber sequer quando receberão os salários de Novembro/2016. Em outras palavras, o que saiu barato para a Odebrecht está saindo caro para os servidores e para a população mais pobre que depende dos seus serviços.

Manhã de caos no sistema de trens no Rio de Janeiro

A situação caótica do (des)governo de Sérgio Cabral está exposta mais uma vez na manhã desta 5a. feira com o apagão do serviço de trens que é prestado na região metropolitana pela empresa SuperVia. Nunca é demais lembrar que a SuperVia tem em seu quadro de advogados ninguém menos do que a esposa do (des) governador, a advogada Adriana Ancelmo.

Ainda que não seja nova, esta situação explicita os efeitos da privatização dos serviços de transporte público que no (des) governo Cabral foi acompanhada por uma proximidade perigosa entre interesses privados de governantes e empresas. A recente nomeação de pessoas ligadas às concessionárias para a “Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro” (AGETRANSP) foi apenas um capítulo a mais nessa novela de horror que se abate diariamente sobre os trabalhadores fluminenses.

Agora quem deve estar coçando a cabeça em desespero é o vice-governador Luiz Fernando, o Pezão, que vai assumir o (des) governo do Rio de Janeiro em meio às proximidades da Copa do Mundo, onde o total despreparo do sistema privatizado de transportes certamente ficará escancarado.