Seis em cada dez brasileiros esperam compromisso muito maior das empresas com questões ambientais

Novo levantamento do Boston Consulting Group também revela que para 93% dos brasileiros as questões ambientais são iguais ou mais preocupantes que as questões de saúde

desmatamento32% da área desmatada na Amazônia está localizada no Pará. Crédito: Mayke Toscano/Gcom-MT

São Paulo, 16 de julho de 2020 – Seis em cada dez brasileiros esperam iniciativas muito mais consistentes das empresas para proteger o meio ambiente. O índice é o maior entre os oito países participantes da pesquisa BCG Survey on COVID 19 and Environment, realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) com mais de 3 mil pessoas na China, nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Índia, Indonésia e África do Sul. Os brasileiros são também os mais engajados. Para 93%, as questões ambientais são iguais ou mais preocupantes que as questões de saúde. Na média dos países analisados, esse índice é de 76%.

Para Jorge Hargrave, diretor do BCG e especialista no tópico de mudanças climáticas, as empresas precisam acompanhar as mudanças de comportamento do consumidor e aplicar medidas que vão ao encontro dessa tendência. “O consumidor tem, mais do que nunca, o poder de exigir das empresas a adoção de práticas mais sustentáveis. As empresas que atenderem a essa demanda com mais rapidez terão mais chances de se destacar no curto e no médio prazos”, afirma o executivo.

O estudo também revela aumento da preocupação com questões ambientais no cenário da pandemia. Em âmbito global, 70% dos entrevistados estão mais conscientes sobre os impactos e as ameaças provocadas pela degradação ambiental aos seres humanos, em comparação ao período pré-crise de coronavírus. O levantamento ainda indica que a população brasileira está quase tão preocupada com a poluição quanto com questões de saúde, com 80% extremamente receosos com doenças infecciosas, ao mesmo tempo em que 72% têm o mesmo sentimento em relação à poluição atmosférica.

No que se refere ao combate à pandemia, as respostas dos profissionais de saúde, de organizações não governamentais e das agências globais de saúde são classificadas de maneira mais favorável do que a de governos e empresas. Profissionais de saúde tiveram sua atuação classificada por 83% dos entrevistados como boa ou ótima, ao passo que para as grandes empresas o índice de aprovação ficou em 45%.

De acordo com Jorge Hargrave, a adoção de práticas mais sustentáveis foi uma das tendências aceleradas pela pandemia. “O cuidado com o meio ambiente também é observado na esfera individual. Além de esperar um compromisso maior das empresas com questões ambientais, as pessoas também revelaram uma preocupação maior em agregar mais práticas sustentáveis no dia a dia”, afirma. Segundo a pesquisa, aproximadamente 40% dos entrevistados globalmente pretendem incorporar condutas sustentáveis na rotina, enquanto um terço dos entrevistados já realizam essas ações regularmente. Por fim, para 54% a recuperação econômica e a abordagem das questões ambientais devem ser igualmente priorizadas.

Outra pesquisa recentemente publicada pelo BCG revela que empresas podem incorporar práticas ambientais e reduzir suas emissões a um baixo custo ou até mesmo gerando economia. “Nossa experiência global em projetos indica que empresas intensivas em energia podem reduzir em até 40% suas emissões, gerando retorno financeiro positivo. Além de reduzir custos ao adotar essas medidas, as empresas investirão em diferenciais competitivos”, conclui Jorge.

Sobre o Boston Consulting Group

O Boston Consulting Group atua em parceria com lideranças empresariais e sociais, ajudando-as a enfrentar os mais importantes desafios e capturar as melhores oportunidades. O BCG foi pioneiro em estratégia de negócios quando foi fundado, em 1963. Hoje, ajudamos nossos clientes com total transformação, inspirando mudanças complexas, permitindo o crescimento das organizações, construindo vantagem competitiva e gerando resultados de impacto.

Para ser bem-sucedidas, as organizações precisam combinar recursos digitais e humanos. Nossas equipes globais são pautadas pela diversidade e têm profundo conhecimento técnico-funcional em diferentes indústrias, além de múltiplas perspectivas que estimulam a mudança. O BCG ajuda a solucionar desafios por meio da prestação de serviços de consultoria estratégica de ponta, aliada à tecnologia, design, corporate e digital ventures – além de propósito de negócios. Trabalhamos com um modelo colaborativo único que gera resultados e permite a nossos clientes prosperar. Para mais informações, acesse http://www.bcg.com

Mensagem aos leitores e colaboradores: alegria para lutar, organização para vencer!

luchar alegria

Encerro mais um ano com a certeza de que a construção desse blog tem servido para expressar ideias e fatos que tendem a ser omitidos pela mídia corporativa.  Essa construção em vários momentos só foi possível com colaboradores anônimos ou identificados que enviaram sugestões e textos próprios para enriquecer a cobertura do “Blog do Pedlowski”.

Dentre as muitas incertezas que cercam os brasileiros que como eu não concordam com a direção em que o Brasil será colocado a partir de amanhã, uma certeza é de que buscarei manter o blog como um canal que busca informação crítica sobre ciência, sociedade e ambiente.

Dentre as minhas expertises acadêmicas, ciência e ambiente certamente continuarão sendo fundamentais para separarmos ideologia de fatos.  Para continuar a fazer isso com a devida qualidade, continuarei contando com a colaboração de todos que desejarem que esse tipo de abordagem possa se manter.

O objetivo central deste blog continuará sendo oferecer informação de qualidade que seja útil paraa organização das pessoas dispostas a lutar por um Brasil que seja efetivamente democrático e com suas riquezas sendo usadas para servir à imensa maioria do nosso povo que continua vivendo imerso em completa pobreza.

No mais, sorte e saúde a todos e, de quebra, melhores regras de segurança pessoal. Com isso, que venha 2019.

E, sim, muita alegria para lutar e muita organização para vencer!

Professor Paulo Artaxo realiza colóquio “ao vivo” e online sobre o Antropoceno

O Antropoceno: Aspectos científicos de uma nova era geológica

Palestrante: Prof. Dr. Paulo Eduardo Artaxo Netto, IFUSP

Dia: 09 de março de 2017, às 16h, Auditório Abrahão de Moraes

Resumo da palestra:
 
A Humanidade alterou profundamente vários processos críticos que regulam o funcionamento climático de nosso planeta. As alterações no albedo da superfície e na composição da atmosfera impactaram o balanço radiativo da Terra, e estamos em rota de aquecimento com importantes impactos socioeconômicos e ambientais. O aumento da frequência de eventos climáticos extremos, aumento do nível dos oceanos, alteração dos padrões de precipitação estão entre os principais efeitos. Entre as medidas necessárias, a redução do consumo, geração de energia por meio de processos que não emitam gases de efeito estufa, e a implementação de uma economia de baixas emissões de carbono estão entre as medidas necessárias. A ativa área da ciência das mudanças climáticas globais requer intenso trabalho interdisciplinar, e novas abordagens entre as diferentes disciplinas.
 
Palavras-chave: Mudanças climáticas, meio ambiente, antropoceno 
 
Sobre o palestrante:
 

O Prof. Artaxo fez a graduação (1977), o mestrado (1980) e o Doutorado (1985) no IFUSP. Atualmente é professor titular do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da USP. Trabalha com física aplicada a problemas ambientais, atuando principalmente nas questões de mudanças climáticas globais, meio ambiente na Amazônia, física de aerossóis atmosféricos e poluição do ar urbana. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências dos países em desenvolvimento (TWAS) e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Em 2004 recebeu um voto de aplauso do Senado Brasileiro pelo trabalho científico em meio ambiente na Amazônia. É membro da equipe do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) que foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz de 2007. Em 2007 recebeu o prêmio de Ciências da Terra da TWAS e o Prêmio Dorothy Stang de Ciências e Humanidades de 2007. Em 2009 foi agraciado com o título de Doutor em Filosofia Honoris Causa pela Universidade de Estocolmo, Suécia. Em 2010 recebeu o prêmio Fissan-Pui-TSI da International Aerosol Research Associations. Também recebeu em 2010 a Ordem do Mérito Científico Nacional, na qualidade de comendador. Em 2016 recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto outorgado pelo CNPq, Marinha, MCTI e Fundação Conrad Wessel.

 

FONTE: http://portal.if.usp.br/ifusp/pt-br/evento/col%C3%B3quio-com-o-prof-paulo-artaxo-ifusp

 

Defensoria Pública realiza audiência pública sobre os riscos dos agrotóxicos em São Paulo

Nos próximos dias 29 e 30 de Agosto, a Ouvidoria Geral da Defensoria Pública Pública de São Paulo realizará uma audiência pública para discutir os riscos da exposição a agrotóxicos  sobre a saúde humana e  o ambiente.

Essa é uma atividade de especial importância, não apenas porque São Paulo é um dos líderes nacionais no consumo destas substâncias, mas como também passamos por um processo de pressão para facilitar ainda mais o uso de agrotóxicos no território brasileiro, inclusive para produtos banidos em outras partes do  mundo.

Para maiores detalhes sobre como a audiência irá funcionar, basta clicar (Aqui!)

Abaixo o cartaz com a programação completa e ifnormações sobre local onde o evento ocorrerá.

agrotoxicos

Uma mistura fatídica: agrotóxicos e transgênicos!

Ao contrário do prometido, transgênicos trouxeram aumento do uso de agrotóxicos

Da esquerda para a direita, Paulo Brack, Marijane Lisboa e Leonardo Melgarejo: Além dos problemas de contaminação, advertiram pesquisadores, há vários outros que não são do conhecimento da sociedade. Entre eles, está o fenômeno do aumento da resistência de certas bactérias a antibióticos e o surgimento de novas pragas, o que leva ao desenvolvimento de novos tipo de transgênicos. (Divulgação)

Da esquerda para a direita, Paulo Brack, Marijane Lisboa e Leonardo Melgarejo: Além dos problemas de contaminação, advertiram pesquisadores, há vários outros que não são do conhecimento da sociedade. Entre eles, está o fenômeno do aumento da resistência de certas bactérias a antibióticos e o surgimento de novas pragas, o que leva ao desenvolvimento de novos tipo de transgênicos. (Divulgação)

Marco Weissheimer

Quando iniciou o debate sobre a utilização de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) na agricultura, uma das principais promessas feitas por seus defensores era que o cultivo de transgênicos, entre outros benefícios, traria uma diminuição do uso de agrotóxicos, em função do desenvolvimento de plantas resistentes a pragas. Passadas cerca de duas décadas, o que se viu no Brasil foi exatamente o contrário. A crescente liberação do plantio de variedades transgênicas de soja, milho e outros cultivos trouxe não uma diminuição, mas um aumento da utilização de agrotóxicos. Mais grave ainda: vem provocando o surgimento de novas pragas mais resistentes aos venenos, que demandam o desenvolvimento de novos venenos, numa espiral que parece não ter fim e que vem sendo construída sem os estudos de impacto ambiental necessários.

Esse foi um dos alertas feitos no painel “10 anos da Lei de Biossegurança e os Transgênicos no Brasil”, realizado terça-feira (24) à noite, no auditório da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Promovido pela Agapan, InGá Estudos Ambientais, Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente (MoGDeMA) e GVC – Projeto de Extensão da Biologia da UFRGS, o encontro, além de atualizar a situação da Lei de Biossegurança e da transgenia no Brasil, prestou uma homenagem à pesquisadora Magda Zanoni, recentemente falecida, que foi uma das principais pesquisadoras no campo da reforma agrária e da agricultura familiar no país, e uma crítica do uso de organismos transgênicos na agricultura como uma solução para os problemas da alimentação no mundo.

Situação da Biossegurança no país piorou, diz pesquisadora

O painel reuniu a doutora em Ciências Sociais, Marijane Lisboa, professora da PUC-SP, e o engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, integrante da Agapan. Marijane Lisboa fez um balanço dos dez anos da Lei de Biossegurança, lembrando que essa é, na verdade, a segunda legislação sobre esse tema no Brasil. A primeira lei, de 1995, assinalou, era melhor que a atual pois tinha uma regra que submetia as decisões da Coordenação-Geral da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) ao parecer de órgãos ambientais e da área da saúde. “Essa cláusula permitiu, por exemplo, ingressarmos na justiça contra a liberação da primeira variedade de soja transgênica no Brasil. Isso, ao menos, atrasou a liberação dos transgênicos no país”, assinalou a pesquisadora. Mas essa lei tinha uma desvantagem em relação à atual: durante a sua vigência, as reuniões da CTNBio eram fechadas para a sociedade.

Leia mais: Dossiê denuncia impacto do uso de agrotóxicos no Rio Grande do Sul

O atraso na liberação das primeiras variedades transgênicas não impediu, porém que elas começassem a ser plantadas de forma ilegal no país. O Rio Grande do Sul foi um Estado pioneiro nessa ilegalidade, com o plantio da chamada soja Maradona, contrabandeada da Argentina. Marijane Lisboa trabalhou no Ministério do Meio Ambiente, quando Marina Silva, era ministra, e vivenciou diretamente todo o lobby da indústria dos transgênicos e de seus braços parlamentares para a liberação do plantio. “A pressão política foi muito forte e a soja transgênica acabou sendo liberada, no governo Lula, por Medida Provisória. Quando o governo enviou a MP para o Congresso, a bancada ruralista anunciou que pretendia fazer uma emenda para ampliar a liberação e torná-la permanente. Seguiu-se uma negociação que acabou dando origem à nova Lei de Biossegurança”, relatou.

“Para construir uma ponte, precisa estudo de impacto ambiental. Para liberar transgênico, não”

Uma das principais disputas travadas na época se deu em torno da vinculação ou não dos pareceres da CTNBio à avaliação dos órgãos ambientais. “Nós defendíamos essa vinculação, mas, infelizmente, o então ministro Aldo Rebelo decidiu pela posição contrária. O que os cientistas decidissem na CTNBio seria a palavra final, o que deu origem à uma lei muito pior que a anterior. “Não é possível que, para construir uma ponte, seja preciso ter um estudo de impacto ambiental, e para liberar um produto transgênico para o consumo humano não exista a mesma exigência”, criticou a professora da PUC-SP. “Hoje”, acrescentou, “os integrantes da CTNBio são escolhidos diretamente pelo ministro da Ciência e Tecnologia. Nós temos cinco representantes da sociedade civil, mas eles devem ser doutores e representam uma posição minoritária. Os lobistas da indústria dos transgênicos assistem às reuniões para ver como os cientistas estão se comportando. Essa é a CTNBio hoje. Ela foi sendo adaptada para liberar tudo”.

Na mesma direção, Leonardo Melgarejo criticou o atual modo de funcionamento da CTNBio, observando que os integrantes da comissão aprovam a liberação de transgênicos com base em uma bibliografia totalmente favorável a essa posição, composta em sua maioria por artigos não publicados em revistas indexadas. Para enfrentar essa situação, um grupo de pesquisadores está preparando um livro com 700 artigos de cientistas que fazem um contraponto a esse suposto consenso favorável à liberação do plantio e consumo dos transgênicos. Esse livro incluirá artigos publicados já nos primeiros meses de 2015 que contestam esse suposto consenso. Um deles,“No scientific consensus on GMO safety”, de autoria de um grupo de cientistas da European Network of Scientists for Social and Environmental Responsibility, denuncia a fragilidade de evidências científicas para sustentar tal consenso.

“Hoje, não dá para dissociar agrotóxicos de transgênicos”

Melgarejo chamou a atenção para o fato de que não é possível, hoje, dissociar agrotóxicos de transgênicos. “Quando alguém sente cheiro de veneno já está sendo envenenado”, resumiu. Além dos problemas de contaminação, advertiu, há vários outros que não são do conhecimento da sociedade. Entre eles, está o fenômeno do aumento da resistência de certas bactérias a antibióticos e o surgimento de novas pragas, o que leva ao desenvolvimento de novos tipo de transgênicos. A França, relatou ainda o engenheiro agrônomo, proibiu ontem (23) o cultivo do milho geneticamente modificado MON 810. Melgarejo advertiu também para os riscos da aprovação no Brasil do agrotóxico 2,4 D, muito mais tóxico que o glifosato, e do projeto de lei do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), propondo o fim da rotulagem dos transgênicos.

O biólogo Paulo Brack, do InGá Estudos Ambientais, também criticou o modo de funcionamento atual da Comissão Nacional de Biossegurança. “A situação da CTNBio passou dos limites. Não há espaço para debate científico nas reuniões, as cartas já estão marcadas. A maioria dos integrantes da CTNBio tem vínculos com empresas”. Para Brack, a agricultura convencional hoje se tornou disfuncional pois não respeita princípios ecológicos básicos. “A lógica é aumentar o consumo dos agrotóxicos”, assinalou o biólogo, que apresentou um gráfico que atesta esse crescimento.

Em 2005, quando foi a aprovada a Lei de Biossegurança  11.105, que impulsionou a liberação de transgênicos no país, o consumo de agrotóxicos no Brasil estava na casa dos 700 milhões de litros/ano. Em 2011, seis anos apenas depois, já estava na casa dos 853 milhões de litros/ano. Em 2005, quando foi a aprovada a Lei de Biossegurança 11.105, que impulsionou a liberação de transgênicos no país, o consumo de agrotóxicos no Brasil estava na casa dos 700 milhões de litros/ano. Em 2011, seis anos apenas depois, já estava na casa dos 853 milhões de litros/ano.

Em 2005, quando foi a aprovada a Lei de Biossegurança 11.105, que impulsionou a liberação de transgênicos no país, o consumo de agrotóxicos no Brasil estava na casa dos 700 milhões de litros/ano. Em 2011, seis anos apenas depois, já estava na casa dos 853 milhões de litros/ano. Em 2013, as estimativas apontam para um consumo superior a um bilhão de litros/ano, uma cota per capita de aproximadamente 5 litros por habitante. O Brasil consome hoje pelo menos 14 agrotóxicos que são proibidos em outros países do mundo.

FONTE: http://www.sul21.com.br/jornal/ao-contrario-do-prometido-transgenicos-trouxeram-aumento-do-uso-de-agrotoxicos/

Troféu Pepino Ambiental vai para Dilma, Marina ou Aécio?

Determinadas acusações que os candidatos favoritos da mídia corporativa trocam entre si são belos exemplos do “roto falando do esfarrapado”.  Essa semana Dilma Rousseff acusou Marina Silva de ter sido culpada pelo atraso na construção das hidrelétricas no Rio Madeira em Rondônia. Marina Silva, por seu lado, retrucou dizendo que na gestão dela os licenciamentos foram acelerados, e que ela teria feito uma limpa nas gavetas dos pedidos atrasados de licenciamento para a construção de hidrelétricas, inaugurando o que eu chamei de licenciamento ambiental “Fast Food”. 

Já Aécio Neves, que aparentemente não tinha nada a ver com a briga das duas candidatas, pode se vangloriar de ter transformado o estado de Minas Gerais num verdadeiro queijo suiço, onde abundam tantas minas e buracos com os resultados que acabamos de ver em Itabirito.

Enfim, em termos de licenciamento ambiental, esses três se igualam de tal maneira que qualquer indicação para o prêmio Pepino Ambiental será uma decisão duríssima.