Ambientes faz chamada para contribuições ao dossiê “Povos indígenas e território”

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O Volume 5, Número 2 de AMBIENTES terá um Dossiê sobre “Povos indígenas e território”.

A publicação está prevista para dezembro de 2023.

As submissões devem ocorrer até 10 de setembro de 2023.

Dossiê sobre “Povos indígenas e território”

A questão indígena vem ganhando notoriedade em escala mundial na articulação entre luta pelos territórios ancestrais e enfrentamento das crises ambiental e civilizatória de nosso tempo. Não é mais possível falarmos de alterações climáticas, eventos extremos, proteção de corpos hídricos e preservação da geobiodiversidade sem mencionar o fundamental papel que os povos originários desempenham. A Ecologia Política, desde sua constituição enquanto campo acadêmico-político, demonstra significativo diálogo de saberes entre os científico-acadêmicos e os ancestrais, notadamente aqueles oriundos das matrizes de racionalidade indígenas. A Geografia Ambiental, por sua vez, encontra no estudo (e nas propostas de ação advindas da pesquisa) dos povos indígenas e de seus territórios frutífera interface para a constituição de objetos híbridos.

Ambientes, através do dossiê Povos Indígenas e Território, convida para a reflexão sobre os povos originários através de seus territórios e ambientes, o sentido de ancestralidade territorial e a indissociabilidade sociedade-natureza, as diversas ameaças e ofensivas que os territórios indígenas vêm sofrendo por parte do Estado e dos agentes do capital, e as resistências (e proposições de existência) nos processos de luta. Chamamos para o debate a respeito de experiências em Pindorama / Brasil ou em outros espaços de Abya Yala / América, das potencialidades e limites de áreas protegidas como Reservas Extrativistas, Florestas Nacionais e Terras Indígenas, de práticas espaciais indígenas como autodemarcações, retomadas, acampamentos e construção de redes transnacionais, das intersecções entre classe, raça e gênero (racismo ambiental, feminismos indígenas…), da cosmologia e dos encantados dando sentido e corpo à relação humana com a natureza não-humana, entre vários outros assuntos sobre povos indígenas e território.

Além de artigos científicos, serão muito bem-vindos resenhas, entrevistas e relatos de luta.

Para maiores informações sobre como enviar submissões para a  Ambientes, basta clicar [Aqui!].

Em nova edição, revista Ambientes aborda o envenenamento de alimentos por agrotóxicos e outros aspectos da crise ambiental brasileira

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Ambiente: Revista de Geografia e Ecologia Política teve origem na constituição da Rede de Pesquisadores em Geografia (Socio)Ambiental — RP-G(S)A —, composta por docentes de diversas instituições brasileiras de ensino superior.  A partir de uma preocupação em valorizar os estudos de cunho ambiental, integrando conhecimentos sobre a natureza e a sociedade, a RP-G(S)A tem como foco a Geografia Ambiental, entendendo-se “ambiente” de maneira ampla: sem reduzir o conceito ao ambiente natural ou “meio ambiente”. Além disso, há um esforço para oferecer uma contribuição ao campo interdisciplinar da Ecologia Política.

Pois bem,  a Ambientes acaba de lançar sua mais nova edição, sendo composta com oito artigos, uma resenha e uma entrevista. O conteúdo da edição foi cuidadosamente apresentado no editorial intitulado “Guerra, violência e destruição” que é assinado pelo editor chefe da Ambientes, o professor do Centro de Ciências Humanas da UNIOESTE de Francisco Beltrão (PR), Luciano Zanetti Pessôa Candiotto. Logo no parágrafo de abertura, o editorial aponta que a nova edição da Ambientes aborda elementos fundamentais para que se possa entender a relação entre o processo de desregulamentação em curso no Brasil, os impactos que já estão sendo documentados sobre ecossistemas naturais e as populacionais que historicamente os usam para sua reprodução social.

Um dos artigos que deverá interessar aos leitores deste blog é de autoria da professora Shaiane Carla Gaboardi do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Catarinense, Campus Ibirama/SC, pois o mesmo aborda um tema que considero altamente relevante que é a contaminação de alimentos por resíduos de agrotóxicos usados em profusão no Brasil. O artigo traz uma série de reflexões sobre os desafios e os avanços no que se refere ao monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos no Brasil, por meio dos relatórios do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), disponibilizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O artigo traz os resultados das análises feitas em todo os relatórios disponíveis  do PARA produzidos entre 2001 a 2018), mostrando que  que, em média, 63% dos alimentos consumidos pelos brasileiros possuem algum tipo de resíduo de agrotóxicos. Além disso,  os agrotóxicos mais detectados ao longo dos anos no PARA, como o carbendazim, o clorpirifós e o acefato, são de uso proibido na União Europeia, sendo que os Limites Máximos de Resíduos estabelecidos no Brasil possuem diferenças abissais se comparados aos países da Europa.  

mapa agrotóxicos

Mas quem desejar acessar a íntegra desta edição da Ambientes, podem acessar os links a seguir:

Revista:
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Revista Ambientes lança dossiê sobre neoextrativismo e seus impactos sociais e ambientais

ambientes 2021

Em seu último número de 2021, a revista “Ambientes: revista de Geografia e Ecologia Política” lança um dossiê de extrema importância para o entendimento das transformação de espaços territoriais anteriormente ocupados e mantidos protegidos do avanço da exploração econômica predatória, especialmente do tipo causado pela mineração.

A gama de artigos envolve uma análise multifacetada acerca dos efeitos estratégicos da dominância do neoextrativismo no modelo econômico, envolvendo a análise de casos específicos, processos de resistência, e dos diferentes mecanismos de controle social e das resistências que ocorrem a eles.

Quem desejar acessar, todos os artigos que compõe o dossiê sobre neoextrativismo, basta clicar [Aqui!].