Wall Street Journal faz matéria sobre operação da PF no Banco Itaú

A mídia corporativa brasileira está dando hoje uma cobertura bem tímida sobre ações da Polícia Federal no Banco Itaú como parte da chamada Operação Zelotes que envolvem operações realizadas que foram realizadas pelo Bank of Boston que foi adquirido pelo maior banco brasileiro em 2006. O curioso é notar que nessa operação foram emitidos 34 mandados que atingiram funcionários do Banco Itaú em pelo menos 3 estados (São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco), sendo que 13 são de condução coercitiva.

Mas é na cobertura da mídia internacional a notícia apareceu como uma bomba, e coisas mais apetitosas apareceram fora do Brasil. Um exemplo disso é a matéria publicada pelo Wall Street Journal de autoria do jornalista Paul Kiernan que menciona o fato que o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi empregado do Bank of Boston por exatos 26 anos (Aqui!).

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Será que sou o único a estranhar a omissão à ligação de Henrique Meirelles com o Bank of Boston e, consequentemente, com o Banco Itaú? Não custa lembrar que os donos do Banco Itaú estiverem entre os principais apoiadores do golpe de estado “light” contra Dilma Rousseff. Desta forma, não há como não apontar para essa conveniente ligação entre o maior banco brasileiro e o ministro da Fazenda do governo “de facto” de Michel Temer.

República Federativa do Banco Itaú

NOVA BANDEIRA

COM ILAN GOLDFAJN, MAIS UMA VEZ, O BANCO CENTRAL VAI PARA MÃOS DO MERCADO FINANCEIRO

Por Auditória Cidadã da Dívida

Separamos aqui algumas das características e um pouco do histórico noticiado pela grande imprensa sobre Ilan Goldfajn, o indicado de Meirelles para o cargo de presidente do Banco Central do Brasil.

Era economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco.

Já foi diretor de Política Econômica do próprio BC no mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso e no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2000 e 2003.

Já atuou em organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Foi diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa da Casa das Garças, ligado ao PSDB, entre 2006 e 2009, foi sócio-fundador da Ciano Consultoria (2008 e 2009), sócio-fundador e gestor da Ciano Investimentos (2007-2008) e sócio da Gávea Investimentos (2003-2006), de Armínio Fraga, onde foi responsável pelas áreas de pesquisas macroeconômicas e análise de risco.

Para arrematar: “Respeitado pelo mercado e pelo setor empresarial, é considerado um economista com uma visão conservadora, que não se furta a subir os juros quando necessário”.

Perguntas de 1 milhão de reais:

Que instituição lucrou R$ 23,35 bilhões (oficialmente) no último ano, superando em 15,4% o lucro do ano anterior e obtendo o MAIOR LUCRO DA HISTÓRIA DE UM BANCO EM UM ANO, enquanto estávamos em plena crise financeira e com o PIB do país decrescendo?

E quem é que mais lucra com o aumento da dívida pública que nós pagamos

FONTE: https://www.facebook.com/auditoriacidada.pagina/photos/a.568059073252337.1073741829.179192175472364/1100360586688847/?type=3&theater

 

 

A compreensão que pede aos servidores lhes é negada pelos bancos

Em meio a atrasos salariais e ameaças de cassação de direitos trabalhistas, os servidores do Rio de Janeiro estão tentando obter dos bancos com os quais possuem dívidas a mesma compreensão que lhes é solicitada pelo (des) governador Luiz Fernando Pezão.

Abaixo segue, como forma de ilustração, a resposta que uma servidora pública obteve do Banco Itaú quando foi tentar obter um pouco de compreensão em face do atraso do seu salário que impede, entre outras coisas, que ela possa pagar uma dívida contraída com essa instituição financeira.

Como se vê, ao contrário de suas astronômicas taxas de juros, quando se trata de compreender a situação dos servidores com salários atrasados, a taxa de compreensão do Banco Itaú, e de outras bancos é preciso dizer, é Zero!

E depois que Pezão e o seu saltitante secretário de Fazenda, Júlio Bueno, não acabarem tendo em seu colo pedidos de prisão ou, ainda, de impeachment. A ver!