Paraná: caiu o secretário de segurança que comandou o massacre do dia 29 de abril

Urgente: Francischini pede demissão da Secretaria de Segurança do Paraná

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O deputado federal licenciado Fernando Francischini (SDD) chegará daqui a pouco, ao meio dia, no Palácio Iguaçu com um objetivo: entregar o cargo de secretário da Segurança Pública.

Batman não resistiu ao tiroteio com o comando da Polícia Militar, após acusações mútuas, de quem seria o responsável pelo massacre de professores no último dia 29 de abril.

Com a saída de Francischini e seu retorno à Câmara Federal, em Brasília, quem também dança é o suplente de deputado Osmar Bertoldi (DEM) — que volta desempregado a Curitiba.

O novo secretário da Segurança o delegado da Polícia Federal Wagner Mesquista de Oliveira.

FONTE: http://www.esmaelmorais.com.br/2015/05/urgente-francischini-pede-demissao-da-secretaria-de-seguranca-do-parana/

Em carta inédita, coronéis acusam Francischini de participar do planejamento do massacre de professores no Paraná

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Uma carta assinada pelo ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel César Kogut, acusa o ex-secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, de participar das diversas fases do planejamento da operação que resultou no massacre dos professores no último dia 29 de abril. O documento enviado ao governador Beto Richa (PSDB), no início desta tarde (6), foi subscrito por todos os coronéis da instituição sequicentenária.

É a primeira vez na história que o alto comando da PM se rebela contra um integrante da Secretaria da Segurança Pública. O coronelato informa que só responderão ao próprio governador Beto Richa, pois já não consideram mais Francischini como titular da pasta.

Embora não haja formalização ainda, Kogut e Francischini são considerados como “ex-integrantes” do governo tucano.

“O secretário foi informado dos possíveis desdobramentos… tendo o senhor secretário participado de diversas fases do planejamento, bem como é importante ressaltar que no desenrolar dos fatos o senhor secretário da Segurança Pública era informado dos desdobramentos”, diz um trecho da carta.

No último dia 23 de abril, o leitor do Blog do Esmael soube que Francischini e o comando da PM estiveram reunidos “secretamente” com o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), detalhando a operação repressiva aos manifestantes contrários ao confisco da poupança previdenciária (clique aqui).

Na segunda-feira (4), Francischini responsabilizou o coronel da PM, durante coletiva dada à imprensa, pelo massacre de professores na quarta-feira passada. A entrevista ampliou a crise política e na segurança pública.

A seguir, leia a íntegra do documento:

CARTA AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ

O Comando da Polícia Militar do Paraná, instituição sesquicentenária que labuta diariamente em prol da segurança pública do Estado do Paraná, cumprindo incansavelmente a sua missão constitucional, vem perante Vossa Excelência manifestar o seu repúdio às declarações atribuídas pela Imprensa ao Secretário de Estado da Segurança Pública, em data de 04 de maio de 2015 – e até agora não desmentidas – as quais atribuem única e tão somente à PMPR a responsabilidade pelos fatos ocorrido em 29 de abril de 2015, quando da manifestação dos professores, pelos fundamento abaixo delineados.

a) A Polícia Militar do Paraná esteve presente no dia 29 de Abril de 2015, cumprindo o seu papel constitucional de preservação da ordem pública, no intuito de garantir a ordem pública e impedir uma possível invasão à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, em atendimento ao interdito proibitório expedido pela Justiça paranaense, devidamente comandada, com planejamento prévio e ciente dos desdobramentos que poderia advir.

b) Que o Senhor Secretário de Segurança Pública foi alertado inúmeras vezes pelo comando da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos durante a ação e que mesmo sendo utilizadas as técnicas internacionalmente reconhecidas como as indicadas para a situação, pessoas poderiam sofrer ferimentos, como realmente ocorreu, tendo sido vítimas manifestantes e policiais militares empregados na operação.

c) Que imediatamente após os fatos foi determinada a abertura de Inquérito Policial Militar para a apuração dos possíveis excessos, no sentido de serem responsabilizados todos os que tenham dado causa aos mesmos.

d O que não se pode admitir em respeito à tradição da Polícia Militar do Paraná, seus Oficiais e Praças, que seja atribuída a tão nobre corporação a pecha de irresponsável ou leviana, por não ter sido realizado um planejamento, ou mesmo que tenha sido negligente durante a operação, pois todas as ações foram tomadas seguindo o Plano de Operações elaborado, o qual foi aprovado pelo escalão superior da SESP, tendo inclusive o Senhor Secretário participado de diversas fases do planejamento, bem como é importante ressaltar que no desenrolar dos fatos o Senhor Secretário de Segurança Pública era informado dos desdobramentos.

e) O Comando e os demais integrantes da Corporação deixam claro a Vossa Excelência que nunca deixarão de cumprir o seu juramento desempenhar com honra, lealdade e sacrifício de sua própria vida, as suas obrigações, na defesa da Pátria, do Estado, da Constituição e das Leis.

Curitiba, R, 5 de Maio de 2015.

Cel. QOPM Cesar Vinícius Kogut,

Comandante-Geral da PMPR

FONTE: http://www.esmaelmorais.com.br/2015/05/em-carta-inedita-coroneis-acusam-francischini-de-participar-do-planejamento-do-massacre-de-professores-no-parana/

Campos opostos: reitoria da UENF vive pedindo a benção de Pezão, já a da UEPG defende exoneração de secretário e o direito de greve

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Nem toda reitoria de universidade pública se ajoelha aos ditames dos governos estaduais. Essa é a lição que se pode tirar da nota abaixo aprovado pelo Conselho de Administração da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que se localiza na região dos Campos Gerais do Paraná.  Como os leitores deste blog poderão notar, a nota é direta e reta: repudia a violência cometida contra os professores pelo governo tucano de Beto Richa, pede a exoneração do secretário estadual de Segurança Pública que comandou o brutal ataque contra os servidores públicos, e defende o direito de greve dos servidores da instituição.

Esse tipo de postura, lamentavelmente, não é a que se observa na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) onde a tônica é obedecer as ordens e aplicar o arrocho contra professores e estudantes. E, como observei ontem, ainda usar de subterfúgios para assimilar outras unidades para as quais a UENF não possui hoje orçamento para manter em funcionamento.

Por essas e outras é que a reitoria da UEPG merece muitos aplausos, e a da UENF, uma imensa e sonora vaia.

NOTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

por Assessoria de Imprensa

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No uso de suas atribuições, em reunião realizada em 4 de maio de 2015, presidida pelo reitor Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, o Conselho de Administração da Universidade Estadual de Ponta Grossa, por unanimidade, decidiu:

– Referendar a Nota da Reitoria publicada em 29 de abril no portal da instituição (www.uepg.br), na qual, em nome da comunidade universitária e expressando o sentimento de pesar de alunos, professores e agentes pelos lamentáveis fatos ocorridos em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, naquela data, manifesta o seu repúdio pelo uso da força desproporcional e totalmente descabida contra os servidores públicos paranaenses no seu direito democrático de manifestação.

– Deliberar que a administração da UEPG não deverá adotar nenhuma medida administrativa e restritiva que possa prejudicar os servidores desta Universidade, quer tenham participado ou não das paralisações e greves da categoria.

– Aprovar o envio de ofício ao Governo do Estado solicitando a exoneração do secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Francischini, que, no entendimento deste Conselho, devido aos fatos ocorridos em 29 de abril de 2015, não reúne mais condições de permanência no cargo.

Conselho de Administração 

FONTE: http://portal.uepg.br/noticias.php?id=7491

Fora Beto Richa: (des) governador tucano conseguiu o impensável e uniu as torcidas do Coritiba e do Atlético Paranaense num só grito

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Para quem acha que as coisas ficaram mais fáceis para o (des) governador tucano Beto Richa depois que ele mandou o pelotão de choque massacrar os professores que protestavam contra a tunga na previdência dos servidores estaduais, cenas de ontem na Arena da Baixada, estádio do Clube Atlético Paranaense, e hoje no Estádio Couto Pereira, estádio do Coritiba Futebol Clube, mostram justamente o contrário.

Primeiro o recado da torcida do Atlético

Agora o da torcida do Coritiba

E como os professores paranaense continuam em greve, dias ainda mais tensos deverão ocorrer para Beto Richa e, por extensão, para o seu partido, o PSDB.

O irônico é lembrar que a menos de dois meses, os tucanos estavam todos faceiros pedindo o impeachment de Dilma Rousseff. Pois é, nada como um escândalo depois do outro!

A mordida de um Pitbull pegou na “veia femural da democracia brasileira”

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Caso a veia femural fosse atingida, o cinegrafista poderia estar morto

Paixões partidárias e eleitorais podem nos cegar diante de violações dos direitos humanos e da cidadania.

O massacre dos professores que ocorreu no dia 29/4 em Curitiba foi um crime análogo à tortura coletiva.

O crime de tortura é imprescritível e de lesa-humanidade.

O comportamento do governador Beto Richa ao ordenar que as polícias do Estado do Paraná, atirassem balas de borracha, bombas de efeito moral e dessem cacetadas em milhares de pessoas que não ofereciam resistência, revelou a simples vontade de machucar. “Tirar sangue”, como se diz no popular.

Os relatos de violência contra a pessoa humana são incontáveis e ainda não estão devidamente relacionados e apurados.
Infelizmente não é uma exceção o que aconteceu em Curitiba.

Desde as manifestações de 2013, a prática de “agressões preventivas” das polícias de vários estados e municípios, feitas por PMs, Polícias Civis e Guardas Municipais, tornaram-se uma prática crescente.
O “Modelo Rio de Janeiro”, instituído pelo governador Sergio Cabral, fez escola. O “Modelo São Paulo” de Geraldo Alckmin e o “Modelo Bahia” de Rui Costa não ficaram atrás no grau de organização e utilização de métodos ao arrepio da lei para reprimir a população e se espalharam por vários estados, ao utilizarem as tecnologias de guerra interna e armamentos adquiridos para a Copa 2014.

São operações policiais que seguem uma regra já há muito conhecida por estados autoritários:

Envio de agentes provocadores para criarem um “clima” de violência.

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Policiais com mochilas, cheias de “Kits flagrantes”, com pedras, objetos perfurantes e o que se fizer necessário para incriminar pessoas que usam de seus direitos para protestarem.

Prisões arbitrárias e violências físicas dentro dos camburões nas viagens para as delegacias, que podem durar horas para percorrerem 300 metros.
Policiais disfarçados para prenderem e baterem nos que são considerados os cabeças e estão nas listas secretas do aparato policial.

Raspagem dos cabelos, palmatórias, humilhação sexual de mulheres e homossexuais quando enviados para as “triagens”.
Filtragem nas redes sociais, além de ameaças presenciais ou online de jornalistas e ativistas de direitos humanos.

Tiros de balas de borracha para acertarem especificamente jornalistas, tornados alvos privilegiados
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Borrifaram spray de pimenta em boca de professor para que não falasse

“Kit Press”, com fotos de supostos “Blac Blocs” e comunicados preparados para justificarem a violência aplicada de forma premeditada.( veja caso de professor acusado falsamente)

O Estado de Direito precisa ser preservado para uma sobrevivência digna de todos nós.

Violações dos direitos das pessoas humanas não se justificam nem contra os piores inimigos.
Pedimos a todos e todas independente de suas posições pessoais, mas que lutam para uma democracia, que se unam para barrar esta hidra de violência inseminada nos seio de nosso Aparato de Estado.
Precisamos ter claro, que já está mais que na hora de enfrentarmos de frente, os “resquícios renovados” dos métodos de controle social desenvolvidos pela Ditadura Militar, que em 2015 trazem como inovação de requinte de tortura: a mordida de um Pitbull na “Veia Femural da Democracia”.

FONTE: https://mamapress.wordpress.com/2015/05/02/a-mordida-de-um-pitbull-pegou-na-veia-femural-da-democracia-brasileira/

Londrina, campeão paranaense do interior, manda mensagem para (des) governador Beto Richa do PSDB

Jogador do Londrina exibe cartaz contra Beto Richa em festa de título

Um ato político marcou a comemoração do título do interior do Londrina, na noite desta quinta-feira (30), no Estádio do Café. Logo após a entrega da taça, o meia Rafael Bastos, reserva do LEC, exibiu um cartaz criticando o governador Beto Richa pela ação violenta de policiais militares contra professores, na quarta-feira (29), em Curitiba. O cartaz dizia: “Beto Richa tirano! Que vergonha bater em trabalhador! #Força professores!!!” A manifestação do jogador foi flagrada pelo fotógrafo Gilberto Abelha, do Jornal de Londrina. Uma delas segue logo abaixo.
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Conta o colega de JL Fábio Calsavara que o cartaz estava no meio da Falange Azul, principal organizada do Londrina. Na comemoração, os torcedores deram a volta até onde estavam os jogadores e passaram para eles alguns materiais, como o escudo gigante do Londrina e o cartaz improvisado no verso de duas pastas de documentos grampeadas da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Rafael Bastos viu o conteúdo do cartaz e o exibiu conscientemente. No confronto de quarta-feira, em Curitiba,quatro estudante da UEL foram presos.

No fim, acabou sendo uma maneira de “limpar a barra” do jogador com a torcida. Bastos entrou no segundo tempo no lugar de Rone Dias, que fazia um bom jogo. O reserva teve atuação apagada.

Rafael Bastos está sujeito a punição, pois a Fifa proíbe manifestações de cunho político, religioso ou comercial em competições que ela ou entidades subordinadas organizam.

FONTE: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/intervalo/jogador-do-londrina-exibe-cartaz-contra-beto-richa-em-festa-de-titulo/

Na “Pátria Educadora” quem mais apanha são os professores

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Após as lamentáveis cenas de violência protagonizada pela Polícia Militar do Paraná sob as ordens do (des) governador tucano Beto Richa fica ainda mais explícito que o Brasil não tem nada de “Pátria Educadora” como apregoa a propaganda do (des) governo Dilma Rousseff. É que, além de pagar salários miseráveis a um grupo de profissionais essenciais em qualquer Nação que se pretenda moderna, o Brasil ainda trata seus membros com violência extrema, independente do partido no comando. Ai é que sai a Pátria Educadora, e entra a Pátria da Porrada.

A verdade, nua e crua, é que as elites brasileiras que efetivamente o Estado-Nação brasileiro não querem professores bem pagos ou trabalhando em escolas decentes.  Se quisessem isso, não seríamos mais um dos países com os piores níveis de desigualdade social no planeta. O que as elites querem é que os professores se sintam como párias numa nação destinada a manter sua herança colonial intacta para que os poucos ricos continuem desfrutando das imensas riquezas e belezas que existem em nosso território.

Por essas e outras é que no dia de hoje, a luta dos professores do Paraná deve ser entendida como uma ação que desafia os falsos slogans e nos aponta o caminho da construção de uma sociedade plural e democrática. A partir dessa compreensão é que poderemos realmente avançar no sentido de construir um pais onde a educação seja mais do que um objeto de propaganda.

Associação Juízes para a Democracia: Repressão no Paraná foi truculenta, covarde, ilegal, idêntica à que ocorria na ditadura

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Foto do Facebook de Alice Ruiz, via Gazeta do Povo

Nota Pública da Associação Juízes para a Democracia de repúdio à repressão aos professores do Paraná

A Associação Juízes para a Democracia, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem dentre suas finalidades o respeito absoluto e incondicional aos valores jurídicos próprios do Estado Democrático de Direito, vem a público, a propósito dos lamentáveis fatos que se passaram na cidade de Curitiba no último dia 29 de abril de 2015, manifestar seu apoio aos professores paranaenses, nos seguintes termos:

1. Os brasileiros assistiram estarrecidos, na referida data, a mais um covarde e truculento ataque do Estado a insatisfações populares manifestadas de forma republicana e democrática, tal como garantido na Constituição Federal. Tratou-se de reação ilegal e violenta, desta vez, inexplicavelmente, assacada contra integrantes de classe que deveria merecer o maior grau de deferência e respeito: os professores.

2. Decerto que as injúrias físicas – que não foram poucas – infligidas aos professores, que ousaram, em continuidade à sua corajosa faina diária em salas de aula pela formação de cidadãos, lutar também nas ruas por direitos que deveriam lhes ser garantidos pelo Estado, não foram o aspecto mais nocivo dos acontecimentos.

3. Decerto que o que mais calou fundo, no espírito de cada um dos manifestantes, foi a simbologia da resposta do Estado às reivindicações dos professores: o obscurantismo, trazido à tona pela utilização de armas, preponderando, à força, sobre as luzes, representadas pelos professores e suas convicções; a repressão, representada pela intolerância ao debate, às manifestações, ao povo nas ruas, sobressaindo-se, a marretadas, à liberdade.

4. Importante relembrar que as manifestações individuais ou coletivas, em vias públicas contra medidas ou projetos governamentais, assim como o direito de greve, configuram direitos previstos nos artigos 5o, incisos IV e XVI e 9º, da Constituição da Federal.

5. Sendo assim, às forças policiais cumpre, por dever constitucional de ofício, assegurar a realização de manifestações públicas e, ao governo, dialogar com a sociedade civil, não sendo balas de borracha ou bombas de efeito moral, respostas legítimas para a discordância popular.

6. A violenta ação do governo paranaense contra os professores configura mais um capítulo do recrudescimento da repressão oficial em plena vigência de Constituição Federal que consagra, como fundamento do Estado brasileiro, o pluralismo político (art. 1o, V). A lógica do eficientismo gerencial para o suposto enfrentamento de questões fiscais tem prevalecido sobre o direito da população de externar suas divergências no espaço público, de forma lamentavelmente idêntica ao que ocorria sob a égide da ditadura civil-militar que vigorou após o Golpe de 1964.

7. A construção de um Estado Democrático de Direito, na forma projetada pela Constituição Federal de 1988, requer o abandono definitivo de práticas policiais para o enfrentamento da questão social.  O dialogo objetivando a efetivação de direitos é a resposta legítima que se espera de todos os governos sob a égide democrática.

São Paulo, 30 de abril de 2015.

André Augusto Salvador Bezerra

Presidente do Conselho Executivo da Associação Juízes para a Democracia (AJD)

FONTE: http://www.viomundo.com.br/denuncias/associacao-juizes-para-a-democracia-repudia-repressao-aos-professores-do-parana-truculenta-covarde-ilegal-identica-a-que-ocorria-na-ditadura-civil-militar.html

Professores do Paraná: desmascaram o PSDB e apontam para o avanço das lutas no Brasil

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Fruto das opções do meu pai, que saiu pelo Brasil atrás de trabalho, deixei as terras vermelhas onde nasci para também vagar um pouco antes de me fixar em Campos dos Goytacazes.  Por isso sempre digo que quem não conhece o Paraná vive iludido pela propaganda que foi bem vendida pelo arquiteto e ex-governador Jaime Lerner de terra moderna e desprovida de conflitos. Como paranaense que saiu de uma marcada pelos conflitos agrários, eu sei que isso é invencionice. A história do Paraná está diretamente ligada à Guerra do Contestado, onde camponeses pobres se levantaram contra uma corporação inglesa que queria tomar suas terras para construir uma rodovia.

Mas as cenas de ontem na frente da Assembleia Legislativa do Paraná, onde um grupo de deputados ligados ao (des) governador tucano Beto Richa votou uma tunga sem precedentes na previdência dos servidores públicos paranaense só pode ocorrer porque do lado de fora a Polícia Militar massacrava milhares de professores que resistiam do lado de fora.

A vitória da tunga tucana é, contraditoriamente, a consumação de uma imensa derrota política que atinge em cheio o PSDB, justamente num momento em que o partido tenta apear Dilma Rousseff do poder por vias de um golpe parlamentar a moda do que foi feito no Paraguai.

Mas os estilhaços vindos de Curitiba poderão atingir as estruturas que foram montadas no parlamento controlado pela bancada BBB (Bala, Bíblia, Bola) que deita e rola sob a batuta de Eduardo Cunha. E quando isso acontecer, haverá que se lembrar de onde tudo começou. No Paraná e com seus valorosos profissionais da educação.